Tendo em vista que eles não seguem rigorosamente as regras do estilo e tiram covers inusitados, como “Bicho de Sete Cabeças”, de Zé Ramalho e Geraldo Azevedo, poderia-se pensar que trata-se de uma “porralouquice” – termo local que geralmente designa projetos mal acabados e sem referência – ou mesmo uma “forçação de barra”, mas longe disso: a falta de compromissos estéticos rígidos faz com que sua musica soe mais original, descontraída e, acima de tudo, divertida. O tal cover mencionado é um bom exemplo: acredite, ficou ótimo. Assim como muito bons ficaram também os outros, alguns mais óbvios, como “surfin´ BIRD”, clássico dos Trashmen imortalizado pelos Ramones, outros nem tanto, como a versão para “16 toneladas”, do Funk como Le gusta (“se todo mundo toca samba rock hoje em dia, a gente pode tocar também”, falou e disse o Senhor Tody).
Mais importante: as músicas próprias, autorais, são excelentes, o que constatei logo de cara, pois cheguei com o couro já comendo (primeira musica ainda, felizmente) em um som com uma levada “psycho” insana e uma letra divertida que tira onda, dentre outras coisas, com a guitarra com estampas de oncinha cor de rosa de seu próprio guitarrista – que manda bem, por sinal. Os músicos são todos bons e Todynho arrasa na pegada e no visual, o que contribui para que nível de adrenalina atinja alguns picos bastante altos ao longo da apresentação, com os caras exibindo habilidade e desenvoltura. Excelente. Precisa tocar mais e em eventos mais concorridos, com bandas já conhecidas que atraiam uma maior visibilidade para esta grande promessa do cenário alternativo de Sergipe Del Rey.
Completando a noite, a estréia da Casa Forte, outra banda nova na city. Desta vez a proposta é rock instrumental, e a tarefa cumprida com louvor, com boa resposta do público.
Outra boa promessa.
Fotos: : Gabriel Barretto
por Adelvan
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