segunda-feira, 17 de junho de 2013

Occupy sp

          É em São Paulo que está sendo maior e mais dramática a onda de protestos de rua que toma conta do país. E é também lá, primeiro por ser uma das maiores megalópoles do mundo, e segundo por ter, respectivamente, nos governos estadual e municipal os dois partidos que disputam o poder no Brasil há quase 20 anos, PSDB e PT, que se desenrola o drama do desgaste político que a situação irá inevitavelmente causar aos mandatários da cidade, do estado e da nação. Porque a onda já se espalhou e chegou, inclusive, aos novíssimos estádios que abrigam, desde o sábado passado, a Copa das Confederações. E atingiu a presidente Dilma, que foi vaiada.

          Abaixo, alguns dos melhores textos que li até o momento sobre a questão - mais uma espécie de  "manual dos indignados" (nas palavras de Marcelo Rubens Paiva) publicado nas redes sociais por um grupo auto-intitulado Occupy São Paulo.

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“Estamos enfrentando o AI-5 do governador Geraldo Alckmin”

Guardo na memória alguns episódios do governo de Mário Covas, que considero um político importante na história, que fazia política com convicção e sangue nas veias. Líder mais autêntico da história do PSDB, Covas foi governador de São Paulo e sofreu uma pressão muito forte por conta do crescimento dos índices de violência.

Era uma São Paulo saudosa de Malufs e Fleurys, que acabara de viver o Massacre do Carandiru, e cobrava medidas enérgicas contra o crime. Havia uma forte pressão, comparável à campanha em curso pela redução da maioridade penal. As cobranças eram para que o governador se manifestasse de forma dura contra os criminosos.

Covas respondeu o seguinte ao ser questionado pela imprensa: qualquer manifestação do governador naquele contexto seria entendida pelo policial, lá na ponta, como uma autorização para matar. O então governador, que tinha toda a razão, “apanhou” bastante dos setores conservadores e da mídia que o acusavam de “bundão”. Covas queria dizer que qualquer sinal desse tipo vindo das autoridades é entendido pelos policiais como uma ordem para usar todos os meios possíveis para “resolver” a situação.

De lá para cá, muitas coisas mudaram. O PSDB já foi um partido preocupado com os direitos humanos, que tinha ainda memória da participação de seus dirigentes no processo de luta pela democracia na década de 80. A postura do governador Geraldo Alckmin não lembra em nada a postura responsável de Covas. As declarações do governador não só legitimam como estimulam e liberam as ações de violência da Polícia.

Aqui vai uma das declarações do governador, o responsável político pelas ações da PM: “Manifestação é legítima, natural. Outra coisa é fazer depredação de patrimônio público, deixar um rastro de destruição por onde passa, prejudicando o usuário do sistema”.

Esse discurso aparentemente democrático, de respeito às manifestações, entra nos ouvidos dos policiais como uma orientação de agir para impedir a realização desses protestos, ainda mais com o clima criado por uma cobertura criminalizadora da mídia. A mensagem entendida pelos policiais é a seguinte: essas manifestações são ilegítimas, violentas e devem ser reprimidas com toda a força.

E foi justamente o que os soldados da PM fizeram na noite desta quinta-feira. Prisões arbitrárias (de portadores de vinagre), espancamentos covardes, agressões a jornalistas, tiros e bombas jogadas em grupos de manifestantes que gritavam “sem violência, sem violência”.

A disposição da polícia era encerrar o ato o quanto antes, independente da postura dos manifestantes. A intolerância de uma polícia revanchista, que começou a fazer revistas e prisões de cidadãos na saída do metrô antes do ato, teve como resposta a ampliação da consciência dos manifestante de que a violência só joga água no moinho de quem está contra os protestos. A palavra de ordem “sem violência, sem violência” é uma demonstração dos objetivos dos manifestantes, que repetindo em coro a frase constrangem a polícia e envergonham uma minoria – aparentemente ainda menor – disposta a acirrar os ânimos.

Um país com a democracia consolidada, diante dessa situação de violência institucionalizada contra a população, faria um movimento pelo impeachment do responsável pela ação da PM, o governador Geraldo Alckmin. Se o prefeito Fernando Haddad comete um erro político ao sustentar a posição de manter o aumento da tarifa de ônibus, Alckmin ameaça com a sua polícia a democracia e as liberdades civis ao impedir a realização de uma manifestação que tem uma causa justa.

Diante disso, estamos enfrentando o AI-5 do governador Geraldo Alckmin, que suspende várias garantias constitucionais e consolida uma “linha dura” militar em pleno regime democrático. A generalização de ações ilegais pelo Estado, especialmente as arbitrariedades do seu braço armado portador do monopólio da força, obriga uma ação em defesa da democracia que passa pelo afastamento imediato do responsável por essa situação, o governador Alckmin, que não mostra condições de conduzir esse processo. Por outro lado, enquanto não der uma declaração firme contra a violência da polícia e a concreta ameaça à democracia, Haddad será considerado condescendente e pagará um preço político pela postura titubeante.

Os atos dos jovens, que versam sobre temas de fundo relacionados à questão urbana, ganham importância cada vez maior porque passaram a tocar em uma ferida que marca o nosso país. No processo de redemocratização da década de 80, setores da classe dominante evitaram que se levasse a cabo o potencial das transformações defendidas pelo movimento político que estava em luta.

Assim, não houve uma ruptura com o regime militar para a instauração de uma democracia que levasse até as últimas consequências a participação do povo na política e a destruição da estrutura de repressão criada na ditadura. Por isso, a polícia que agora reprime jovens manifestantes é a mesma que prendia, espancava e torturava aqueles que lutavam contra a ditadura. Com isso, a questão central não é mais o aumento de 20 centavos nas tarifas (embora esse seja o problema motivador). Estão em jogo os limites da democracia, cada vez mais estreitos ao não tolerarem a realização de manifestações, a ocupação de espaços públicos e a participação popular na política.

Cada vez mais jovens saem às ruas para protestar e os atos estão ficando maiores. Cresce o sentimento de que é necessário lutar e, mesmo com o clima de terror e medo criados pela violência da PM, esses jovens se somam às manifestações de cara aberta e com um brilho especial no olhar. Muitos vivem pela primeira vez, com seus 16 ou 17 anos, a experiência de participar de protestos de massas.

Esse processo pode contribuir na construção de uma força social no futuro, se for conduzido de forma responsável, estiver colado nos anseios mais sinceros da sociedade e criar condições de converter o ativismo de animados e corajosos jovens em uma organização política capaz de enfrentar os problemas estruturais, que necessariamente fará a ruptura adiada na década de 80 e, enfim, consolidará a democracia no país.

por Igor Fellipe 

Viomundo

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Tarifa zero é possível? Conheça cidades que oferecem opções de transporte de graça organizadas por órgãos públicos e sem a participação de empresas privadas

Os protestos relacionados ao aumento da tarifa do transporte coletivo em São Paulo levantam, novamente, a discussão sobre o modelo de “Tarifa Zero”. A ideia é que os custos das passagens sejam inteiramente subsidiados por governos e prefeituras, sem que o cidadão precise pagar nada para usar o ônibus, metrô ou outros veículos incluídos na rede.

A ideia já foi considerada em São Paulo em 1990, na gestão de Luiza Erundina (PT) como prefeita. Para custear o sistema, seria implantado o “Fundo de Transporte”, que reservaria parte do dinheiro coletado no IPTU. Dessa forma, o custo do transporte coletivo para os cidadãos seriam proporcionais a seus ganhos salariais. Por apresentar um aumento no IPTU, o projeto sofreu resistência e não foi aplicado. Atualmente, o Movimento Passe Livre luta pela gratuidade no transporte coletivo, encarando a mobilidade dentro da cidade como inerente ao direito humano de acesso à cultura e a serviços públicos.

Mas será viável aplicar um modelo como esse? Confira alguns exemplos de municípios no exterior (e dois brasileiros) que conseguiram implantar a gratuidade do trasnporte coletivo:

LEIA TAMBÉM: TRANSPORTE PÚBLICO GRATUITO EXISTE E NÃO É COISA DE MALUCO


Talinn, Estônia

Em 2013 a cidade de Talinn, capital da Estônia, implementou o esquema de transporte coletivo gratuito para habitantes, se tornando a primeira grande cidade europeia a adotar o esquema. Para fazer uso da rede completa, que inclui trens, ônibus e bondes, basta que o usuário apresente um cartão registrado na prefeitura (pode ser obtido com uma taxa de 2 euros). Internamente, o programa foi apelidado de “13o. salário”, já que usuários poderão economizar o equivalente a um salário mínimo anualmente – que, por políticos da oposição, foi visto como uma jogada populista para agradar eleitores.

A tarifa ‘gratuita’ custará aos cofres públicos o equivalente a 16 milhões de dólares, custos que devem ser cobertos com o estímulo à economia – de acordo com a prefeitura, foi registrada uma maior mobilidade nos fins de semana, indicando que pessoas saem de casa e gastam mais dinheiro no comércio e em atividades culturais. Já nos três primeiros meses de implementação, estima-se que o uso de carros na capital foi reduzido em 15%, enquanto o número de passageiros do sistema de transporte coletivo subiu 10%. Para suportar a maior quantidade de usuários, Talinn comprou 70 novos ônibus e 15 novas linhas de bonde. O objetivo é ser conhecida como “A Capital Verde” da Europa em 2018.

A cidade chinesa de Chengdu já sinalizou interesse em estudar o modelo de Talinn para oferecer transporte gratuito para seus próprios habitantes – a ideia seria diminuir a quantidade de veículos em suas ruas e amenizar seu trânsito caótico.

Sydney, Austrália

Algumas linhas centrais da cidade são gratuitas – entre elas dois exemplos de importância crucial para a movimentação de habitantes. A primeira percorre um trajeto no Central Business District, o coração da cidade, que conta com uma grande concentração comercial, assim como opções de programas culturais. Outra linha cruza a região de Kogarah, região que possui muitos hospitais e escolas. Esses percursos são financiados, também, com o dinheiro público – direto dos cofres da prefeitura.

Changning, China

Desde 2008, tanto visitantes quanto habitantes de Changning, cidade da província de Hunan, na China, podem usar gratuitamente as três linhas de transporte coletivo. A iniciativa, que custou US$ 1 milhão aos cofres públicos, foi a primeira no país – em outros municípios, o transporte é controlado por empresas privadas que recebem um subsídio das prefeituras. Os custos de manutenção das linhas seriam cobertos por publicidade dentro dos ônibus e subsídios do governo. Logo de início, o uso de ônibus aumentou em dois terços.

Seguindo o modelo de Changning, a cidade industrial de Changzhi também adotou o de transporte coletivo gratuito em 2009.

Baltimore, EUA

Em Baltimore, cidade de cerca de 600 mil habitantes localizada no estado de Maryland, os ônibus são gratuitos e, além de tudo, híbridos – o que significa que o impacto ambiental é reduzido (não há emissões de gases em 40% do tempo de seu funcionamento). São três linhas conectadas a outras opções de transporte, como metrôs e trens.

E no Brasil?

Já existem cidades pequenas que usam os cofres públicos para financiar completamente seu sistema de transporte. Porto Real, no Rio de Janeiro, não apenas aboliu a tarifa de R$ 0,50 por trajeto, em 2011, como aumentou as linhas de ônibus que atendem o município. Com uma população pequena, de 16 mil habitantes, estima-se que 3 mil deles façam o uso do sistema diariamente. Outra cidade brasileira a adotar o sistema é Agudos, no interior de São Paulo, próxima a Bauru. A gratuidade também foi implantada em 2011, quando se extinguiu a tarifa de R$ 2,40 e, desde então, o uso dos ônibus aumentou em mais de 60%.

Para conhecer outras cidades que aderiram ao transporte coletivo gratuito (completamente ou em algumas linhas), confira o site Free Public Transport.

por Luciana Galastri


Galileu


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O PT paga o preço pelo abandono de bandeiras históricas

Por que tantos jovens aderiram à campanha contra o aumento de tarifas de ônibus e não às manifestações convocadas, com o apoio maciço da mídia, contra a corrupção e os réus do mensalão? A resposta é simples: porque esse é um protesto de esquerda, com reivindicações caras à esquerda. A direita não está nem aí para o aumento das tarifas do transporte público, até porque ela anda de SUV. “São só 20 centavos”, foi a reação mais comum que vi deles nas redes sociais. Condenaram o movimento desde a primeira hora, e vão condenar ainda mais daqui para a frente, porque, em minha opinião, o aumento da tarifa em São Paulo foi apenas o detonador de uma insatisfação crescente nos últimos anos e que agora parece prestes a explodir. E que diz respeito não à direita, mas ao PT.

É uma indignação já antiga, que começou a brotar quando o PT chegou ao poder, em 2002, e passou a substituir o verbo “lutar” de suas origens por “acochambrar” –em nome da tal governabilidade, uma palavra cada vez mais suja. Em 2010, a esquerda brasileira se uniu em torno de Dilma Rousseff porque não queria que chegasse ao poder a corja de fundamentalistas que apoiava o outro candidato. Mas, para nosso espanto e asco, eles estão hoje do lado do PT, influindo nos destinos da Nação. Pior ainda, junto com os ruralistas que sempre abominamos. Imaginem, quando poderíamos pensar que a direita ficaria feliz com o PT no poder, e a esquerda, contrariada? Parece um pesadelo.

No poder, o PT abandonou praticamente todas suas bandeiras históricas –a única que se mantém verdadeiramente de pé é a diminuição da pobreza, da desigualdade social e étnica. Todos aplaudimos as conquistas inegáveis neste setor. Mas a gente não quer só comida, lembram? Queremos todas as outras bandeiras de volta, também. Abandoná-las tem um custo eleitoral e, se o partido não resolver fazer algo a respeito, a fatura será cobrada em 2014.

As bandeiras que o PT abandonou: 

– A moralidade. Não importa que seja caixa 2 ou outra coisa, o mensalão representou uma mancha num partido que se construiu em cima de um discurso ético e não para fazer “o que os outros também fazem”. Não houve mea culpa por parte do PT até hoje, e nem sequer uma reflexão conjunta sobre o ocorrido, apenas críticas à mídia e ao Supremo. 

– Os direitos humanos. Este ano, o PT, ao optar pela presidência de outras comissões “mais importantes”, deixou de estar à frente de uma comissão que tradicionalmente sempre prezou, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Isso deu espaço para que se instalasse na presidência da Comissão, para horror da sociedade civilizada, um pastor fundamentalista com histórico de homofobia e racismo, Marco Feliciano. Esta semana, diante da selvageria da PM nas manifestações de quarta-feira em São Paulo, o governo federal, em vez de denunciar a violência policial, fazendo jus à história do PT, ofereceu “ajuda” a Geraldo Alckmin, do PSDB, contra um protesto de jovens. O prefeito petista da capital, Fernando Haddad, em lugar de se portar ao lado dos manifestantes como seria digno de um membro do partido que tem greves no DNA, se colocou ao lado do governador tucano e da truculenta polícia. 

– A reforma agrária. Dilma Rousseff conseguiu ser pior que o governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso em famílias assentadas: apenas 21,9 mil, o menor número desde 1995. São dados do MST (Movimento dos Sem-Terra), velho parceiro de lutas do PT, não do “PIG”. É o MST quem diz que o governo de Dilma é um dos piores nos últimos 20 anos em desapropriação de terras para assentamentos. Não é à toa que a líder ruralista e senadora Kátia Abreu chegou a declarar que se sente próxima à presidenta “pela concordância de ideias” e por sua “compreensão da agropecuária brasileira”. Por favor, respondam: quem, na esquerda, votou no PT esperando ver uma ruralista contente? 

– Os direitos LGBTs. A bandeira da diversidade, tão cara ao PT desde os seus princípios, inexiste hoje em dia no partido, que cedeu inteiramente à pressão dos pastores evangélicos. Os petistas se encontram tão reféns do fundamentalismo em nome da “realpolitik” –surrealpolitik, melhor dizendo–, que o ministro da Saúde telefonou ao pastor-deputado Marco Feliciano antes de decidir suspender uma campanha pelo uso de camisinhas entre prostitutas. E quem vai esquecer que o governo Dilma voltou atrás em lançar uma campanha anti-homofobia nas escolas só para atender ao obscurantismo dos políticos evangélicos? O apego ao poder deixou o valente PT medroso. 

– Os índios. Dilma Rousseff, ao contrário de seus antecessores, nunca recebeu no Palácio do Planalto as lideranças indígenas. Só recentemente, após um índio ser morto pela Polícia Federal no Mato Grosso do Sul é que o secretário-geral da presidência, Gilberto Carvalho, recebeu lideranças (em um anexo do Palácio) e admitiu erros na condução da política indígena e na discussão em torno da usina de Belo Monte. A presidente Dilma é, até agora, a governante que menos concedeu terras a índios desde o governo FHC. Enquanto isso, no Mato Grosso do Sul, prosseguem os conflitos: na segunda-feira 12 outro índio foi morto em uma emboscada. É ou não é para um cidadão de esquerda ficar indignado? 

– Transporte público barato e de qualidade. Sim, o PT já acreditou nisso. Quando Luiza Erundina se tornou a primeira mulher prefeita de São Paulo, em 1988, o partido defendia a mesma tarifa zero que os meninos do MPL (Movimento Passe Livre) que estão nas ruas protestando, defendem (leia mais aqui). Por aí fica claro quem foi que mudou.

P.S.: Não deixe de ir à manifestação PACÍFICA programada para segunda-feira em São Paulo, às 17h, no Largo da Batata.

por Cynara Menezes

Socialista Morena

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[TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O QUINTO ATO]

1 - Como protestar e ajudar de casa
2 - Como se comportar no protesto
3 - Orientacões Jurídicas
4- Evento Oficial e contato com a Coordenação
5- Material e Suporte Técnico
6 - Como lidar com gás lacrimogêneo e bombas
7- Primeiros Socorros (pré-durante-pós)
8- Eventos no Brasil.
9- Eventos no Mundo.
10- Ajuda internacional

[5 MANEIRA DE AJUDAR SEM SAIR DE CASA!]

1. Abra seu Wi-Fi
Se você mora ou trabalha perto das áreas de manifestação libere o sinal do seu Wi-Fi. Com mais conexão os protestantes são capaz de informar melhor e subir seus registros e trocar mensagens.

2. Bandeira branca na janela
Coloque uma bandeira branca na sua janela e participe do movimento VEM PRA JANELA: https://www.facebook.com/events/281102965366442/?fref=ts que dá mostra o apoio das pessoas dentro de casa aqueles na rua - lutando.

3. Proteja os manifestantes
Separe alguns panos com vinagre e garrafinhas de água, e converse com seu porteiro para abrigar gente fugindo dos protestos se a violência começar. PMs agrediram diversas pessoas tentando fugir da confusão encurralados na porta de prédios - a grande maioria presente não tem interesse em participar de violência. Proteja-os se puder.

4. Registre tudo que ouve e vê
Sendo uma peça presente, registre seus arredores e participe da troca de informações sobre os protestos. Utilize as tags do evento e informe seus contatos de tudo que está acontecendo - sua presença virtual é tão importante quanto sua presença física.

5. Compartilhar é participar!
Diversas informações podem ser cruciais na hora de ajudar quem esta nas ruas. Durante o protesto do dia 13, os manifestantes souberam com alguma antecedência sobre a presença do batalhão de choque da polícia escondido, e puderam tentar minimizar a os ataques. Também foi através da internet e facebook que informações sobre pontos de suporte médico chegaram as ruas. Esteja preparando com todo seu poder de cidadão da internet pra ajudar!

[15 DICAS PARA QUEM VAI AS RUAS PROTESTAR]

15 dicas pra quem vai participar de protestos

1. Use roupas impermeáveis
Se você tiver casacos ou peças impermeáveis em casa, eles são perfeitos contra o famoso gás lacrimogêneo. O algodão absorve o gás e os químicos ficam em contato com a pele por mais tempo.

2. Tome Banho
Sim, vá para a manifestação bem limpinho. Isso porque a oleosidade da pele também ajuda a fixar o gás lacrimogêneo.

3. Não fotografe o rosto dos líderes manifestantes
Os organizadores do movimento pedem que fotógrafos e jornalistas não ajudem a polícia a identificar membros dos protestos. Essas pessoas, após identificadas, podem ser perseguidas ou presas injustamente.

4. Cinegrafista, mantenha distância!
A cobertura da mídia tradicional brasileira está deslegitimando o processo e dando importância apenas a cenas de violência. Se você tem uma câmera, faça imagens do que realmente está acontecendo. Mas proteja-se em um lugar tranquilo e longe da confusão. No meio do protesto, você corre o risco de ser reprimido pela Polícia Militar.

5. Ande em grupo
Vídeos postados nas redes sociais mostraram grupos de policiais espancando pessoas que estavam sozinhas. O melhor é estar sempre acompanhado por um grupo.

6. Óculos de Natação
O óculos é barato - pode ser encontrado por R$ 2 em lojas de artigos esportivos - e protege os seus olhos do gás lacrimogêneo. Não use lentes de contato! Elas retêm o gás nos seus olhos.

7. Máscara de Pintor
Esta é mais uma opção barata para se proteger contra o gás lacrimogêneo. Bandanas e lenços também ajudam. Acrescente vinagre diluído em água e, se puder, leve um Cebion para colocar na boca.

8. Nunca esfregue os olhos!
Para desinfetá-los contra o gás, vire a cabeça lateralmente, jogue água corrente e deixe-a escorrer do olho para fora, em um olho de cada vez. A amônia corta o efeito do gás lacrimogêneo - vinagre contém amônia (misture meio litro de vinagre em meio litro de água pra lavar o rosto) ou Cebion.

9. Sapatos confortáveis
No último ato, foram 5 horas de caminhada. Vá preparado.

10. Se você não for participar, evite a região onde o ato vai acontecer
Você não precisa ser contra nem a favor. Se não vai participar, o melhor é evitar a região do protesto. A população está saindo nas ruas para reivindicar um direito básico. Não seja o chato que reclama porque chegou 2 horas mais tarde em casa. O ato em São Paulo acontece na próxima segunda-feira 17.

11. Registre os abusos
Diversos casos de violência e abusos só vieram a tona por que haviam registros feitos por telefones e câmeras. Utilizem as armas que vocês tem para gravar todo tipo de violência e excessos.

12. Informe e esteja informado
Mantenha seu círculo de contatos atualizado do que está acontecendo com você, em caso de ser preso ou estar machucado, alguém pode ir ao seu encontro e te ajudar. Caso você precise o momenti Habeas Corpus tem uma legião de advogados prontos pra defender seus direitos civis:https://www.facebook.com/events/557049844337828/

13. Descubra quais os pontos de apoio
Durante o último evento a Matilha Cultural prestou suporte médico aos manifestantes. Procure se informar onde estão os novos pontos de apoio, isso pode salvar a vida de alguém.

14. Seja pacífico.
Lute mas não recorra a violência. Se houverem manifestações de violência, filme e reporte. Se afaste dos ambientes onde está acontecendo combate, depredações e conflito. Essas ações invalidam e deturpam o valor da manifestação. No lugar disso, leve seu cartaz e prepara a voz pra gritar. Em caso de agressão policial com balas de borracha, deite no chão.

15. Leve seu vinagre.
Por que (ainda) não é crime.

[ORIENTAÇÕES JURÍDICAS PARA QUEM FOR NA MANIFESTAÇÃO]

1. A polícia PODE te deter, por alguns minutos, para “averiguação”. Ou seja, para verificar se você está carregando bombas, armas, drogas, etc. A polícia NÃO PODE te prender para averiguação, te jogar em um camburão, e te levar para a delegacia;

2. Se você for pego cometendo algum crime (independente das razões para isso), você poderá ser preso. Se você estiver portando drogas, bombas, armas, ou estiver depredando o patrimônio público, a polícia PODE te prender e te levar para a delegacia;

3. Você tem o direito de permanecer calado diante de qualquer pergunta, de qualquer autoridade. Você também tem direito, na delegacia, de contar com o auxílio de um advogado. Se você for preso, levado para a delegacia, e quiserem tomar o seu depoimento, EXIJA um advogado presente. Se não permitirem a presença de um, dê como declaração o seguinte: “PERMANECEREI EM SILÊNCIO, PORQUE ME FOI NEGADO O DIREITO DE TER UM ADVOGADO ACOMPANHANDO ESTE ATO”. Isso tem que ficar documentado no papel. Se o delegado ou o agente da polícia civil se negar a colocar isso no papel, NÃO ASSINE NADA!

4. Na delegacia, LEIA TUDO ANTES DE ASSINAR! Se o que estiver escrito não for a realidade, ou se você não disse alguma coisa que está escrita, NÃO ASSINE;

5. Se você for preso, não adianta discutir com o policial. Não reaja. Anote o nome de todos. Grave-os na sua memória. Se você vir alguém sendo preso, FILME! E, se souber o nome de quem está sendo preso, colete outros nomes ao redor, com telefone para contato, que poderão no futuro servir de testemunhas. Após, entre em contato com a pessoa que foi presa e repasse as informações.

6. Qualquer revista da polícia, em você ou em mochilas, DEVE SER FEITA NA PRESENÇA DE TODOS. A polícia NÃO PODE pegar a sua mochila e ir verificá-la longe dos olhos de todos.

7. Se você estiver machucado, EXIJA ATENDIMENTO MÉDICO IMEDIATO, mesmo antes de ir para a delegacia. A sua saúde deve ser mais importante do que a sua prisão.

8. Alguém foi preso ou está precisando de auxílio de algum advogado, entre em contato pela página “Habeas Corpus Movimento Passe Livre Manifestação 17/6”. Já somos mais de 4000 dispostos a te ajudar, gratuitamente.

9. E o mais importante: viu alguém sofrendo qualquer tipo de abuso? FILME! A polícia levou a mochila para revistar, sem o acompanhamento de ninguém? FILME! Viu alguém sendo preso por portar coisas legais, como vinagre ou máscaras, FILME! Anote o nome dos policiais que abusarem. Se ele não estiver portando alguma identificação, TIRE UMA FOTO! Com esses dados é possível a responsabilização do Estado e do policial que cometer os abusos.

[MATERIAL GRÁFICO]

Precisa de material gráfico (panfletos, cartazes) pra manifestação? O Estúdio Meli Melo está apoiando as manifestações e imprimindo de graças peças enviadas por nós para serem distribuídas no dia do evento. Entre em contato!
-> https://www.facebook.com/MeliMeloPress

Fique de olho também nos cartazes e imagens rolando no facebook e compartilhe bastante o evento oficial: https://www.facebook.com/events/388686977904556/ e participe do AVAAZ para ser entregue ao prefeito pelo movimento Passe Livre.

[GRITOS DE GUERRA e CARTAZES]

Isso, já estamos preparando o coro e os cartazes, idéias aqui: https://www.facebook.com/events/388686977904556/388767097896544/?notif_t=event_mall_comment

[COORDENAÇÃO DOS PROTESTOS]

Movimento Passe Livre SP (MPL-SP): http://saopaulo.mpl.org.br/
mais informações sobre transporte: http://tarifazero.org/

[SOBRE GÁS LACRIMOGÊNEO E BOMBAS DE EFEITO MORAL]

QUEM DEVERIA EVITAR O SPRAY: aqueles com asma, problemas respiratórios ou infecciosos; mulheres grávidas; mulheres que pretendem engravidar; qualquer pessoa doente ou com um sístema imunológico baixo; infecção nos olhos; quem usa lentes de contato; crianças.

PREOCUPAÇÕES QUE DEVEM SER RELACIONADAS AO SPRAY: já que o spray de pimenta deve ser jogado de uma distância curta, a policia poderá tentar remover seus óculos de proteção ou sua máscara.

A reação aos químicos será beneficiada se houver alguma irritação na pele, como ACNE ou ECZEMA severa.

As LENTES DE CONTATO prendem os gazes irritantes e os componentes químicos, podendo aumentar os danos e as irritações causados por eles. Consiga óculos de grau e avise aos outros para não usar lentes de contatos.

ASMÁTICOS deverão trazer a suas bombinhas.

A primeira e mais importante coisa que deve ser lembrada é: RELAXE! Se você estiver tranquilo, tiver suplementos necessários e conhecimento, não irá precisar de assistência médica. Medo e confusão pioram tudo.

[PRIMEIROS SOCORROS EM CASO DE VIOLÊNCIA]

NÃO USE brincos, piercings, colares, gravatas, etc.

VISTA-SE DE ACORDO COM A TEMPERATURA: quanto mais você cobrir o seu corpo, mais você estará protegido. Casacos de chuva ou tecidos à prova d'água, lavados com sabão neutro, não irão absorver os químicos (ao contrário do cotton ou algodão). Cubra pulsos, tornozelos e pescoço.

POR FAVOR, TENHA CERTEZA DE QUE O SEU GRUPO DE AFINIDADE E A EQUIPE DE AJUDA LEGAL SAIBAM DE SUAS NECESSIDADES, PARA QUE POSSAM AJUDÁ-LO E ORIENTÁ-LO. Isso significa ter alguém ao lado consciente de alguma condição médica sua preparado para te dar apoio.

CUBRA TAMBÉM OS CABELOS com algo que seja à prova d'água: sacola plástica, touca de banho, capacete, etc.Use tênis ou botas confortáveis, que sirvam para correr. Leve calça e blusa extras, guardados na mochila, para você trocar as roupas contaminadas.

BANDANAS encharcadas em vinagre substituem a máscara de gás aliviando a garganta e o nariz. Mantenha-na guardada numa sacola plástica com zíper.

LANCHES ENERGÉTICOS:
Leve, tanto faz se em líquido ou barras (lembre-se que você vai ficar o dia todo na rua).

O QUE VOCÊ NÃO DEVE PASSAR NA PELE:
Vaselina, detergente, hidratantes, maquilagem, protetor solar que contém óleo, ou qualquer coisa ácida irá causar reações fortes. Não use vaselina ou óleo de mamona como proteção!!!

[PRIMEIROS SOCORROS DURANTE A AÇÃO]

Fique calmo e concentrado.

Quando o seu corpo aquece (por correr ou devido ao pânico), a irritação por spray de pimenta poderá aumentar. A principal razão disto acontecer é porque os seus poros irão abrir, permitindo a maior absorção dos químicos.

Fuja para um local seguro com ar puro, onde pessoas que não foram expostas poderão ajudá-lo ou garantir a sua segurança enquanto você se cuida.

Rosto em direção ao vento, olhos abertos, levante os braços e caminhe, permitindo que o ar puro te descontamine. Respire profundo e devagar.

Não toque seus olhos ou rosto, porque você poderá se recontaminar.

Assopre o nariz e cuspa, isto ajudará a eliminar os químicos.

Se sua pele estiver molhada de spray de pimenta, limpe-a com roupa que não foi contaminada. Se você espalhar o óleo químico pela pele, aumentará a dor.

Antes de tratar alguém, peça-lhe permissão! Então explique para ele (a) o que você fará, antes de fazê-lo.

Use luvas limpas (evita contaminação das duas partes) e proteção para os olhos, para não acabar impossibilitado de ajudar os outros e precisar, também, de tratamento.

Logo depois da contaminação, você pode passar algum óleo mineral e em seguida um algodão com álcool na pele contaminada. Isto irá aliviar a dor (esle procedimento só funciona se for feito logo após a contaminação).

Molhe a região dos olhos que foi contaminada espirrando a água em direção ao chão. Desta forma, ela não irá contaminar a pele limpa, roupas ou cabelos.

GUARDE AS ROUPAS CONTAMINADAS EM UMA SACOLA.

[PRIMEIROS SOCORROS DEPOIS DA AÇÃO]

Se descontamine com um banho frio. Isto mantém os poros fechados prevenindo que os químicos entrem pela pele.

Coloque a roupa contaminada para arejar.

Fique sabendo que, se você entrar em uma sala com roupas, cabelo e pele contaminados por químicos, você irá contaminar toda a sala.

Um lugar contaminado pode ficar com um mal cheiro forte por semanas.

Se possivel, troque de roupa antes de entrar em locais fechados.

Coloque as roupas contaminadas numa sacola e tire todo o ar. Lacre, para que os gazes se difundam lentamente. Se você quiser a suas roupas de volte, marque a sacola com um nome.

[PEQUENOS SANGRAMENTOS]

NASAL - inclinar (abaixar) a cabeça para frentte; pedir para a vítima cuspir todo o sangue da boca e respirar pela boca; fazer pinçamento do nariz, logo abaixo do osso, na cartilagem, por 10 min; soltar devagar. Se continuar sangrando, enfie um pedaço de algodão ou pano no nariz e continue o pinçamento por mais 10 min.

CORTES - expor o ferimento; fazer compressão direta sobre a hemorragia; com um pano limpo comprimir em cima do ferimento elevá-lo ao nível do coração; quando o pano estiver cheio de sangue, colocar outro por cima.

VASO EXPOSTO - fazer o pinçamento dos vasos.

OBJETO TRANSFIXADO - mantê-lo fixo colocando algum pano em volta; colocar um objeto leve tamando o que está transfixado; prender com uma fita; pôr um pano em cima e prender com uma faixa.

FERIMENTOS GRAVES - providenciar socorro médico e hospitalar.
[AJUDA INTERNACIONAL]

Caso esteja fora do país e quer ajudar, o pessoal do mobilizados está arrecadando doações para kits de primeiros socorros, cartazes e outros materiais para as próximas manifestações - https://www.facebook.com/Mobilizados
[OUTRAS CIDADES PARTICIPANDO DOS PROTESTOS]
Aracaju: http://www.facebook.com/events/326851180778255/
Rio https://www.facebook.com/events/535972753126253/
Blumenau https://www.facebook.com/events/557996044239846/
Florianópolis https://www.facebook.com/events/114739575402227/
Maceió: https://www.facebook.com/events/1389023891309085/
São José dos C https://www.facebook.com/events/201541853330221/
Joinville: https://www.facebook.com/events/491936634209753/
Brasília: https://www.facebook.com/events/463255290434058/
Viçosa: https://www.facebook.com/events/395498297229496/
Manaus: https://www.facebook.com/events/310842239048709/
Natal: https://www.facebook.com/events/406311496150883/
São Paulo: http://www.facebook.com/events/388686977904556/
Porto Alegre: https://www.facebook.com/events/183882525105139/
Santarém: https://www.facebook.com/events/409783819137155/
Santos: https://www.facebook.com/events/135933803276168/
João Pessoa: https://www.facebook.com/events/679269142099113/
Foz do Iguaçu: https://www.facebook.com/events/481243278624089/
Uberlândia: https://www.facebook.com/events/527918607267757/
Bauru: https://www.facebook.com/events/118400468368966/
Maranhão: https://www.facebook.com/events/131262777075205/
BH: https://www.facebook.com/events/181900998638964/
Goiânia: https://www.facebook.com/events/464284696999198/
Piracicaba: https://www.facebook.com/events/425796080851120/
Florianópolis: https://www.facebook.com/events/114739575402227/
Duque de Caxias: https://www.facebook.com/events/504106012976017/
Belém: https://www.facebook.com/events/507814239274208/
Recife: https://www.facebook.com/events/169468283223991/
Juiz de Fora: https://www.facebook.com/events/558872177497414/
Curitiba: https://www.facebook.com/events/112475535594285/

[OUTROS PAÍSES PARTICIPANDO DOS PROTESTOS]

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BERLIM: https://www.facebook.com/events/165396716966531/
TURIM: https://www.facebook.com/events/261371487339249/
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DEN HAAG https://www.facebook.com/events/363696367086327/
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EDMONTON: https://www.facebook.com/events/153694814817084/
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