
Nota: 7
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Os Inquilinos, de Sérgio Bianchi – Sergio Bianchi em mais uma certeira “dedada” na ferida exposta da situação social caótica em que o Brasil permanece, “deitado eternamente” em berço nada explêndido. Aqui vemos a “sinuca de bico” das “pessoas de bem” que são obrigadas a conviver, nas periferias das grandes cidades (é São Paulo, mas poderia ser qualquer outra), com a criminalidade que se aloja, no caso literalmente, na casa ao lado. Válter (Marat Descartes) é (ou pelo menos tenta ser) o “macho alfa” da casa sitiada pela inesperada e pra lá de desconfortável presença de novos inquilinos de seu vizinho, um senhor separado que tenta viver com alguma dignidade apesar de ter que dividir o mesmo espaço com um bando de marginais totalmente sem escrúpulos com atitudes suspeitas e/ou escancaradamente inconvenientes, como o desagradável hábito de promover verdadeiros “bailes funks” regados a musica alta, palavrões, bebida e sexo. Um filme tenso e realista, com excelentes interpretações de todo o elenco.
Nota: 8

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Insolação, de Felipe Hirsch e Daniela Thomas – Apesar da grande interpretação de parte do elenco, como Paulo José, de contar com a presença, mesmo que como coadjuvante, de uma de minhas musas, Leandra Leal, e de ter uma direção de fotografia excelente que, além de capturar algumas das “paisagens” de concreto do Distrito Federal por ângulos inusitados, consegue o feito de deixar a população da cidade totalmente fora dos enquadramentos, este filme é péssimo. Uma gigantesca punheta intelectual totalmente sem pé nem cabeça, com diálogos e situações non sense aparentemente sem nenhuma conexão entre si. Não entendi, nem tive vontade de entender. Não recomendo.
Nota: 2,5
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Como treinar o seu dragão, de Dean DeBlois e Chris Sanders – Desenho animado da Dreamworks que se passa numa aldeia viking assolada por ataques de dragões. O garoto Soluço acaba se tornando amigo da mais perigosa das feras, um “Fúria da noite”, e ajudando seu povo a se livrar definitivamente da ameaça. Excelentes efeitos especiais e inúmeras situações divertidas. Diversão garantida e de qualidade “para toda a família”. Assista, sem medo de ser feliz.
Nota: 7,5
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Fúria de Titãs, de Louis Leterrier – Refilmagem totalmente sem graça do último filme que contou com a arte do grande mestre dos efeitos especiais, Ray Harryhausen. O original é um daqueles clássicos dos bons tempos da “Sessão da tarde” que fazia a alegria da molecada. O atual também pode fazer a alegria da molecada mais descerebrada, mas eu particularmente achei um lixo, com péssimas interpretações e argumento e roteiro horríveis. Os efeitos especiais são bons, mas efeitos especiais, DEFINITIVAMENTE, não sustentam um filme – vide Transformers.
Nota: 3
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Nota: 8
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Mother, de Bong Joon-ho – Novo filme do criador do melhor “filme de monstro” do século XXI, “O Hospedeiro”. Aqui, uma mãe se empenha em defender seu filho, doente mental, de uma acusação de homicídio. A dúvida se mantém até o final, e no processo vamos aos poucos reconstituindo, junto com os personagens, o que se passou naquela fatídica noite em que uma adolescente promíscua foi estuprada e morta a pedradas num barracão imundo. Drama e suspense na dose certa, muito bem filmado e interpretado. Recomendo muito.
Nota: 8
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Nota: 6,5
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Quincas Berro DÁgua, de Sérgio Machado – Adaptação mediana de um dos livros mais populares de Jorge Amado. Poderia ter rendido muito mais, tendo em vista que contou com o suporte financeiro das organizações Globo e um elenco “estelar”, com Paulo José à frente. Um dos problemas deve ter sido justamente a intenção de fazer uma fita “para toda a família”, o que sabotou o espírito anárquico e sacana da obra original. Decepcionante NÃO VER ver Mariana Ximenes se entregando aos prazeres da carne numa das cenas finais.
Nota: 6
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Sherlock Holmes, de Guy Ritchie – Bastante divertida esta nova adaptação das aventuras do mais famoso detetive da literatura. Excelente fotografia, excelentes interpretações de Robert Downey Jr. como Sherlock Holmes e Jude Law no papel de um Otis bem menos coadjuvante que o usual. Guy Ritchie, uma das revelações do cinema alternativo dos anos 90, se dá bem aqui ao inaugurar o que provavelmente se tornará uma nova franquia bem-sucedida.
Nota: 7
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Nota: 9
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Sex and the city 2, de Michael Patrick King – Vendo este filme cheguei a me questionar se a série é realmente tão boa quanto eu me lembrava ou se tudo não foi um gigantesco engano. Tudo aqui é muito exagerado, fake, brega – eu acho as roupas usadas por Carrie Bradshow bregas. Foda-se se são de grifes famosas ou de grandes estilistas, a maioria é ridícula. E a própria Carrie, que já não era nem de longe meu personagem favorito, se tornou uma chata de galocha, a típica casada entediada que implica com tudo e nunca está satisfeita com nada. Já minha personagem favorita (minha e da torcida do flamengo, porque o povo gosta mesmo é da sacanagem, não tem jeito), Samantha, continua divertida, mas um tanto quanto vulgar e exagerada. Já está mais do que na hora de passar a régua nessa história – pra mim, pelo menos, já deu. Qualquer dia revejo a séria pra confirmar se era mesmo essas cocadas todas, mas um episodio 3, no cinema, não contará com a minha presença, podem ter certeza – e tenho plena consciência de que não fará falta.
Nota: 3,5

Um comentário:
achei o filme dos irmãos coen muito chato e o tal do 'golpista do ano' gay demais... não consegui terminar de ver nenhum dos dois.
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