terça-feira, 25 de maio de 2010

Luke, I Am your father ...

Que dizer que já não tenha sido dito sobre o melhor filme de aventura/fantasia (não considero a saga Star Wars como "ficção científica", já que aquilo ali não tem - quase - nada a ver com ciência) de todos os tempos ? 30 Anos se passaram, 3 novos filmes (excelentes, diga-se de passagem ... ok, "A ameaça Fantasma é fraquinho, mas tem Darth Maul - muito mal aproveitado, infelizmente - e a corrida de pods, então tá valendo) foram feitos e "O Império contra-ataca" segue absoluto como o melhor episódio da saga. É um filme perfeito, porque é completo: Tem ação, aventura, efeitos avaçadíssimos para a época (e que impressionam até hoje), design fora do comum (o que são aqueles tanques avançando na neve ? Lembro que fiquei absolutamente alucinado quando vi aquilo pela primeira vez) e o mais importante: um roteiro excelente, que te coloca dentro da história e te deixa esperando ansiosamente pelo próximo capítulo, que só viria 3 anos depois, com "O Retorno DO Jedi" (porque não corrigem de uma vez por todas esse erro idiota?). Foi o único que não vi no cinema na época do lançamento, não me lembro exatamente porque - afinal, eu tinha apenas 9 anos. Do primeiro eu lembro bem porque foi a primeira vez que frequentei a sala escura, uma experiência que marcou minha vida definitivamente.

Ok, Indiana Jones é foda, Avatar é impressionante, mas não tem pra ninguém - "Guerra nas Estrelas" (talvez por saudosismo, prefiro o nome em português) é imbatível no quesito "saga" cinematográfica.

A.

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Para muitos, que viram o filme na época ou depois, "O império contra-ataca" ("The empire strikes back"), o segundo capítulo da trilogia original de "Guerra nas estrelas", não apenas é o melhor filme de toda a série (incluindo a nova trilogia que veio depois, contando fatos anteriores) como uma das melhores continuações de todos os tempos, geralmente encabeçando listas sobre as partes 2, ao lado de "Aliens", a sequência de "Alien" feita por James Cameron. No dia 21 de maio o filme completou 30 anos, tendo ganhado nos Estados Unidos até um livro comemorativo sobre ele.

Se algum canal por aqui esqueceu de programá-lo, a boa é sacar o velho VHS ou o DVD remasterizado e rever o filme de ação mais sofrido para toda uma geração que o assistiu na idade certa. Porque, diferentemente do primeiro "Star wars", que era uma típica história do bem contra o mal e fechado em si, "ESB" (iniciais em inglês), além de ser um filme de passagem, tem momentos inimagináveis em outros filmes de ação: o herói (Luke Skywalker) tem uma das mãos arrancadas por seu arqui-rival, o vilão Darth Vader (que acaba revelando ser o seu pai) e o anti-herói Han Solo é preso e congelado, sendo levado por um caçador de recompensas no fim do filme, numa cena antológica em que vemos Luke, a princesa Leia (que ele descobre posteriormente ser a sua irmã) e os dois dróides (R2D2 e C3PO) olhando para a galáxia, com a música linda de John Williams a confortá-los. De fazer chorar até nas reprises. É um final nada feliz.

Portanto, brindemos hoje à "O império contra-ataca", uma produção que realmente levou o espectador para dentro da história, e é o mais espetacular filme de ação de todos os tempos. Esqueceram de como se faz isso.

*e nem falei da magistral sequência incial com os AT-AT walker (que são tanques, não robôs) em Hoth.

por Tom Leão

O Globo

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Lançado em 21 de maio de 1980 nos Estados Unidos, Star Wars: Episódio V - O Império Contra-Ataca está completando 30 anos. Para celebrar a ocasião, uma exibição beneficente do filme dirigido por Irvin Kershner e criado e produzido por George Lucas aconteceu esta semana em Los Angeles, no melhor cinema da cidade, o ArcLight. Para a alegria dos presentes, Harrison Ford fez uma rara aparição no evento - que tinha na plateia Jon Favreau, que está dirigindo-o em Cowboys & Aliens, e Kevin Feige da Marvel - e respondeu perguntas dos fãs depois. O Omelete esteve no evento, representado pelo nosso correspondente Steve Weintraub, editor do site parceiro Collider, e conta pra você como foi!

O intéprete de Han Solo admitiu que estava assistindo ao filme pela primeira vez em três décadas. Para ele, o fascínio com a saga Star Wars pode ser explicado pela história e pela música de John Williams - mais algum elemento etéreo que ele não consegue precisar qual é. Ford também lembrou de como foi parar em Star Wars... logo após Loucuras de Verão, primeiro sucesso de George Lucas, quando ainda trabalhava como carpinteiro e fazia dezenas de testes em Los Angeles, sem sucesso.

Depois, o ator passou alguns minutos lembrando dos desafios das filmagens de Império Contra-Ataca, especialmente das filmagens na Noruega, onde foram gravadas as cenas na neve em Hoth. Seu figurino, afinal, havia sido desenvolvido para ser usado dentro de um estúdio - e oferecia pouca proteção contra as condições climáticas de Hardangerjøkulen, local próximo de uma geleira que enfrentava sua maior nevasca em 50 anos. A única maneira de se locomover por lá era dentro de escavadeiras adequadas para neve e o frio era tão intenso que a equipe optou por rodar atrás de seu hotel - apenas 12 metros de distância da porta!

Ford elogiou a direção de Irvin Kershner e recordou-se de como foi bom trabalhar com ele. Curiosamente, o diretor chegou a recusar o convite de George Lucas, que havia sido seu aluno na USC School of Cinema-Television, mas mudou de ideia quando seu agente praticamente o obrigou a aceitar o projeto.

Sobre a Millennium Falcon, uma das naves mais icônicas da história do cinema de ficção científica, Ford contou uma história divertida, sobre como todo o elenco estava extremamente curioso para entrar nela, mas era impedido por Lucas durante a contrução. Eles só puderam pisar na cabine de comando no primeiro dia de filmagens nesse set - quando descobriram que o espaço era apertado demais para Peter Mayhew, o Chewbacca, e adaptações de última hora tiveram que ser feitas.

Ford seguiu dizendo que a história sobre uma famosa sugestão sua, que Han Solo morresse ao ser congelado em carbonite, é totalmente verídica. Lucas, porém, não concordou - mas ainda hoje o ator acredita que isso teria criado um peso emocional extra para a trilogia.

Outra história clássica do set - o diálogo "eu te amo", "eu sei" entre Han Solo e a Princesa Leia - foi igualmente lembrado. Originalmente, o roteiro pedia que ele e Carrie Fischer dissessem "eu te amo", "eu também te amo", mas isso não estava funcionando, até que ele, cansado, disse o clássico "eu sei". As duas cenas foram levadas aos testes de público, que acabou optando pela versão que conhecemos das telas. Ford, porém, não gosta de levar o crédito pela sequência. "Filmes são esforços colaborativos", lembra.

A respeito de como foi trabalhar ao lado de sir Alec Guinness, o ator encerrou a noite comentando que o único conselho que o veterano ícone do cinema deu-lhe não foi sobre atuação, mas sobre imóveis. Ele ganhava muito pouco na época e Guinness deu dicas de onde conseguir um apartamento barato em Londres. "Aliás, ontem eu estava assistindo Star Wars pela primeira vez em décadas em preparação para este evento e percebi que hoje sou mais velho do que Alec era quando fizemos o primeiro Star Wars. Isso não me deixa nada feliz", brincou.

Por Erico Borgo

Omelete



















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