Criamos fungos aqui ... |
Dirigido por Alessandro Santana, o “Cabelo”, da Faz o que
pode produtora, o filme tem um bom ritmo e excelente montagem, com direito a
tomadas experimentais – numa delas é mostrada, por tempo maior do que o
convencional, uma esteira de aeroporto que não traz nenhuma bagagem – que, inseridas
no contexto, fornecem uma identidade própria ao produto final, sem deixá-lo
cansativo. Muito pelo contrário: a utilização de diferentes recursos, filtros e
linguagens resulta numa dinâmica que justifica a duração do filme, um “média
metragem” – produções do tipo, totalmente “do it yourself” e com recursos
caseiros de captação de som e imagem, geralmente se adequam melhor ao formato
de curta metragem.
Um Homem com uma câmera |
Mas o grande destaque, sem sombra de dúvidas, vai para o bom
humor com que são retratados diálogos antológicos, como os que Odara e Plástico
jr. travam sobre a importância de Stalin e da União Soviética na vitória sobre
os nazistas durante a segunda guerra mundial, ou quando Júnior – os dois, ele e
Odara, são as “estrelas” no quesito “verborragia” – anuncia um experimento que
poderá resultar na melhor ou pior produção de eventos de todos os tempos,
comandada por um ser híbrido imaginário denominado Chackelma Nunes Montalvão. Quem
é “do meio” sabe do que ele está falando. Boa parte da platéia sabia, e riu
muito.
Destaque também para a trilha sonora, cheia de versões
inusitadas para antigos “hits” e com o resgate de músicas ainda mais antigas e
um tanto quanto esquecidas do repertório da banda, como “fungos”.
A.
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