H. P. Lovecraft está em alta no mercado editorial
brasileiro: uma biografia (A VIDA DE HP LOVECRAFT, de S. T. Joshi, 16x23cm, 446
páginas, brochura) e uma coletânea (OS MELHORES CONTOS DE HP LOVECRAFT,
16x23cm, 742 páginas, brochura) com seus melhores textos acabam de ser lançadas pela editoraHedra, com venda exclusiva na Livraria Cultura. Leitura de primeira, recomendadíssima,
mas volumosa – e cara. Uma boa opção para quem tem pouco tempo e/ou recursos é
recorrer à sempre providencial coleção de livros de bolso da editora L&PM,
de Porto Alegre. Saiu no final do ano passado mais uma edição dedicada ao
autor, encabeçada por um de seus contos mais clássicos – “Nas Montanhas da Loucura e Outras Historias de Terror”, 17,6x10,6cm, 272 páginas. Trata de uma
expedição à Antártida empreendida por cientistas que se deparam com horrores
ocultos oriundos de uma civilização alienígena há muito esquecida. Flerta com a
ficção científica, o que faz com que inevitavelmente alguns trechos, como os
que descrevem a geografia do continente gelado, então praticamente inexplorado,
e os métodos utilizados para as viagens espaciais, soem um tanto quanto datados
e inverossímeis à luz do conhecimento que temos hoje em dia, mas são
imensamente imaginativos e certamente causaram grande impacto na época em que
foi escrito – foi publicado originalmente em fascículos pela revista Weird
Tales em 1931. Completando o livrinho, duas histórias “de assombração” que
lidam com alguns dos mitos mais recorrentes do gênero, como a bruxaria e o
vampirismo, e um conto curto que volta ao tema da exploração do oculto.
Howard Phillips Lovecraft é o legítimo sucessor do maior de
todos os escritores da literatura de horror gótica, Edgar Allan Poe. Enriqueceu
seu legado com elementos de exploração científica, utilizando-se, por exemplo,
de teorias como a relatividade e a física quântica para imaginar o além como
uma miríade de dimensões paralelas e desconhecidas.
Era também fascinado por mitos ancestrais e influenciou
decisivamente a cultura pop do século XX, apesar de sua declarada aversão ao
ritmo frenético da sociedade industrial.
A.
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