Pois bem: Não é que, fazendo uma inusitada análise do processo eleitoral do Brasil em seu blog fictício, até mesmo o ex-presidente americano notou que apenas um dos debatedores do insosso primeiro confronto promovido pela Rede Bandeirantes destoou do "pensamento único" neoliberal ? Segue abaixo o texto na íntegra:
por A.
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BLOG DO REAGAN
BLOG DO REAGAN
SOBRE MIM: Uma vez, em visita ao Brasil, durante uma recepção oficial, propus um brinde à Bolívia. Fiquei tão envergonhado que nunca mais voltei a Buenos Aires.
SOBRE O BLOG: Já tive página no myspace e no yourspace. Retirei meu perfil do Facebook porque não tinha um botão de adicionar inimigos. Agora estou tentando isso aqui.
SE EU NÃO ENTENDI NADA, IMAGINE O BUSH - Como um bom ex-presidente, cheio de tempo livre e saudade do poder, resolvi me meter em assuntos para os quais não fui chamado. Aposentadoria com holofotes dá nisso. E o tema da vez são as próximas eleições no Brasil. Me deu vontade de saber que candidatos, um republicano e anticomunista convicto, como eu, deveria apoiar. Na época da ditadura, essa decisão era automática, simples. Aliás, nem eleições havia. Mas agora os tempos são outros, o quadro é múltiplo, tal resposta exige um pouco de pesquisa.
Por isso, lá fui eu pra internet. Minha primeira providência foi conferir que alianças o PR, Partido Republicano, costurou em cada estado. Achei que ali encontraria a resposta. Que nada, tive de montar uma tabela no Excel para concluir que o PR apoia ou é apoiado por quase todos os grandes partidos. A saber: PMDB, PSDB, DEM, PDT, PT e PSB (Partido Socialista Brasileiro). Portanto, descartei essa opção. Durante a pesquisa, descobri que o PR não era o que eu estava procurando. Me inteirei de que a versão mais próxima do que seria o Partido Republicano Americano no Brasil é o Partido dos Democratas. Mas com esse nome disgusting não há como apoiá-los.
Então desisti de tentar entender o quadro de alianças regionais. Selecionar governadores ficou muito complicado. Me resignei a escolher só o candidato a presidente. Para fazer essa análise, desta vez, abandonei os partidos e parti para as pessoalidades. Fui atrás dos políticos históricos e confiáveis. Pensei: o apoio deles determinará o meu. O nó ficou maior. Não entendi nada quando li que Collor e Sarney apoiam a candidata do PT e que Jarbas Vasconcellos, Maluf e Quércia estão com o candidato do PSDB. Minha turma está dividida.
Entenda, para nós americanos, branco é branco, preto é preto, Michael é Michael e a Lady Gaga é a Lady Gaga. Não suportamos indefinições. Meu último recurso foi assistir ao debate dos candidatos a presidente da República na televisão. E lá, finalmente, encontrei meu eleito. Todos pareciam muito semelhantes em seus discursos. Porém, havia um candidato velhinho que destoava. Ele não teve medo de emitir suas posições estúpidas de forma clara e inequívoca. Não era exatamente o que eu queria. Mas se ele ganhar, talvez volte a Guerra Fria.
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