Espero que seja tão prazeroso ler quanto foi gostoso pra mim escrever.
Feliz 2011.


# Batman – o Cavaleiro das trevas (2008), de Christopher Nolan – Confesso que já estou de saco cheio de adaptações cinematográficas para Heróis de quadrinhos, mas seria uma grande injustiça não citar, aqui, esse blockbuster. É perfeito, e tudo o que tinha para ser dito sobre a interpretação do Coringa por Heath Ledger já o foi, então vou poupá-los de tamanha redundância. Tenho certeza que me divertirei bastante revendo daqui a alguns anos.

# Lunar (2009), de Duncan Jones – Em 1968 Stanley Kubrick lançou sua obra-prima, a ficção científica “cerebral” definitiva: 2001, uma odisséia no espaço. Eram os tempos da Guerra fria e, propositalmente ou não – da parte do diretor Andrei Tarkovsky creio que não – os soviéticos responderam com outra pérola cinematográfica, “Solaris” – posteriormente refilmado por Steven Soderbergh. Em 2009 o Novato Duncan Jones, filho de David Bowie, tomou como ponto de partida idéias extraídas dessas duas obras seminais para criar uma das mais interessantes e originais ficções científicas da década. Está lá o computador “inteligente” que interage com o(s) humano(s) solitário(s) preso(s) num casulo espacial, e estão lá os delírios e alucinações que não se sabe se têm origem externa



# Grindhouse (2007), de Robert Rodriguez e Quentin Tarantino – Injustamente fracassado projeto dos dois “enfants terribles” de Hollywood. Uma Sessão 2 em 1 homenageando o cinema trash de horror e ação. Acima de tudo, um exercício de estilo – a garota com uma metralhadora implantada no lugar da perna amputada é uma das mais bizarras e marcantes sacadas visuais da história da sétima arte. Os dois filmes foram relançados separadamente, mas vale muito a pena ver a versão original, principalmente pelos hilários treilers fictícios (um deles, “Machete”, virou filme de verdade).
# Quem quer ser um milionário? (2008), de Danny Boyle – Espécie de “Caminho das índias” do cinema “alternativo”, esta história folhetinesca diverte e emociona na medida certa se você, é claro, “entrar no clima”. Eu me diverti muito assistindo esse pastiche (para os detratores), ou homenagem, para os admiradores (e são muitos, haja visto que o filme ganhou o Oscar), ao cinema indiano, a tal “Bollywood”. Com direito, inclusive, a “dancinha”, no final. Eu gosto de Danny Boyle. Até de “A praia”, tão defenestado, eu gosto. Fraco mesmo, dele, só “por uma vida menos ordinária”.


# Madrugada dos mortos (2004), de Zack Snider – No rastro do “revival” promovido pelo filme de Danny Boyle, eis que surge um belíssimo remake do clássico de George Romero, a segunda parte de sua trilogia dos zumbis. A premissa é a mesma: humanos ilhados num shopping center, numa brilhante metáfora da sociedade de consumo - não seríamos nós, consumidores, também zumbis, consumindo sem pensar tudo o que encontramos pela frente?. As cenas de ação, no entanto, foram turbinadas pelo conceito criado em “Exterminio”: eles não mais rastejam, eles correm, e muito, e são bem mais selvagens e vorazes. Eletrizante e assustador.

# Gomorra(2008), de Matteo Garrone – Uma máfia muito longe do glamour comumente retratado no cinema: feia, suja, ultraviolenta, amoral e totalmente desprovida de qualquer resquicio de “glamour”. Adaptação de um livro de sucesso baseado em fatos reais que enfureceu os personagens retratados, membros da camorra, a Cosa Nostra napolitana.

# Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos (2010), de Paulo Halm – Existe vida inteligente no mundo das comédias românticas produzidas no Brasil que não contam com a produção da Globo Filmes nem são dirigidas por Daniel Filho.
# Deixe ela entrar(2007), de Tomas Alfredson – Em meio à onda do momento, os “filmes de vampiro”, surge esta pequena pérola que narra uma inusitada história de amor entre uma vampira presa num corpo pré-adolescente e um garoto vítima de “bulliyng” na escola. Ao mesmo tempo lírico, tocante, violento e bizarro. Ressaltando que estou falando da versão original, sueca, e não do remake prestes a ser, mais uma vez, cometido por Hollywood.

- No começo do filme, antes dos créditos, duas pistas são reveladas.
- Fique atento para o que está escrito no luminoso vermelho.
- Qual o título do filme, para qual o personagem Adam Kesher está realizando teste de elenco? Ele será mencionado mais uma vez durante o filme?
- O acidente é um importante acontecimento no filme. Onde ele acontece?
- Quem entrega a chave azul e porquê?
- Fique atento para o roupão, o cinzeiro e a caneca de café.
- Qual mistério é revelado no palco do “Club Silencio”?
- Somente o talento de Camilla pode ajudá-la?
- Fique atento para o objeto que está nas mãos do estranho homem que vive perto da lanchonete “Winkie”!
- Onde está tia Ruth?

# A Casa de Alice (2007), de Chico Teixeira – Um “filme de observação”, como bem definiu Marcelo Hessel em sua crítica no site Omelete. A casa de Alice é pobre, pequena e superlotada. Não chega a ser miserável, em termos financeiros, mas é triste, porque é desprovida de vida, de esperança.
# O Hospedeiro (2006), de Bong Joon-Ho – Bizarro, engraçado, político, aterrorizante e eletrizante. Muito suspense e cenas antológicas naquele que é o melhor “filme de monstro” do século, até o momento.
# Cloverfiled (2008), de Matt Reeves e J.J. Abrams – Pode ser que seja porque eu gosto muito de “filmes de monstro” (sempre curti, desde que assistia às aventuras da tartaruga espacial japonesa “Gamera” na sessão da tarde), mas me diverti bastante com esta fita que, a princípio, não teria nada de especial, já que usa recursos um tanto quanto manjados, como o tom documental captado em imagens tremidas que simulam uma câmera na mão. Mas não há como negar que o produtor J. J. Abrams (de Lost) tem estilo, e ele se reflete no resultado final. O monstro, em especial, é impressionante, sempre mostrado apenas de relance mas com um “design” bizarro e realmente assustador. Segundo melhor do gênero na década (só perde para “O Hospedeiro”).

# Amarelo Manga (2002), de Claudio Assis – Retrato sem retoques de um mundo cão na periferia do grande Recife. Brilhantes interpretações de Matheus Nachtergale, no papel de um homossexual ressentido, Leona Cavalli, cujos pelos pubianos ilustram a foto em close do cartaz, Jonas Bloch, fazendo um taxista que gosta de dar tiro em cadáveres e Dira Paes, que surge na vida do tal taxista sedenta de sexo e perversão depois de uma decepção amorosa/vocacional.
# O Baixio das Bestas (2007), de Cláudio Assis – o diretor continua retratando o mundo cão com estilo, só que agora em ambiente rural, a zona da mata pernambucana. Depois de assistir às desventuras de uma criança explorada pelo avô e abusada por um “agroboy” e presenciar a prostituta vivida por Dira Paes ser currada com um bastão de madeira num cinema abandonado, fica ainda mais difícil nutrir alguma simpatia pela raça humana – porque essas coisas acontecem, de verdade, pode ter certeza.

# Bastardos Inglórios (2009), de Quentin Tarantino – Cochilei (e muito) ao ver este filme no cinema, o que me deu a falsa impressão de que era um filme menor de Tarantino, uma infindável sucessão de diálogos intermináveis com algumas explosões de violência entre eles. Não deixa de ser verdade, mas revendo depois em DVD, percebo o que perdi: Ao contrário da primeira parte de Kill Bill, o outro filme que mais gosto de Tarantino nesta década, que é ação do início ao fim, ele realmente se sustenta em diálogos, e não há absolutamente nada de errado nisso, pois os diálogos são sensacionais. Especialmente os protagonizados pelo coronel nazista Hans Landa, magnificamente interpretado por Christoph Waltz. Os 20 primeiros minutos do filme, onde Tarantino já diz a que veio com um longo interrogatório conduzido pelo “caçador de judeus”, são dele, e dão o tom do que vem a seguir: uma verdadeira viagem a uma realidade paralela onde tudo parece funcionar de acordo com as regras (ou a falta delas) muitas vezes absurdas das referências cinematográficas que são a obsessão do diretor, notadamente os “westerns” e os “filmes de ação” – não por acaso, Enio Morriconi é uma presença constante na trilha sonora. Uma obra-prima, que já valeria a pena ser visto apenas para ouvir Brad Pitt falando italiano com sotaque de caipira norte-americano.

# O invasor (2001), de Beto Brant – Paulo Miklos revela aqui seu maior talento, o de ator, ao interpreter um marginal “casca grossa” que chantageia dois sócios inescrupulosos que o haviam contratado para eliminar um terceiro que se recusava a participar de uma licitação fraudulenta. Poderia ter sido um bom motivo pra ele também sair dos Titãs e a gente ver se aquela merda acabava de uma vez, mas infelizmente não aconteceu.
# Donnie Darko (2001), de Richard Kelly – Ao som de clássicos dos anos 80, como Echo & the bunnymen (The Killing Moon), Tears for fears (Head over heels), Duran Duran (Notorious) e Joy Division (Love will tear us apart), somos apresentados a Donnie Darko, um rapaz aparentemente esquizofrênico que vive conversando com um amigo imaginário, um coelho de 1,80 de altura que anuncia para ele o fim do mundo – que chega na forma de uma turbina de avião que despenca do céu e destrói o quarto do protagonista, numa trama complexa que lida com conceitos de ficção científica, como viagens no tempo. “Cult movie” total.

# Tropa de Elite 2 – O Inimigo agora é outro (2010), de José Padilha – Muito mais profundo e complexo. Muito mais história pra contar. Faz o primeiro parecer uma introdução.

# X-Men 2 (2003), de Bryan Singer – Esta segunda parte da saga dos mutantes é geralmente considerada melhor que a primeira, mas tenho minhas dúvidas. Eu, particularmente, gosto muito dos dois filmes, mas confesso que o primeiro teve mais impacto, talvez por ver finalmente tão bem retratado na telona algo pelo qual eu era fanático nos anos 80, quando acompanhava avidamente as aventuras escritas por Chris Claremont e desenhadas por John Byrne na saudosa “Superaventuras Marvel”. Minha cena preferida, neste aqui, é a da fuga de Magneto – um exercício de criatividade a serviço do entretenimento de qualidade.

# Persépolis (2007), de Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud – Quem foi que disse que História e política têm que ser assuntos chatos e entediantes? Esta animação baseada nos quadrinhos que contam histórias reais vividas por uma iraniana exilada na França está cheia dos dois, e é divertidíssima. Grandes sacadas, como a passagem em que a jovem senhorita descobre os prazeres da decadência cultural ocidental via pirataria de discos do iron maiden, que ela confunde com uma banda punk. Imperdível.

# O Céu de Sueli (2006), de Karim Ainouz – Histórias sobre pessoas sonhadoras presas a um ambiente inóspito, provinciano e hostil costumam me tocar, pois me remetem ao meu passado, já que também nasci e fui criado numa cidade na qual me sentia deslocado. Este pequeno grande filme fala sobre a vontade irrefreável de Hermila (Hermila Guedes) de dar o fora de sua terra natal, uma cidadezinha perdida nos confins do sertão cearense. Sem dinheiro para a viagem, ela adota o pseudônimo de Suely e resolve rifar o próprio corpo entre os homens da cidade. O vencedor terá o que ela define como “Uma Noite no Paraíso”. Sua atitude gera muita polêmica entre o habitantes do local, principalmente em sua família, como era de se esperar. Enquanto o prêmio da rifa não sai, ela ainda tem que terminar uma questão mal-resolvida com um ex-namorado de adolescência, vivido por João Miguel em mais uma de suas impecáveis atuações.
# Anvil! – The story of Anvil (2008), de Sacha Gervasi – Tocante documentário sobre a busca obsessiva pelo sonho de uma vida de uma banda de Heavy Metal que não “aconteceu”. Um exemplo de perseverança e amor à arte.

# Global Metal (“7 Countries. 3 Continents. 1 Tribe.”) (2008), de Sam Dunn e Scot McFadyen – Continuação de “A Headbanger´s journey” mostrando a força do metal ao redor do mundo. Começa justamente no Brasil, investigando as origens do estilo em terras tupiniquins através de entrevistas com Carlos “Vândalo”, ex-Dorsal Atlântica, e membros do Sepultura, e passa por países nos quais ninguém suspeitaria que houvesse uma “cena metal”, por menor que seja, como o Irã e a China. Emocionante o registro do primeiro show do Iron Maiden em solo indiano – me vi lá, e é exatamente o que teria acontecido comigo caso tivesse ido ao histórico show deles em Recife. Teria sido um sonho de adolescente enfim realizado.

# Loki (2008), de Paulo Henrique Fontenelli – Emocionante retrato da vida de Arnaldo Baptista, genial líder e fundador dos Mutantes, a melhor e mais importante banda de rock brasileira de todos os tempos e uma das maiores do mundo (há quem diga que, caso tivesse nascido sob os holofotes do primeiro mundo, teria tido a mesma importância dos Beatles e dos Rolling Stones). Intercala depoimentos atuais com entrevistas e imagens raras de época.
# Toy Story 3 (2010), de Lee Unkrich – Essa pixar é REALMENTE foda. Passou uma eternidade desde o segundo Toy Story, e não é que eles conseguiram completar uma trilogia com uma história ainda melhor que as anteriores? E pasmem: com mais um estrondoso sucesso nas bilheterias. Os brinquedos-vilões são antológicos, especialmente o urso de pelúcia psicologicamente perturbado e o Ken (aquele mesmo, o da Barbie) metrosexual.

# Onde os fracos não tem vez (2007), de Ethan e Joel Coen – Ponto mais alto da carreira dos Irmãos Cohen, já que com esse “western” moderno eles abocanharam as estatuetas de Melhor Filme e Melhor Direção na cerimônia do Oscar. Anton Chigurh, o matador implacável interpretado pelo espanhol Javier Bardem, já é um dos grandes vilões da história do cinema.
# A Má Educação (2002), de Pedro Almodóvar – De uns tempos pra cá a crítica especializada deu pra pegar no pé de Almodóvar, assim como no de Woody Allen. Discordo em gênero, número e grau em ambos os casos: ambos continuam mandando muito bem. “A Má Educação” tem um que de autobiográfico ao contar a história de dois amigos, Enrique (Féle Martinez) e Ignacio (Gael García Bernal), que compartilharam de uma dramática experiência infantil num colégio jesuíta onde a pedofilia de um dos padres, Manolo (Daniel Gimenez-Cacho), era um segredo mal-escondido – drama ao qual, ao que parece, o diretor também foi exposto. Separados um do outro por 16 anos, os dois se reencontram e têm, finalmente, a oportunidade de uma vingança tardia (o tal prato que se come frio) através de um longamente adiado ajuste de contas contra o padre molestador. Forte, menos colorido, mais “noir”, mas ainda Almodóvar e em grande forma.

# Maria Antonieta (2006), de Sofia Coppola – Espécie de “fábula” baseada na história real da célebre rainha da França decapitada pela revolução, aquela mesma que supostamente teria respondido “que comam brioches” ao ser informada de que o povo não tinha pão. A diretora Sofia Coppola (filha de você sabe quem) tenta, numa interpretação livre e regada a musica contemporânea (the cure, strokes, Bow Wow Wow, gang of four, siouxsie and the banshees, new order), entender um pouco do universo irreal no qual estava imersa a personagem, o que resulta num belo (e interessante) retrato do anacronismo em que vivia a monarquia absolutista francesa diante do avanço inexorável da História. Com isso, escapa do maniqueísmo e consegue retratar a arquiduquesa austríaca que é enviada a Paris para se casar com o príncipe Luis XVI e assim garantir a linhagem de nobres e manter a boa relação entre as duas nações como um ser humano, uma mulher que, no fundo, só queria o que todos nós queremos: ser feliz. É sempre interessante assistir a mais uma eficiente humanização de um mito “negativo”, como em “A Queda, as últimas horas de Hitler”.

# O segredo de Brokeback Mountain (2005), de Ang Lee – Se não chorei (não me lembro muito bem) foi por muito pouco, depois de assistir a esta emocionante história de amor entre dois indivíduos que, por acaso, são do mesmo sexo, no ambiente hostil e preconceituoso do oeste Americano. Pelo menos vontade de chorar, tenho certeza que tive. Esse tipo de história me emociona mesmo, porque fico tentando me colocar no lugar dessas pessoas, vítimas de concepções absolutamente absurdas que as faz reprimidas e infelizes. Fico lembrando de quando Morava em Itabaiana e ficava impressionado com a coragem e a altivez de um rapaz homosexual que desafiava a tudo e a todos desfilando impavidamente com todos os seus trejeitos afetados e afeminados, tentando ignorar os insultos dos quais era vítima por todos os lados – as pessoas simplesmente não deixavam o cara em paz! Impressionante.

# O cheiro do ralo (2007), de Heitor Dhalia – Sou fã de Lourenço Muttarelli desde a primeira vez em que pus os olhos em suas maravilhosas obras em “bandas desenhadas”, nas revistas Animal e Mil Perigos. Pra mim, é o melhor autor de História em quadrinhos do Brasil – como desenhista E roteirista, algo raro, por aqui. Infelizmente, parece que ele se cansou de dar murro em ponto de faca (se há uma categoria artística sem prestígio no Brasil, é esta) e resolver ser “apenas” escritor. E Ator !!! Um surpreendentemente bom ator, diga-se de passagem. Ele faz um papel secundário nesta adaptação de um de seus livros em que Selton Melo dá um verdadeiro show de interpretação como Lourenço, o infeliz proprietário de uma loja de compra e venda de objetos usados que começa a ter delírios de grandeza a partir do incômodo cheiro exalado pelo ralo do banheiro entupido. Apaixona-se pela bunda (isso mesmo, não pela “proprietária” da bunda, pela bunda, em si) de uma garçonete e começa a “coisificar” seus “clientes”, humilhando-os e catalogando-os a partir dos objetos que eles tentam lhe vender. Extremamente minimalista, com cenários que se restringem a galpões decadentes e objetos antigos empilhados, se sustenta totalmente nos diálogos afiados e nas excelentes atuações de todo o elenco. Um verdadeiro triunfo.

# Fale com Ela (2002), de Pedro Almodóvar – Grande Almodóvar! Num de seus melhores trabalhos, conta a história de um enfermeiro efeminado que cuida de uma bailarina em coma e, involuntariamente, acaba ensinando um jornalista a lidar com a situação de incomunicabilidade pela qual está passando com sua amante, Lydia, uma toureira que também entra em coma depois de ser atingida na arena. “Fale com ela”, é a lição. Apenas fale. Amor incondicional, é isso.
# Match-Point (2005), de Woody Allen – Fui assistir este filme numa condição curiosa: convidei uma amiga par ir ao cinema sem saber que ela não gostava de comédias. Para minha sorte, apesar de ser um dos melhores filmes de Woody Allen, NÃO È uma comédia. É uma espécie de homenagem aos “thrillers” de Alfred Hitchcock, com direito, inclusive, à ênfase no erotismo e à fixação por uma loira fatal (Scarlett Johanssen, linda de morrer), duas das principais características do mestre do suspense. O filme se passa em Londres (a partir dele o cineasta passou a experimentar filmar com mais frequencia fora de seu cenário habitual, a cidade de Nova York) e é uma primorosa história de adultério e traição que remete a “Crime e Castigo”, de Dostoiévsky (um dos personagens principais é flagrado lendo o livro numa das cenas) e com a própria situação de Allen, “traindo” sua amada “grande maçã” ao filmar tendo como cenário o “fog” londrino.

# O Guia do Mochileiro das galáxias (2005), de Garth Jennings – Por incrível que pareça, pelo menos que eu me lembre, eu nunca tinha ouvido falar do “Guia do Mochileiro das galáxias” até circa 2005, quando começou-se a especular sobre a produção cinematográfica baseada na célèbre série de ficção científica satírica publicada por Douglas Adams em 1979 e que tem um verdadeiro séquito de fãs fiéis ao redor do mundo. Com um senso de humor muito parecido ao dos também britânicos do Monty Pithon, a história, na verdade, surgiu como uma novela de rádio, que foi compilada em fitas cassete e só então virou um bestseller literário. O filme foi roteirizado pelo próprio Adams (com a ajuda de Karey Kirkpatrick), que infelizmente morreu de ataque cardíaco antes de poder conferir o resultado final. Adapta o primeiro livro e narra as delirantes aventuras de Arthur Dent, um cara comum que, ao lutar para evitar a demolição de sua casa, é surpreendido, ao lado de toda a população da terra, pelo anúncio de que o próprio planeta seria removido para obras de ampliação da Via Láctea. Ao lado do amigo Ford Perfect, que se revela um alienígena que havia passado os últimos 15 anos na terra disfarçado com o intuito de estudar os hábitos dos humanos para a atualização do “Guia do Mochileiro das galáxias”, um livro que explica tudo, ele embarca numa nave movida a “probabilidade infinita” (não sem antes escapar das garras dos Vogons, a raça de burocratas encarregada de tocar as obras que varrerão a terra do mapa) e vive muitas aventuras em busca do significado “da vida, do universo e de tudo o mais”, sempre com o auxílio de uma toalha de banho, imprescindível para qualquer viajante espacial, e do onipresente guia. O filme não é tão bom quanto o livro, tem uma narrativa um tanto quanto histérica e um ritmo truncado, mas no geral transpõe de forma satisfatória para a telona alguns personagens antológicos como Prostetnic Vogon Jeltz, o burocrata/poeta-torturador, e o “paranoid android”, robô deprimido que já foi inclusive homenageado pelo Radiohead na música de mesmo nome. Vale uma conferida, nem que seja como introdução ao mundo maluco da mente de Douglas Adams, que inclusive foi homenageado por Richard Dawkins no seu já célebre livro “Deus, um delírio”.

# Pecados Íntimos (2006), de Todd Field – Drama pesado com tramas paralelas: desejo reprimido, intrigas, traições e uma difícil convivência entre típicos cidadãos de classe médio dos subúrbios americanos e um pervertido, preso por exibir-se para uma criança, que já cumpriu sua pena mas tem que continuar pagando por seus pecados como um pária social.
# Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles – Um marco na história do cinema nacional. Talvez (frise-se muito bem o talvez, pois há, certamente, controvérsias) o melhor filme brasileiro já feito. Numa edição frenético porém com um ritmo perfeito, é contada a história da “bandidagem” do bairro do subúrbio carioca que surgiu a partir da desocupação de áreas nobres na região da lagoa Rodrigo de Freitas. Uma história real, diga-se de passagem – para que não reste dúvidas quanto a isso, são exibidas, em meio aos créditos finais, matérias veiculadas na época retratada pelo Jornal Nacional. Dentre os muitos aspectos antológicos, ficaram para sempre os bordões: “Dadinho o caralho, meu nome agora é Zé Pequeno, porra”. “Pega a galinha aí, rapá”. Antológica a exibição no horário nobre da rede Globo, SEM CORTES: não esqueço como foi surreal ver na telinha, em rede nacional, a dica de uma das personagens para que a outra se acostumasse com o sexo anal, envolvendo uma banana “esquentada” enfiada num ponto estratégico.

# Farenheit 9/11 (2004), de Michael Moore – Como não poderia deixar de ser, as baterias aqui são voltadas para a Besta-Fera do Apocalipse, o maior energúmeno a alcançar o posto político mais importante na história da humanidade: George W. Bush. Nem vou perder o meu tempo tecendo maiores comentários, pois é um daqueles filmes sobre os quais tudo o que poderia ser dito já o foi. Antológico.
# Babel (2006), de Alejandro González Iñárritu – Não gosto muito de “21 gramas”, mas adoro “Amores Brutos” e este “Babel” – filmes que formam uma espécie de trilogia, já que têm uma estrutura bastante semelhante, baseada no encadeamento de várias histórias e personagens paralelos. Aqui e globalização e a “teoria do caos” interferem na rotina de pessoas de diferentes partes do mundo que, a princípio, não têm absolutamente nada em comum, a não ser o fato de todos viverem no mesmo planeta.

# Sin City (2005), de Frank Miller e Robert Rodriguez – A segunda melhor adaptação de uma História em quadrinhos já feita – só perde pra “Watchmen”. Nunca a tela do cinema reproduziu com tanta perfeição de detalhes o visual de uma obra impressa. Pequenas histórias com clima “noir” e conteúdo “hard core” (violência extrema) que se passam na sombria “cidade do pecado” criada por Miller para sua antológica série em quadrinhos. Prostitutas guerrilheiras, clérigos corruptos, tiras durões e todo o tipo de psicopatas compõem a fauna que habita esta película, imperdível para qualquer um que se interesse por cinema “com colhões”.
# Wall-E (2008), de Andrew Stanton – Mais um triunfo da Pixar. É a história de um robozinho deixado na terra para cumprir a impossível tarefa de recolher o lixo produzido pelos humanos, que partiram para o espaço. É também uma história de amor, já que Wall-E se apaixona por Eva, uma “robôa” exploradora extremamente elegante, cujo design foi inspirado no dos i-Pods da Apple. Uma magnífica crítica aos “tempos modernos” (os humanos se tornaram obesos, já que não se movem mais para nada, usando a tecnologia para absolutamente tudo, desde a locomoção até os contatos sociais) com uma belíssima referência ao imortal HAL 9000, de “2001 – Uma odisséia no espaço”.

# Homem-Aranha 2 (2004), de Sam Raimi – Melhor que o primeiro. O Dr. Octopus é ótimo, um dos melhores vilões já criados. Os tentáculos funcionam muito bem na tela grande.
# Atividade Paranormal (2009), de Oren Peli – Surpreendente filme de horror que parte de uma premissa pra lá de batida, já explorada no fenômeno “A Bruxa de Blair”, mas consegue assustar – e muito! Tudo graças ao talento do diretor estreante, que sabe criar o clima de suspense com uma maestria impressionante. Não por acaso tornou-se outro fenômeno, arrastando multidões para as salas de cinema.
# Os outros (2001), de Alejandro Amenábar – Uma brilhante “pegadinha”. Nada é o que aparenta ser nessa assustadora história sobre fantasmas. Quase tão bom quanto “o sexto sentido” – interessante como o conceito me assusta, apesar de eu não acreditar em vida após a morte. Talvez por isso mesmo: ver um fantasma seria, para mim, duplamente assutador, já que desafiaria minha racionalidade. “No creo em brujas, pero que las hay, las hay”.
# Shrek (2001), de Andrew Adamson e Vicky Jenson – E eis que a Pixar encontra finalmente um rival à altura na figura do ogro do pântano apaixonado pela princesa encantada e atormentado pelo Burro falante, um dos personagens mais deliciosamente irritantes já criados, capaz de rivalizar com o Patolino dos Looney Tunes ou o Cartman de South park. Ressaltando a diferença de que o Burro é gente boa, não tem o caráter duvidoso dos dois outros personagens citados.
# Shrek 2 (2004), de Andrew Adamson Kelly Asbury – Melhor que o primeiro. O Gato de Botas é antológico.

# A Era do Gelo 2 (2006), de Carlos Saldanha – Melhor que o primeiro. O brasileiro assumiu as rédeas da franquia e mandou muito bem, com sucesso de público e crítica. A mamute que pensa ser um gambá é um personagem impagável.
# A Era do Gelo 3 (2009) de Carlos Saldanha e Mike Thurmeier – Melhor que o segundo (sou fascinado por dinossauros, desde criança).
# Adeus Lênin (2003), de Wolfgang Becker – Deliciosa fábula política em que o filho de uma dedicada funcionária do Partido Comunista Alemão tenta poupar sua mãe, enferma, do choque provocado pela queda do muro de Berlim, que ela não viu porque estava em coma. Situações impagáveis, como a explicação dada por ele para a enorme publicidade da Coca-Cola que ela consegue ver pela janela: “A senhora não sabia? Nós descobrimos que fomos nós, os comunistas, que descobrimos a fórmula. Os malditos ianques capitalistas a roubaram.”
# Monstros S.A. (2001), de Pete Docter – Um dos filmes mais engraçados que eu já tive o prazer de assistir. A premissa é sensacional: Os monstros que as crianças tanto vêem dentro dos armários existem, eles são funcionários da companhia elétrica de seu mundo, movido à energia gerada pelos gritos de horror dos humanos pequeninos. Um deles, a fofíssima “Boo”, consegue escapar para sua “dimensão paralela” e pronto: a confusão está armada.

# Bruno (2009), de Larry Charles – Não é tão bom quanto Borat, mas é ótimo. Dentre as inúmeras cenas engraçadíssimas, destaque para a surra que o personagem leva ao tentar virar hetero e para o inacreditável boquete “espiritual”.
# Ônibus 174 (2002), de José Padilha e Felipe Lacerda – Emocionante reconstituição da vida trágica do garoto de rua que morreu sufocado pela polícia depois de sequestrar e manter como reféns os passageiros da linha 174, no Rio de janeiro, em 12 de junho de 2000. A trágica morte da professora que ele usou como escudo humano foi transmitida ao vivo, em tempo real, pela televisão, para todo o país.
# O Clã das Adagas Voadoras (2004), de Zhang Yimou – Esqueça aquela chatice de Ang Lee, “O tigre e o dragão” (gosto muito dele como diretor, mas esse pastiche de artes marciais é muito chato, cruz credo). Vá direto na fonte: “O clã das Adagas voadoras” é mais autêntico, tem um visual ainda mais deslumbrante e um colorido arrebatador. As sequencias de artes marciais, com as coreografias exibidas em câmera lenta, beiram a perfeição. “No ano 859, a China passa por terríveis conflitos. A dinastia Tang, antes próspera, está decadente. Corrupto, o governo é incapaz de lutar contra os grupos que se rebelam. O mais poderoso e prestigiado deles é o Clã das Adagas Voadoras. Leo e Jin, dois soldados do exército oficial, recebem a missão de capturar o misterioso líder do grupo e, para tanto, elaboram um plano: Jin se disfarça como um combatente solitário, ganha a confiança da bela revolucionária cega Mei e, assim, infiltra-se no grupo. Mas a dupla não contava com os sentimentos que Mei despertaria nos dois.” (Mario Fanatic Abbade, no Omelete)

# Mary e Max (2009), de Adam Elliot – Animação depressiva, feita em massinhas no bom e velho sistema “stop motion”, que relata a improvável relação entre uma garotinha australiana e um judeu de meia-idade novaiorquino recluso e psicologicamente afetado. A amizade entre eles é capaz de romper todas as barreiras e distâncias – de idade, de sexo, geográficas e de maturidade …
# A Viagem de Chihiro (2001), de Hayao Miyazaki – Belíssima “viagem” do mestre Hayao Miyazaki através da mitologia japonesa, com sua infinidade de espíritos e criaturas fantásticas. Tudo através do ponto de vista de Chihiro, uma criança que parte em busca de seus pais desaparecidos e no meio da jornada tem que aprender a superar seus medos e limitações em uma história que pode ser classificada como um conto de fadas moderno. Perfeito.
# Waking Life (2001), de Richard Linklater – Filosofia em desenhos animados. Um verdadeiro furacão de idéias, divagações e devaneios. É um tanto quanto verborrágico e, por isso mesmo, difícil de acompanhar, mas se você se deixar envolver, vai se deslumbrar com essa originalíssima idéia de um dos mais competentes e ecléticos diretores de cinema de nossos tempos.

# Escola do rock (2003), de Richard Linklater – Mais um do Linklater (gosto desse cara). Esse não tem nada de cerebral nem de rebuscado, muito pelo contrário: é diversão descompromissada para ser assistida em família, caso prefira (eu, se tivesse filhos, exibiria para eles, com toda a certeza). É a divertidíssima história de um roqueiro “frustrado” que se passa por professor e tem a brilhante idéia de dar aulas de … rock ! A idéia é bastante parecida com a de um clipe do Yo La Tengo (sensacional, por sinal), e Jack Black, como sempre, está ótimo.
# Sede de Sangue (2009), de Park Chan-wook - Mais uma bizarra variação sobre o mito do vampiro cometida, desta vez, por um cineasta oriental, o coreano Park Chan-woo, autor da Trilogia da Vingança formada por Mr. Vingança (2002), Oldboy (2003) e Lady Vingança (2005). Um padre católico participa de um experimento científico e, como consequencia, é infectado por um vírus que o transforma numa espécie de morto-vivo chupador de sangue e com poderes sobrenaturais. Seus instintos, inclusive os sexuais, afloram, o que o faz entrar em conflito com sua fé. Para a sede de sangue ele até que encontra uma solução inusitada porém moralmente aceitável. Já para a sede de sexo ... Sucumbe aos encantos de uma sedutora garota que é tratada como escrava por uma familia de amigos e é usado por ela como instrumento de vingança, além de tentar a todo custo convencê-lo de que ele deveria se deixar dominar, também, por seu instinto de predador, algo que, de fato, ela exercita com total desprendimento ao tornar-se, também, uma vampira. Há quem acuse o diretor de misoginia por conta de sua fixação em "femmes" literalmente "fatalles". O fato é que o cara é muito bom, e tem muito estilo, inclusive visual: interessante o conceito da casa remodelada do casal de vampiros, toda pintada de branco e iluminada com luzes fluorescentes - seria para compensar a impossibilidade de expor-se à luz do sol ?

# A Fita Branca (2009), de Michael Haneke - As origens psicológicas do mal são exploradas nesta fita sombria com uma magnífica fotografia em preto e branco. Acontecimentos estranhos estão ocorrendo num vilarejo alemão às vésperas da primeira guerra mundial. O mistério da autoria dos crimes, aparentemente motivados pelo ódio, esconde a gestação da serpente que ameaçará o mundo dali a alguns anos, com a ascenção do nazismo. "Barbarism begins at home", já dizia Morrissey numa música do The Smiths.
# Ensaio sobre a cegueira (2008), de Fernando Meirelles – Dizem que o livro é melhor (sempre dizem). Não sei porque não li – ainda. Mas a premissa é interessantíssima: um surto de cegueira assola a humanidade e, diante das circunstâncias pra lá de adversas, todas as características humanas, para o “bem” ou para o “mal”, afloram, em toda a sua magnitude. A cena do estupro coletivo é fortíssima. O próprio Saramago gostou, então quem sou eu pra dizer que é ruim.
# Hellboy 2 (2008), de Guillermo Del Toro – Prefiro este ao primeiro. O visual é mais rebuscado e o roteiro, muito embora também beire o absurdo (normal, em se tratando das aventuras de um demônio-detetive que trabalha numa agência que investiga eventos paranormais), é melhor resolvido. Mais uma vez o cinema busca sua fonte de inspiração nas Histórias em quadrinhos, e acerta.
# [rec] (2007), de Jaume Balagueró e Paco Plaza - Mais um daqueles filmes despretensiosos que surpreendem pelo talento de seus realizadores. É uma assutadora história de zumbis que se passa num edifício em quarentena na espanha. O final é absolutamente aterrador. Há uma versão norte-americana não de todo ruim, apesar de totalmente desnecessária.

Matrix Reloaded (2003), de Larry & Andy Wachowsky – Exageros à parte (e eles são muitos), a segunda parte da trilogia Matrix não chega a ter o brilhantismo do primeiro filme, mas é excelente como diversão e tem também conceitos bastante interessantes, como o das crianças que “entortam” garfos com a força do pensamento na casa do oráculo. Destaque para a espetacular cena de perseguição na “freeway”. E para Monica Belucci, evidentemente. Já as cenas da rave em Zion, de tão exageradas e gratuitas, são constrangedoras.
Matrix Revolutions (2003), de Larry & Andy Wachowski – Aqui, todo o brilhantismo da saga quase vai por água abaixo. “Revolutions”, o episódio final de Matrix, é um bom filme de ficção científica cheio de efeitos especiais impressionantes, ação incessante e design de produção esperto. E só. Muito pouco para o que prometia a produção original, verdadeiramente revolucionária. O confronto final com a entidade que comanda o mundo virtual é previsível e preguiçoso. Mas a batalha campal entre Neo e o “vírus” Smith, que passou a ser uma ameaça à própria Matrix, por exemplo, é antológica. O filme é cheio de altos e baixos, mas os baixos não são tão baixos ao ponto de excluí-lo de qualquer lista de melhores filmes da década, então aqui está – mas com ressalvas.
Star Wars - Episódio II: Ataque dos clones (2002), de George Lucas – Depois do polêmico episódio I, extremamente criticado por seu tom infantiloide e pelo quase que universalmente odiado personagem Jar Jar Binks (o que faz lembrar “O retorno de Jedi” e os ewoks), a franquia Star Wars meio que volta aos trilhos com o Episodio II. Evidentemente que não há como comparar com a primeira trilogia: os tempos eram outros, mais românticos. Mas não deixa de ser um bom filme, especialmente para os fãs da saga. Para além dos efeitos especiais digitais mais rebuscados porém, paradoxalmente, mais artificiais (as boas e velhas maquetes tinham seu charme), continua forte a veia inventiva de Lucas, principalmente sua capacidade para criar alienígenas bizarros e vilões antológicos: neste episódio temos o Conde Dookan, interpretado pelo mito do cinema de horror Christopher Lee. Roteiro e argumento não chegam a empolgar tanto quanto os dos filmes originais, mas as cenas de ação e o ritmo frenético garantem a diversão.
Star Wars: Episódio III - A vingança dos Sith (2005), de George Lucas – O último filme da saga Star Wars já começa em meio a uma daquelas batalhas espaciais 
por Adelvan Kenobi