
Meus primeiros contatos com o legado do grande frasista se deram, primeiro, atraves da tela da Globo, que sempre exibia algumas adaptações de suas peças feitas para o cinema e, posteriormente, produziu ela mesma alguns especiais e minisséries. O primeiro filme que vi foi “Toda nudez será castigada”, se não me falha a memória. Lembro que aquele mundo povoado de almas atormentadas pela culpa e pelo pecado me perturbava bastante, jovem sexualmente reprimido e igualmente assombrado pela formação católica que era (sou?). Então era aquele o mundo dos adultos? Um mundo dissimulado, feito de hipocrisia e perversões abafadas por uma camada de falso moralismo? Adultério, homosexualismo, Geni, o ladrão boliviano: não estava preparado para absorver aquele tipo de informação. Aquilo não era, definitivamente, coisa para criança.

A História da vida de Nelson Rodrigues já daria, por si só, um ótimo livro. E deu: “O Anjo pornográfico”, de Ruy Castro, que conta em detalhes toda a História (com H maiúsculo) de suas suas tragédias e triunfos pessoais. É fundamental para quem quer se aprofundar na obra deste pernambucano nascido em Recife no dia 23 de agosto de 1912, mas que passou a vida inteira no Rio de Janeiro, para onde se mudou já em 1916 e onde morreu em 21 de dezembro de 1980.
por Adelvan
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Nelson Rodrigues, nosso Dickens do subúrbio

Nelson
Rodrigues (1912-1980) mostrou aos brasileiros como era o Brasil, em
linguagem simples e direta. Ninguém mais fez isso tão bem como ele.
No ano em que completaria 100 anos – depois
de intensa relação de amor e ódio com a intelectualidade brasileira — a
obra de Nelson conquista certa unanimidade, a mesma que ele,
ironicamente, considerava burra.
Na noite de 28 de dezembro de 1943, a nata da elite intelectual carioca — embaixadores, escritores, poetas e jornalistas — lotou o Teatro Municipal do Rio de Janeiro para assistir à estreia de Vestido de Noiva. O autor, o então jovem dramaturgo Nelson Rodrigues, de 31 anos, passou todo o tempo na antecâmara de um camarote, apavorado, ora de frente, ora de costas para o palco, a úlcera pegando fogo. Ao término do primeiro ato, duas palmas foram ouvidas. “Estou frito”, pensou Nelson. Acabou o segundo ato e as palmas minguaram. Nem as irmãs do autor aplaudiram. Ao fim do último ato, o pano caiu, e com ele um silêncio esmagador. Algumas palmas foram ouvidas, e outras, e mais, aumentando até o teatro ser tomado por um estrondo de aplausos frenéticos que ecoou por minutos.
Nos dias seguintes, Nelson foi acolhido por aquela elite intelectual. O poeta Manuel Bandeira e os críticos Álvaro Lins e Décio de Almeida Prado, que conheciam o texto, já haviam feito elogios públicos antes da estreia. Gilberto Freyre, Augusto Frederico Schmidt e Guilherme Figueiredo logo engrossaram o coro de admiradores. Mesmerizados com o que viram — um show de 132 efeitos de luz, 140 mudanças de cenas e 32 personagens conduzidos pelo diretor polonês Ziembinski —, Otto Maria Carpeaux, Carlos Drummond de Andrade e Alceu Amoroso Lima juntaram-se àqueles que passaram a ver em Nelson a grande novidade do teatro brasileiro.
Era isso e mais. Com Vestido de Noiva, Nelson Rodrigues entrava para o clube dos pensadores brasileiros, pertencente a uma geração — a dos anos 30 — que achava importante decifrar o país. Nos anos anteriores ao seu primeiro sucesso nos palcos surgiram as três obras magnas dessa corrente: Casa Grande & Senzala (1933), de Gilberto Freyre, Raízes do Brasil (1936), de Sérgio Buarque de Hollanda, e Formação do Brasil Contemporâneo (1942), de Caio Prado Júnior. Nelson viu-se nesse time atacando em duas frentes por muito tempo desprezadas pelos estudiosos, pela distância que guardavam do mundo acadêmico: a crônica de jornal e o teatro.
Em ambos os casos, interessava-lhe menos o estilo rebuscado do ensaio e mais a linguagem direta das ruas. Pode-se dizer que Nelson fez a crônica de seu tempo mesmo quando escreveu teatro. Nas duas formas, ele teve o mérito de resumir, de forma acessível, o Brasil para os brasileiros. Mas será que ele próprio se levava a sério como pensador das coisas brasileiras? A crítica de teatro Barbara Heliodora acha que sim. “Ele levava sua obra muito a sério, e ela revela que ele tinha, mesmo que não verbalizados, certos princípios dominantes para sua visão das coisas”, diz.
O jornal como princípio de tudo
Nelson é resultado da sucessão de revezes que marcou sua vida pessoal e do jornalismo que praticou desde cedo. Fumava quatro maços de cigarro ordinário por dia. Ficou tuberculoso aos 23 anos. Era cardíaco, enxergava muito mal e cultivou uma úlcera durante quase toda a vida. Foi repórter policial, editorialista político, cronista esportivo e autor de folhetins, crônicas, contos, romances, novelas e peças teatrais. Começou a escrever teatro premido pela falta de dinheiro, mas logo foi tomado de ambição literária. A partir de então, seu objetivo passou a ser o reconhecimento dos grandes intelectuais da época — que ele atingiu ainda jovem, no episódio descrito no início desta reportagem.
Nelson sempre esteve no jornal — e o jornal, em sua época, era o ponto de encontro dos intelectuais. Suas colunas e crônicas misturavam literatura, colunismo social, crítica literária e comentários políticos. Fustigava seus desafetos publicamente. Até Otto Lara Resende, de quem era amigo e admirador, foi alvo da sanha rodrigueana. De acordo com Victor Hugo Adler Pereira, professor de literatura da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, o jornalismo não somente atraía uma parcela da intelectualidade que desejava interferir nos rumos da vida pública, como também oferecia possibilidades de ganho aos jovens intelectuais. “Durante os anos 50 e 60 pode-se reconhecer que a consagração pública de alguns poetas e escritores de peso, como Drummond, Cecília Meireles e até mesmo Clarice Lispector, deveu-se, em parte, à atuação nos jornais como cronistas”, afirma. Segundo o dramaturgo Caco Coelho, que coligiu num livro os primeiros escritos do autor, Nelson não via diferença entre literatura e jornalismo — e naquela época ela, de fato, quase não existia.
Como era o Brasil de Nelson?
O que torna a obra de Nelson relevante para entender o país em seu tempo é que ele buscou o chamado “Brasil profundo” no subúrbio carioca. A chamada literatura regionalista, contemporânea dos grandes ensaístas Gilberto Freyre, Sérgio Buarque e Caio Prado Júnior — e que também tentava, a seu modo, “explicar” o país —, se debruçava sobre o Brasil rural. Nelson era eminentemente urbano. A partir de A Falecida (1953) surge no teatro uma parcela da sociedade quase invisível na produção cultural nacional: a classe média, até então só focalizada por Lima Barreto. Para Fábio de Souza Andrade, professor de literatura da USP, Nelson tinha faro e pena de caricaturista e, em suas mãos, o subúrbio do Rio sobrevive à pesada estilização por trás do moralismo histriônico. “Nelson Rodrigues tinha alguma coisa de vitoriano deslocado, de Dickens da Pavuna, sem demérito para nenhum dos dois. A atualização de arquétipos míticos e uma linguagem sensível às imagens fazem do seu teatro coisa difícil de igualar”, diz.
Em sua visão do subúrbio, Nelson incorporou até Sigmund Freud, o que era extremamente ousado para a época. “Nelson, mesmo sem dominar em profundidade as lições psicanalíticas, tinha do assunto aquela informação genérica, acervo de todo cidadão de conhecimento mediano, que autorizava a tratar de incesto e assuntos familiares”, afirma o crítico Sábato Magaldi. Foi por causa disso que uma peça como Álbum de Família (1945), que levou o incesto para os palcos e inaugurou, nas palavras do próprio Nelson, a fase do “teatro desagradável”, causou tanto escândalo e foi proibida por duas décadas. A influência freudiana também está em Anjo Negro (1947), na relação incestuosa entre a jovem Ana Maria e seu pai presumido, o negro Ismael; e em Senhora dos Afogados (1947), na paixão de Moema pelo próprio pai. O mesmo vale para Vestido de Noiva, em que duas personagens mortas, Alaíde e Clessi, enunciam com liberdade — justamente porque mortas — o plano do inconsciente.
O Brasil de Nelson era, assim, cosmopolita, de temática urbana e ligado às idéias de seu tempo. Mas havia mais. Como bom cronista, ele resumiria o país numa frase de efeito que hoje é um slogan sobre o Brasil tão citado quanto o “país do homem cordial”, de Sérgio Buarque, ou o “país das idéias fora do lugar”, de Roberto Schwarz — um dos muitos críticos das posições políticas do autor durante o regime militar. Nelson é autor da expressão “complexo de vira-latas”, que surgiu durante a cobertura da Copa do Mundo de futebol, em 1958. A epopeia do Brasil em busca de seu primeiro título mundial parece feita sob medida para um manual de sociologia — ou para ilustrar o livro Casa Grande & Senzala.
Oito anos antes, o Brasil havia perdido a Copa do Mundo para o Uruguai, derrota atribuída na época a dois jogadores, por acaso, negros — o goleiro Barbosa e o lateral Bigode. Na Copa de 1958, coincidência ou não, o Brasil definiu um time titular com dez jogadores brancos e um único negro — o botafoguense Didi, inegavelmente o grande craque do país na época. No banco, nas primeiras partidas, ficaram o mulato Garrincha e o negro Pelé. Quando os dois entraram em campo, a partir do terceiro jogo, o time passou a ganhar todos os jogos e conquistou o título. Uma fábula destinada a ilustrar a obra de Gilberto Freyre, para quem o Brasil, no futuro, deixaria de considerar a mestiçagem uma desvantagem para glorificá-la, orgulhando-se deste traço da identidade nacional. Nas suas crônicas, Nelson fez, por meio do futebol, com que o país se orgulhasse de ser um caldeirão de raças. Nesse ponto, é interessante notar que seu irmão, Mário Filho, uma figura estelar na crônica esportiva, é autor do clássico O Negro no Futebol Brasileiro (1947).
Por que não temos mais um cronista como ele
• O Brasil era pequeno, tudo acontecia no Rio de Janeiro. Nos anos 30, a então capital federal contava com pouco mais de 2 milhões de habitantes, e era ali que circulavam todas as discussões sobre a formação de um ideário nacional. Além disso, estava em curso na época um projeto urbanístico que expandiu os subúrbios cariocas, levando sua cultura — as modinhas, as serestas de violão, os cordões carnavalescos, o reisado, as brigas de galo — para o centro, para o universo da elite intelectual, e foi desse universo que Nelson extraiu a atmosfera de suas obras.
• A imprensa escrita tinha uma tremenda influência no meio intelectual. Hoje a força do jornal é relativamente menor. Ganharam prestígio as universidades, que passaram a ser as instituições de produção e intercâmbio de conhecimento. Surgiram também outros meios de comunicação — as revistas, a TV e depois a internet. No que se refere à internet, não deixa de ser curioso que os blogs tenham desenvolvido novos formatos de crônica, baseadas quase sempre num certo intimismo confessional.
• No mundo globalizado, os intelectuais não têm mais a pretensão de resumir o país em ideias básicas. Nunca mais surgiram ensaístas — ou cronistas, ou dramaturgos — com a pretensão de decifrar a alma brasileira simplesmente porque hoje ninguém mais busca isso.
Tudo isso é verdade, mas nenhuma dessas razões oculta a evidência mais simples de todas — a de que gênios são mesmo raros. Por enquanto, embora inúmeros talentos do jornalismo e do teatro tenham surgido, nenhum deles suplantou o artista múltiplo que foi Nelson Rodrigues. Na história do pensamento brasileiro, Nelson já foi pulha, já foi santo. Mas, como ele escreveu certa vez, “o gênio, não sei por quê, é mais difícil do que o santo ou o pulha”.
por Edward Pimenta
Fonte: EPIMENTA
Frases
- Toda mulher bonita é um pouco a namorada lésbica de si mesma.
- Não diga jamais a um pretendente seu que se julga feia. Ele poderá não ter percebido e fará então a descoberta.
- A bola tem um instinto clarividente e infalível que a faz encontrar e acompanhar o verdadeiro craque.
- Que Brasil formidável seria o Brasil se o brasileiro gostasse do brasileiro.
- Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico(desde menino).
- O jovem tem todos os defeitos do adulto e mais um: — o da imaturidade.
- Tudo passa, menos a adúltera. Nos botecos e nos velórios, na esquina e nas farmácias, há sempre alguém falando nas senhores que traem. O amor bem-sucedido não interessa a ninguém.
- Nós, da imprensa, somos uns criminosos do adjetivo. Com a mais eufórica das irresponsabilidades, chamamos de "ilustre", de "insigne", de "formidável", qualquer borra-botas.
- A grande vaia é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose. Os admiradores corrompem.
- O brasileiro não está preparado para ser "o maior do mundo" em coisa nenhuma. Ser "o maior do mundo" em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidade.
- Há na aeromoça a nostalgia de quem vai morrer cedo. Reparem como vê as coisas com a doçura de um último olhar.
- O homem não nasceu para ser grande. Um mínimo de grandeza já o desumaniza. Por exemplo: — um ministro. Não é nada, dirão. Mas o fato de ser ministro já o empalha. É como se ele tivesse algodão por dentro, e não entranhas vivas.
- Assim como há uma rua Voluntários da Pátria, podia haver uma outra que se chamasse, inversamente, rua Traidores da Pátria.
- Está se deteriorando a bondade brasileira. De quinze em quinze minutos, aumenta o desgaste da nossa delicadeza.
- O boteco é ressoante como uma concha marinha. Todas as vozes brasileiras passam por ele.
- A mais tola das virtudes é a idade. Que significa ter quinze, dezessete, dezoito ou vinte anos? Há pulhas, há imbecis, há santos, há gênios de todas as idades.
- Outro dia ouvi um pai dizer, radiante: — "Eu vi pílulas anticoncepcionais na bolsa da minha filha de doze anos!". Estava satisfeito, com o olho rútilo. Veja você que paspalhão!
- Em nosso século, o "grande homem" pode ser, ao mesmo tempo, uma boa besta.
- O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda.
- Toda mulher bonita leva em si, como uma lesão da alma, o ressentimento. É uma ressentida contra si mesma.
- Acho a velocidade um prazer de cretinos. Ainda conservo o deleite dos bondes que não chegam nunca.
- Chegou às redações a notícia da minha morte. E os bons colegas trataram de fazer a notícia. Se é verdade o que de mim disseram os necrológios, com a generosa abundância de todos os necrológios, sou de fato um bom sujeito.
- Invejo a burrice, porque é eterna.
- Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos...
- O amor entre marido e mulher é uma grossa bandalheira. É abjeto que um homem deseje a mãe de seus próprios filhos.
- O brasileiro, quando não é canalha na véspera, é canalha no dia seguinte.
- Qualquer indivíduo é mais importante do que a Via Láctea.
- Só o cinismo redime um casamento. É preciso muito cinismo para que um casal chegue às bodas de prata.
- Todo ginecologista devia ser casto. O ginecologista devia andar com batina, sandálias e coroinha na cabeça. Como um São Francisco de Assis, com luva de borracha e um passarinho em cada ombro.
- Se todos conhecessem a intimidade sexual uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém.
- Só o rosto é indecente. Do pescoço para baixo, podia-se andar nu.
- A prostituta só enlouquece excepcionalmente. A mulher honesta, sim, é que, devorada pelos próprios escrúpulos, está sempre no limite, na implacável fronteira.
- As grandes convivências estão a um milímetro do tédio.
- Convém não facilitar com os bons, convém não provocar os puros. Há no ser humano, e ainda nos melhores, uma série de ferocidades adormecidas. O importante é não acordá-las.
- Sem paixão não se chupa nem um chicabon.
- A mulher ideal deve ser dama na mesa e puta na cama."
- Todas as mulheres deveriam ter catorze anos.
- O casamento é o máximo da solidão com a mínima privacidade.
- O Fluminense é o único time tricolor do mundo. O resto são só times de três cores.
- O Fla-Flu surgiu quarenta minutos antes do nada.
- No dia da inauguração do paraíso, houve um FLA-FLU de portões abertos, e escorria gente pelas paredes.
- Eu vos digo que o melhor time é o Fluminense. E podem me dizer que os fatos provam o contrário, que eu vos respondo: pior para os fatos
- Deve-se ler pouco e reler muito. Há uns poucos livros totais, três ou quatro, que nos salvam ou que nos perdem. É preciso relê-los, sempre e sempre, com obtusa pertinácia.
- Não há nada mais relapso do que a memória. Atrevo-me mesmo a dizer que a memória é uma vigarista, uma emérita falsificadora de fatos e de figuras.
- O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema mudo proclamou-se vilão. Nem o idiota se diz idiota. Os defeitos existem dentro de nós, ativos e militantes, mas inconfessos. Nunca vi um sujeito vir à boca de cena e anunciar, de testa erguida: 'Senhoras e senhores, eu sou um canalha'.
- A companhia de um paulista é a pior forma de solidão.
- Até 1919, a mulher que ia ao ginecologista sentia-se, ela própria, uma adúltera.
- Toda mulher gosta de apanhar, apenas as neuróticas reagem.
- Hoje é muito difícil não ser canalha. Todas as pressões trabalham para o nosso aviltamento pessoal e coletivo.
- O 'homem de bem' é um cadáver mal informado. Não sabe que morreu.
- O homem só é feliz pelo supérfluo. No comunismo, só se tem o essencial. Que coisa abominável e ridícula!
- O boteco é ressoante como uma concha marinha. Todas as vozes brasileiras passam por ele.
- Eu, como artista, se tivesse de escolher um epitáfio, optaria pelo seguinte: - 'Aqui jaz Nelson Rodrigues, assassinado pelos imbecis de ambos os sexos.
- As feministas querem reduzir a mulher a um macho mal-acabado".
- O homem começou a própria desumanização quando separou o sexo do amor."
- A mediocridade, além de numerosa, é solidária.
- O subdesenvolvimento não se improvisa, é uma conquista de séculos."
- Amar a humanidade é fácil; difícil é amar o próximo
- Se os filhos da puta voassem, nunca veríamos o sol.
- A plateia só é respeitosa quando não está a entender nada.
- Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada não há amor possível.
- Não se apresse em perdoar. A misericórdia também corrompe.
- Nem todas mulheres gostam de apanhar, só as normais.
- Só acredito nas pessoas que ainda se ruborizam.
- Em futebol, o pior cego é o que só vê a bola.
- Deus me livre de ser inteligente.
- Só os profetas enxergam o óbvio.
- Geladeira é o principal móvel do pobre.
- Todo amor é eterno. E se acaba, não era amor.
- A fidelidade devia ser facultativa.
- O mineiro só é solidário no câncer.
- Amar é ser fiel a quem nos trai.
- O brasileiro é um feriado.
- O dinheiro compra até o amor verdadeiro.
- O pudor é a mais afrodisíaca das virtudes.
- A liberdade é mais importante do que o pão.
- A cama é um móvel metafísico.
- Não existe família sem adúltera.
- Só o inimigo não trai nunca.
- Toda unanimidade é burra.
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