Nosso Assassino serial favorito está de volta desde o último domingo, quando foi exibido o primeiro episódio da quinta temporada da série. Um episódio um tanto quanto incomum, pesado, choroso, “de luto” – e se você pensar bem, não poderia ter sido diferente, tendo em vista a forma como foi encerrada a quarta temporada, com um acontecimento tão chocante (não se preocupe, não vou revelar nenhuma surpresa pra quem ainda não viu) que eu cheguei a pensar que deveria ser alguma espécie de delírio. Pois bem, não foi nada disso. Aconteceu mesmo, e agora nosso querido Dexter vai ter que aprender a conviver com mais uma nova situação (ou “estado civil”, caso prefira) em sua vida pra lá de turbulenta. Vejamos no que dá. As perspectivas são as melhores possíveis, já que pelo menos até agora o programa vêm sendo feito na base de uma temporada melhor que a outra.
Falo isso sem exagero, até porque eu demorei um pouco a ser “fisgado” pela história. Comecei a assistir por recomendação de amigos e por ter achado interessante a premissa (um “seria killer” de “serial killers”), mas confesso que a ambientação (Miami, a mais “caliente” das metrópoles americanas - sou meio cismado com essa cidade, não sei dizer exatamente porque) me incomodou um pouco e até o meio da primeira temporada não vi nada de “arrebatador”. Só naquele ponto, com o sempre eficiente recurso (Hitchcock que o diga) de revelar ao público algo que os personagens não sabem, a coisa começou a decolar pra valer, e eu passei a acompanhar com um interesse crescente as atribulações do dia-a-dia dos personagens, condição “sine qua non” para a perfeita apreciação de um programa do tipo – porque no final das contas é, na verdade, uma novela. Mas uma novela com grandes atuações, uma grande história e, acima de tudo, ótimos personagens desenvolvidos por meio de diálogos inteligentes e eficientes. Deborah, a irmã de Dexter, é minha favorita, mas me diverti muito assistindo o desenrolar da trama como um todo, ao ponto de poder afirmar, sem medo de errar, que esta é, hoje, a minha série de TV favorita. O único ponto que me incomoda, e ao mesmo tempo fascina, é a ambigüidade da coisa, já que você acaba se identificando e torcendo por uma pessoa que é, no fim das contas, um assassino terrível, seguidor de um suposto código de honra e conduta injustificável, a não ser que você seja um apreciador da Lei do Talião (olho por olho, dente por dente) e ache plausível a premissa de que a vingança pelas próprias mãos é legítima. Não é o meu caso. Em todo caso, não há como negar: eu gosto de Dexter – a série E o personagem, magnificamente interpretado por Michael C. Hall, o Dave de “A 7 Palmos” (creio que estranhei também, no início, ver a imagem daquele cara que eu estava tão acostumado a associar com um personagem frágil e sensível na pele de um assassino frio e calculista – muito embora “humano, demasiado humano”, como ele mesmo vai perceber – e se surpreender com a descoberta – ao longo da série.)
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(Wikipedia) Dexter é uma premiada série televisiva estadunidense do canal Showtime, exibida desde 2006 nos Estados Unidos, e desde 2007, no Brasil pelo canal FX Brasil, e, em Portugal pela RTP2, FX Portugal, Fox Portugal e Fox Portugal HD.
A série é baseada no livro Darkly Dreaming Dexter, de Jeff Lindsay, e conta a história de Dexter Morgan, um assassino em série que trabalha como analista forense especialista em padrões de dispersão de sangue, no departamento de polícia do Condado de Miami-Dade. Dexter é interpretado por Michael C. Hall.
Nos Estados Unidos, a primeira temporada teve doze episódios e foi exibida de 1 de outubro de 2006 a 17 de dezembro de 2006. A segunda temporada, nos EUA, foi exibida no segundo semestre de 2007 e também contou com doze capítulos.
Valendo-se do fato de ser um expert forense em análise sanguínea e de trabalhar no Departamento de Polícia de Miami, Dexter, de um modo bem meticuloso e sem pistas, mata criminosos que a polícia não consegue trazer à Justiça. A série narra a trajetória de sua vida dupla por meio de flashbacks e, paulatinamente, vai desvelando diversos segredos dos personagens, criando um ambiente de constante suspense.
A série Dexter é baseada nos livros de Jeff Lindsay, que são os seguintes:
- Darkly Dreaming Dexter (2004)(br: Dexter - A Mão Esquerda de Deus, Editora Planeta, Julho de 2008)
- Dearly Devoted Dexter (2005) (br: Querido e Devotado Dexter, Editora Planeta, Setembro de 2009)
- Dexter in the Dark (2007) (br: Dexter no Escuro, Abril de 2010)
- Dexter by Design (2009)
- Dexter Is Delicious (2010)
Elenco:
- Michael C. Hall como Dexter Morgan (1ª a 5ª temporada)
- Julie Benz como Rita Bennett (1ª a 5ª temporada)
- Jennifer Carpenter como Debra Morgan (1ª a 5ª temporada)
- Lauren Vélez como Maria LaGuerta (1ª a 5ª temporada)
- David Zayas como Sargento Angel Batista (1ª a 5ª temporada)
- James Remar como Harry Morgan (1ª a 5ª temporada)
- C.S. Lee como Vince Masuka (1ª a 5ª temporada)
- Desmond Harrington como Joseph "Joey" Quinn (3ª a 5ª temporada)
- Keith Carradine como Frank Lundy (2ª e 4ª temporada)
- Erik King como Sargento James Doakes (1ª e 2ª temporada)
- Christian Camargo como Brian Moser (1ª e 2ª temporada)
- Jaime Murray como Lila Tournay (2ª temporada)
- Jimmy Smits como Miguel Prado (3ª temporada)
- John Lithgow como Arthur Mitchell (4ª temporada)
Prêmios:
2006
- AFI Awards — Programa de TV do Ano — Seleção Oficial.
- IGN - Melhor Programa Nova
- IGN - Melhor Ator - Michael C. Hall
- IGN - Melhor Vilão - The Ice Truck Killer
- IGN - Melhor Personagem - Dexter Morgan
- Satellite Awards — Melhor Atriz Coadjuvante em Série — Julie Benz
2007
- Emmy – Melhor Design de Título de Abertura
- Emmy – Melhor Edição com Uma Câmera para Série Drama
- IGN - Melhor Argumento
- IGN - Melhor Programa de Televisão
- Satellite Awards – Melhor Ator coadjuvante em série de TV – David Zayas
- Satellite Awards – Melhor Ator em série Dramática – Michael C. Hall
- Satellite Awards – Melhor Série Dramática
- Saturn Awards – Melhor Ator em Série de TV – Michael C. Hall
2010
- Globo de Ouro - Melhor ator em série de drama - Michael C. Hall
- Globo de Ouro - Melhor ator coadjuvante em série de televisão, minissérie ou filme feito para a TV - John Lithgow
Indicações:
2006
- IGN - Melhor Programa de Televisão
- Satellite Awards — Melhor Ator em Série de Drama — Michael C. Hall
- Satellite Awards — Melhor Série de TV, Drama
2007
- Golden Globe — Melhor Ator em Série de Drama – Michael C. Hall
- SAG — Melhor Ator em Série de Drama — Michael C. Hall
2008
- Emmy - Melhor Ator em Série de Drama - Michael C. Hall
- Emmy - Melhor Série de TV, Drama
- Emmy - Melhor direção de Arte - Tony Cowley, Linda Spheeris
- Emmy - Melhor Cinematografia - Romeo Tirone
- Golden Globe - Melhor Ator em Série de Drama – Michael C. Hall
- Golden Globe - Melhor Série de TV, Drama
- WGA - Melhor Série de TV, Drama
2009
- Emmy - Melhor Série de TV, Drama
- Emmy - Melhor Ator em Série de Drama - Michael C. Hall
- Emmy - Melhor Ator Convidado em uma Série Dramática - Jimmy Smits
2010
- Golden Globe - Melhor Série de TV, Drama
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