O brasileiro Vik Muniz ficou famoso por transformar qualquer material em réplicas de obras de arte – macarrão c/ molho vira Caravaggio, a Mona Lisa é de chocolate, e a abertura da novela das 8 é puro lixo. Ele não está sozinho nessa onda de reciclagem.
Nos EUA, a artista Erika Iris Simmons, a Iri5, encontrou um fim digno p/ as velhas & aposentadas fitas k7. O “compact cassete” é um padrão de fita de áudio inventado pela empresa holandesa Philips e lançado em 1963. Uma fita magnética presa em 2 carretéis dentro de uma caixinha de plástico.
As fitinhas foram as precursoras da pirataria, muito antes do CD, DVD, MP3... E as preferidas de caminhoneiros & taxistas – pela praticidade – e de peões de obra & empregadas domésticas – pelo preço. Medindo 10x7cm, podiam ser guardadas no bolso. Mas a era digital acabou c/ elas.
Iri5 trabalha c/ materiais descartados, de cartões de crédito a bolas de beisebol. Mas a série que a tornou conhecida mundialmente é a GHOST IN THE MACHINE, que retrata celebridades do cinema e principalmente da música angloamericana c/ fita & cola, como as telas do Jimi no último post e o Travis Bickle c/ rolo 35mm em Vales de Netuno.
“Eu me sinto bem trabalhando c/ materiais velhos, estranhos. Coisas que têm vida própria. Quase tudo que eu uso foi jogado fora ou doado. O passado é o melhor, tem algumas das coisas mais finas do mundo”, diz Iris.
->Acompanhe o trabalho de Iris no link ao lado.
Texto por Adolfo Sá.
Um comentário:
aê! ainda não tinha visto essa da traci lords! sweeeeet...
Postar um comentário