terça-feira, 17 de setembro de 2013

O Mal inerente ...

(ATENÇÃO: SPOILER!) Ainda estou chocado com o que vi no último episódio da sensacional série de televisão "Breaking Bad" que foi ao ar domingo passado nos Estados Unidos - e que está disponível para todo o mundo, via internet. Ao que tudo indica, depois de ter sido incapaz de salvar a vida de seu cunhado Hank, vítima involuntária das pra lá de moralmente questionáveis escolhas que fez ao longo dos últimos anos, Walter White perde, finalmente, os últimos vestígios de humanidade que ainda tinha. O que ele faz com Jesse, na sequencia, é de uma crueldade impressionante até mesmo para uma série que tem se esmerado em mostrar o que de pior uma pessoa pode oferecer de si mesma quando dominada pela ganância fomentadora da falta de escrúpulos.

"Breaking Bad" começou em janeiro de 2008 e conta a história de um professor de química que se descobre com câncer. Desesperado, ele resolve usar seus talentos para conseguir dinheiro para seu tratamento e para deixar sua família numa situação confortável através da produção de um novo tipo de metanfetamina que logo dominará o mercado devido ao seu alto teor de pureza. A história se passa em Albuquerque, Novo México, uma região desolada e desértica próxima à fronteira com o país vizinho. Magnificamente filmada, fotografada e interpretada, com um enredo maduro, roteiro perfeito e diálogos absurdamente acima da média, é superior a praticamente tudo o que foi produzido nos últimos anos para as telas do cinema, normalmente considerado uma arte superior às produções televisivas.

Não é mais. Com séries como "Game of Thrones", "A Sete Palmos", "Família Soprano" e "Breaking Bad", a televisão a cabo se consolida como a melhor opção para quem quer, hoje em dia, algo que vá além do frenesi vertiginoso feito sob medida para vender pipoca e souvenirs do qual Hollywood parece ter se tornado refém.

Se você nunca viu, comece a ver. AGORA! E pare, se for capaz ...

A

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