Tex foi fundamental para minha formação como leitor de quadrinhos. Foi a primeira coisa que eu li na vida. Acompanhei a série fielmente, até descobrir que havia (muita) coisa melhor por aí, mas ainda tenho um carinho especial pelo "caubói" italiano politicamente correto e seus parceiros Kit Carsom, o rabugente, Kit Willer (filho do homem) e Jack Tigre. As histórias, como não podeiram deixar de ser, são um tanto quanto repetitivas (mais de 600 edições na Itália, é bom frisar), mas continuam divertidas e têm um impressionante "background" baseado em pesquisas minuciosas sobre a História e a geografia do velho oeste. Foi o que pude constatar com a leitura desta 500a. edição: tudo continua como antes "no quartel de abrantes", e deve seguir assim indefinidamente, já que a legião de leitores, a julgar pelo numero mensal de revistas que é posto nas bancas só no Brasil, segue grande e fiel.
Longa vida a Tex! Prometo seguir acompanhando-o esporadicamente, em ocasiões especiais e comemorativas, como esta.
* O termo está entre aspas porque, no final das contas, tirando a colorização, que é competente, não há nada de tão especial nesta edição: o formato segue pequenininho, o papel continua vagabundo e a encadernação é péssima. Mas ok, é "pulp fiction" ...
por Adelvan.
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Abaixo, um texto redigido por quem entende do assunto, o paraibano G.G.Carsan, 43 anos, fã, colecionador e divulgador, que começou a ler as aventuras do ranger aos 7 anos, como eu, mas nunca mais parou. Realizou 4 exposições em João Pessoa, escreveu várias aventuras (algumas publicadas na internet) e um livro para o personagem no Brasil. Escreve para o Portal TexBr e participa de chats e comunidades no orkut, além de manter sua biblioteca aberta aos visitantes.
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Neste vale de lágrimas, em todas as épocas, sempre imperou a lei do mais forte. Durante a colonização do Velho Oeste americano, imperou essa lei, onde os homens resolviam suas questões a ferro-e-fogo, a olho-por-olho e dente-por-dente.
Haviam os pistoleiros pagos para matar, os duelos ao pôr-do-sol, as emboscadas nos labirintos, as guerras entre exército e índios, envolvendo terras e domínios, traficantes de armas e bebidas, os valentões, os bêbados e os trapaceiros nas brigas de saloon, os assaltos a bancos e trens, questões passionais, as lindas mocinhas, as índias exóticas.
Mas os justos, os fracos e os oprimidos puderam contar com a amizade, com a solidariedade, com a onipresença e imparcialidade de Tex Willer, o anjo justiceiro que percorria montanhas, vales e pradarias para aplicar a lei e fazer justiça.
Tex é sinônimo de justiça, de amizade, de capacidade, de destemor, de infalibilidade, de solidariedade, de segurança. Para o homem do Oeste, ouvir o nome de Tex Willer tinha dois significados opostos: “Graças a Deus! É o fim dos meus problemas!”, para os bons; e “Maldição! Aquele maldito cruzou o meu caminho! Tenho que acabar com ele a todo custo ou não terei paz!”, para os maus.
E foi assim que, por onde Tex passou, aplicou a lei com rigor, os maus pagaram por seus crimes com a prisão, com a forca, com a morte pelos seus tiros. Tex não fazia distinção de raça, credo ou classe social ao aplicar a lei e não aceitava suborno. Os seus inimigos foram desde os simples bandidos que assaltavam uma diligência, até o coronel do exército, passando por banqueiros, juízes, comerciantes, grandes empresários, ministros, índios, negros, brancos, mulheres e estrangeiros.
A fama de Tex percorreu toda a América porque nunca deixou um único caso sem solução e nunca nenhum bandido escapou. E também porque sempre agiu corretamente, sempre solidário e amigo, resolvendo os problemas dos oprimidos, admoestados, humilhados e fracos.
E assim, faremos uma rápida apresentação do personagem Tex. Um desavisado poderá imaginar que ele existiu de verdade – e na verdade existiram muitos homens aos quais as palavras acima se encaixam. Mas falaremos de um personagem das histórias em quadrinhos, desde sua criação até os nossos dias.
Tex na Itália A primeira edição do cowboy Tex chegou às bancas italianas no dia 30 de setembro de 1948 e rapidamente se tornou uma mania nacional, um vício, uma lenda.
Tex é referência no mundo dos quadrinhos. A sua longevidade um tanto quanto retilínea, representada por edições bem trabalhadas, passando confiança e divertimento para o seu público, tem garantido a sua permanência no pódio das grandes HQs. Some-se a isso a imutável boa índole, a grande solidariedade, os ideais de justiça e a grande cadeia de amigos para compreender tudo isso sem fazer muito esforço.
O formato da revista criada por Gian Luigi Bonelli nos textos e Aurelio Galleppini nos desenhos era o mesmo de um talão de cheques, contendo 32 páginas de três desenhos cada, em episódios conclusivos e continuados, podendo ter ou não ligação entre si, de periodicidade semanal. As revistinhas formavam séries, que iam recebendo nomenclaturas do oeste.
Tex foi apresentado como um cavaleiro solitário que fazia justiça com as próprias mãos e por isso era taxado de fora-da-lei, mas logo entrou para a corporação dos Rangers do Texas e tornou-se um temido defensor da lei e da ordem. Conheceu Kit Carson, um Ranger competente e amigo, com quem travou uma amizade firme que se prolongou por toda a sua vida. Carson é o seu fiel escudeiro na maioria das centenas de aventuras que já foram publicadas.
Já na primeira aventura como Ranger, Tex contracena com os índios Navajos e acaba casando com a filha do chefe, Lilith, que queria a paz com os brancos. E pouco depois ganha o apelido de Águia da Noite, que o acompanhará por toda a vida. Dali a pouco morre a esposa de Tex, deixando-lhe um filho, Kit Willer, que também se tornará um parceiro. Conhece também o índio Jack Tigre, fechando o time de justiceiros que cobre o território selvagem. Tex age sozinho, com um dos amigos ou com todos ao mesmo tempo, dependendo do caso. O filho e o índio são mais fogo de cobertura.
Com essa receita, Tex fez um grande sucesso entre os italianos, deprimidos pela derrota pós-guerra, e pela falta de trabalho. Era hora de recomeçar, e a força e a coragem do personagem ajudou com sua mensagem positiva, otimista e leal. Com aventuras intituladas ‘O Totem Misterioso’, ‘A Mão Vermelha’, ‘Um Contra Vinte’, ‘Fora-da-Lei’, ‘A Quadrilha dos Dalton’, entre outras, foi sendo escrito o nome do maior cowboy dos quadrinhos de todos os tempos.
Nessa incrível saga, Águia da Noite, como foi denominado pelos Navajos e é conhecido pelos índios, ganhou notáveis amigos e grandes inimigos. O autor encontrou aí mais uma forma de prestígio para o seu personagem, envolvendo-o com pessoas normais, de forte caráter e postos importantes.
Assim, fomos apresentados a pessoas formidáveis como Pat Mac Ryan, Jim Brandon, Gros-Jean, Tom Devlin, Cochise, Nat Mac Kennety, Montales, General Davis e muitos outros. Do outro lado, passamos momentos difíceis ao lado do nosso herói devido às ações de antagonistas do calibre de Mefisto, Jack Thunder, O Mestre, Tigre Negro, Ruby Scott, Yama, O Dragão, Macredy, James Parker, Cruzado, Cobra e Coronel Oliveira.
Em outubro de 1958, a revista no formato talão de cheques passou ao formato atual, medindo 21 x 16 cm, trazendo a aventura “A Mão Vermelha”. Na verdade, as aventuras curtas foram reunidas em revistas com 114 páginas, até serem exauridas e depois se continuou com aventuras inéditas nesse formato até hoje, mês-a-mês, nas bancas italianas, atualmente ultrapassando os 570 números.
Quando Tex foi criado, a editora familiar dos Bonelli se chamava Audace, administrada pela esposa do escritor, Tea Bonelli. Mais tarde, mudou o nome para Sergio Bonelli Editore, o filho do escritor. Tornou-se a maior editora de quadrinhos de aventura do mundo e ainda continua firme, 60 anos depois de sua fundação.
As aventuras texianas foram escritas por G. L. Bonelli – criador de vários personagens, durante várias décadas. Depois ele foi substituído por Claudio Nizzi. Sergio Bonelli escreveu algumas aventuras. Mauro Boselli está substituindo Nizzi atualmente. Decio Canzio, Michele Medda, Giancarlo Berardi, Antonio Segura e Pascoali Ruju foram outros que escreveram as aventuras do ranger.
Os desenhos iniciais foram de Galep (apelido de Aurelio Galleppini), mas como desenhar leva mais tempo do que escrever, ele precisou de ajudantes como Zamperoni, Uggeri, Jeva, Gamba e Muzzi para fazerem a arte-final ou até desenhar alguma aventura, como chegou a ocorrer. Mais tarde, a partir de 1975, aumentando o tamanho das histórias, a editora contratou novos colaboradores para dar conta das aventuras mensais.
Assim vieram Letteri, Nicolò, Ticci e Fusco. Noutra leva de desenhistas chegaram Marcello, Capitanio, Civitelli, Villa, Della Monica, De La Fuente, Venturi, Jesus Blasco, José Ortiz, Giolliti e Monti. A equipe foi renovada novamente com Font, Repetto, Brindisi, Irmãos Cestaro, Diso, Andreucci; e a equipe acabou de ser reforçada com vários outros nomes, que estão estreando neste grande ano de comemorações.
Na Itália, Tex Gigante, como é conhecida a edição principal, vende na casa dos 300 mil exemplares/mês – já vendeu 1 milhão de cópias nos bons tempos. Lá existem algumas republicações para alcançar várias gerações, com os seguintes nomes e últimos números em banca (levando-se em conta o mês de julho de 2008): Tex Nuova Ristampa (#211 - Tex Coleção), Tex Tre Stelle (#533) e Tutto Tex (#447 - republicações), Almanacco del West (anual - Almanaque Tex), Maxxi Tex (Tex Anual), Tex Speciale (#22 - Tex Gigante) e a novíssima Tex a Colori (#50 - reedição da coleção tamanho gigante, colorida, com capas novas e papel de mais qualidade, com 250 páginas).
Além da Sergio Bonelli Editore, localizada próximo do centro de Milão, na região norte da Itália, Tex surge para os leitores através das publicações da Mondadori, editora que edita dois volumes anuais: um com histórias completas (reedição) no tamanho normal em preto e branco; e outro com republicações de histórias completas, coloridas, gigantes e com capa dura.
Quando o assunto são livros, fanzines e produtos da marca Tex, o personagem assume uma proporção gigantesca. Nestes 60 anos, foram editados mais de 120 livros sobre o personagem, dezenas de fanzines e diversos produtos como quebra-cabeças, botons, roupas, cadernos, jogos, desenhos, um filme, selos, bonecos, entre outros. Existem ainda músicas para o Tex e algumas aventuras foram adaptadas para o rádio. Ocorrem dezenas de amostras e exposições pela Itália, além de vários encontros de colecionadores. Em 1996, foi editado um livro (Tutto di Tex), que na verdade é um catálogo do Tex.
Por fim, Tex invadiu a internet através de diversos sites, hospedeiros de vídeos e de fotos, chats, blogs e e-mails individuais. O personagem atinge uma grande massa de insólitos colecionadores, ávidos por novas aventuras, formada por uma maioria de adultos na faixa que vai dos 30 aos 60 anos.
Tex encontra-se em momento de transição, que sempre ocorre quando um escritor está prestes a deixar o comando e outro vem se preparando para assumir. É inegável que o filão de aventuras vai se esgotando, principalmente no fenômeno faroeste, que teve início, meio e fim, e pouco a pouco vai se perdendo no passado. Mas a geração que se iniciou com as aventuras do Ranger mais famoso do oeste e que é responsável pelo seu sucesso, sabe bem da sua responsabilidade e não abandona um amigo. Ainda mais um desse quilate!!!
Tex no Brasil
Tex é um fenômeno no Brasil, país aberto às mais variadas novidades, onde tem um público fiel e perseverante desde o retorno definitivo do personagem no início da década de 70, trazendo alegria, divertimento e proporcionando conhecimento, modo de vida e cultura, além das suas mais trabalhadas qualidades e habilidades.
O Ranger estreou no Brasil nos anos 1950, quando suas aventuras curtas foram publicadas na revista Júnior, em formato talão de cheques, a partir do número 28 até a edição 265, pela RGE (Rio Gráfica Editora). O título era “As Aventuras de Texas Kid” e o personagem foi rebatizado de Texas. Na década de 60 não foi publicado nada do personagem no país, retornando somente nos anos 1970, desta vez em título próprio.
Em fevereiro de 1971, estreava a primeira edição de Tex, através da Editora Vecchi com a aventura “O Signo da Serpente”, publicada originalmente na Itália em 1960, e para chamar atenção para o lançamento, a revista trazia de brinde um índio com arco e flecha.
Do número 1 ao 36, a revista tinha um tamanho maior, mas os desenhos eram do mesmo tamanho dos atuais, ou seja, havia uma grande borda no alto e embaixo, provavelmente devido a não-existência de um papel próprio ou da dificuldade no corte. Mas o problema estético foi resolvido a partir do número 37.
Até o número 39 a revista trouxe aventuras completas e a partir daí, geralmente aventuras em continuação. Ocorreu por parte da editora uma preferência por certas aventuras, com outras sendo escanteadas, de forma que a coleção principal é bem diferente do lançamento original italiano.
Isso acarretou alguns desordenamentos temporais. Por exemplo, no número 1 temos o filho de Tex já rapaz. No número 44 a esposa de Tex morre e no número 94 foi publicada a história com o casamento de Tex. Nas edições originais, esses fatos ocorrem de forma seqüencial. Logicamente que isso gerou polêmicas e curiosidades ao longo dos anos e somente hoje, 37 anos depois, após o lançamento de todas as histórias deixadas para trás, o círculo foi fechado em torno da saga.
O título do Ranger já passou pelas mãos de quatro editoras que, felizmente, honraram os leitores e o personagem, sempre continuando a numeração anterior. A primeira foi a Editora Vecchi, depois a RGE, seguida pela Globo e atualmente a Mythos Editora.
A Vecchi iniciou em 1971 e levou o título até o número 164. Como a revista vendia muito bem e havia muitos pedidos, a editora iniciou uma reedição que foi até o número 94 – editado pela metade devido à falência. Houve um tempo em que as revistas passaram a ser quinzenais, com Tex quatro vezes nas bancas a cada mês. A Vecchi também lançou o especial O Ídolo de Cristal em capa dura e, a cada seis meses, lançava uma aventura especial completa, trazendo até pôsteres como brinde. A editora foi a responsável pela formação da maior parte dos leitores: estima-se que chegaram a 150 mil em todo o país.
Com a saída de cena da Vecchi, Tex foi assumido pela Rio Gráfica Editora em agosto de 1983, que deu continuidade com seriedade, lançando a metade faltante do número 94, um ato de respeito para com os leitores. Mas quem pensou que haveria entusiasmo perene se enganou, pois durante os 3,5 anos que ficou com Tex, paralisou a publicação dos especiais e quase não trouxe novidades, exceto por encerrar a 2ª edição no número 149 e iniciar Tex Coleção, atendendo a pedidos.
A Editora Globo encampou a RGE e passou a editar Tex em janeiro de 1986. Os leitores ficaram ouriçados, imaginando que Tex apareceria na TV, que viriam os desenhos, filmes, etc. Na época, pouco se sabia sobre a editora original, a Sergio Bonelli Editore, e dos trâmites com os criadores italianos, tanto que as cartas pediam coisas como se o editor do Rio de Janeiro pudesse realizar. Mas não foi assim. Pelo contrário, a situação foi bem diferente, pois a Globo iniciou uma fase de grandes feitos e falhas graves.
Os feitos: lançou 5 edições de Tex Gigante (publicado pela primeira vez em comemoração aos 40 anos do personagem e republicado no aniversário de 50 anos), lançou 6 edições coloridas, um almanaque, um livro com 6 aventuras curtas de personagens bonellianos, e lançou ainda um álbum de figurinhas.
As falhas foram as capas erradas em relação às histórias, repetição de capas, papel amassado, folhas trocadas, código de barras na capa. Foram 12 anos comandando o personagem com a coleção principal, além de Tex Coleção e Tex Edição Histórica.
Em janeiro de 1999, a Mythos Editora assumiu a publicação, e prometeu colocar ordem na casa. Primeiro acertou as capas e depois começou a ousar com novos títulos na praça, percebendo que havia mercado para tal.
Abriu a linha de Tex Gigante, Tex Almanaque, Tex de Férias, Tex Anual, Tex Ouro, Minissérie Tex, Os Grandes Clássicos de Tex, ao mesmo tempo em que deu continuidade às coleções anteriores. Todas as coleções estão em atividade, obedecidas as suas periodicidades e têm público cativo.
A Mythos resolveu aproximar a edição brasileira da italiana e lançou as aventuras deixadas para trás pela Vecchi e Globo dentro das coleções normais. Criou a coleção Tex e os Aventureiros (seis edições) para publicar 6 histórias curtas de Tex e também de outros heróis da Bonelli (Martin Mystère, Dylan Dog, Nick Raider, Mister No, Nathan Never, Zagor, Chico, etc), criadas para publicidade e festivais de HQs na Itália.
Próxima de completar 10 anos publicando Tex, a editora continua firme, tem uma boa relação com seus leitores e assim, Tex vai se constituindo na editora que tratou o personagem com mais responsabilidade, dedicação e competência. Esperemos que continue firme nesse propósito, pois os leitores continuarão fiéis e cada vez mais exigentes.
A partir de 2000, Tex chegou na internet pra valer. Isso representou um ótimo impulso para a manutenção dos leitores, permitindo um contato mais próximo com os editores de Tex tanto na Itália quanto no Brasil, mantendo-os informados praticamente em tempo real sobre tudo que gira em torno do personagem. De fato, nunca houve tanto intercâmbio de informações. Um fato que acontece na editora italiana, por exemplo, é quase que instantaneamente repassado aos leitores na mesma hora. Além disso, a internet permitiu a aproximação entre leitores, roteiristas e desenhistas, que se expõem através de entrevistas e chats.
Esse desenvolvimento informativo tem sido importante para a formação de novos leitores, capturados na grande rede através do trabalho de alguns bravos colecionadores, que criaram sites e grupos de discussões visando aglutinar os leitores e trocar idéias, dar sugestões e prever as tendências, bem como cobrar resultados. Podemos perceber alguns avanços através das participações de muitos internautas nos sites, nos blogs e em comunidades no orkut, formadas geralmente por pessoas diferentes, isto é, públicos diferentes e de várias idades, provando que Tex continua bem visto e aceito, e que o trabalho de divulgação dos próprios colecionadores é um serviço de grande valor.
Para popularizar cada vez mais o personagem, alguns fãs vêm promovendo encontros e exposições, que atraem colecionadores e a mídia ligada à cultura. Já foram realizadas 5 exposições no Nordeste – quatro só em João Pessoa (Paraíba), e uma em Tabira (Pernambuco), além de encontros freqüentes em Santa Maria (Rio Grande do Sul), conhecido reduto texiano.
Ao completar 60 anos no cenário mundial, uma longevidade tão bonita e tão segura, Tex é a prova cabal de organização, serviço, obstinação, controle e vendas, sobrepondo-se a muitos personagens de HQs mais famosos e que não possuem um currículo tão rico, tão positivo e tão seguro.
Tex sobreviveu ao tempo que praticamente enterrou o faroeste, escapou das barbáries dos planos econômicos, venceu os intelectuais que diziam que gibi é coisa de vagabundo e que um pistoleiro não fazia bem às crianças e adolescentes. Desmentiu os pessimistas que divagaram aos quatro ventos o fim das HQs com o advento da internet e por fim foi competente para manter ao seu lado o incrível batalhão de fãs e colecionadores, seus amigos de toda hora.
Viva, Tex! Parabéns pelo seu sexagésimo aniversário!! E atenção, meus amigos, que o Tex Colorido em comemoração aos 60 anos do personagem vem por aí! Vida longa ao Águia da Noite. O aniversário é dele, mas a festa é nossa!!!
Fonte: HQ Maniacs
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