"Eu tive uma decepção muito grande com o Lula", declarou artista. Para Vicente, desvio de verbas é "o mesmo que terrorismo". "O dinheiro roubado durante oito anos de governo daria para resolver todos os problemas do estado", avaliou. Graças a sua descrença com a política atual, do Brasil e do mundo, Vicente decidiu deixar claro o seu sentimento com a obra.
Bienal de SP tem foco na política - Em todos os quadros é o próprio artista quem executa o político. "Meu trabalho é movido por uma coisa interior, não é intelectual, mas nesse caso eu tinha uma mensagem explícita. Tomei o cuidado de fazer o desenho de forma legível, não queria que fosse uma charge ou que tivesse estilizações", explicou o artista. Os quadros também não têm fundo e são em tamanho real para causar mais impacto em quem vê.
Apesar de Vicente ter sua obra reconhecida pela organização da Bienal, outras pessoas acreditam que a mensagem dele não deve ser transmitida. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), Luiz Flávio Borges D’Urso, enviou um ofício para o Ministério Público (MP) pedindo que seja apurada a existência de apologia ao crime na obra. Os curadores da Bienal, Agnaldo Farias e Moacir dos Anjos, declararam que não pretendem retirar a obra.
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GIL VICENTE Vasconcelos de Oliveira
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