Pois bem: baixou a Gloria Perez em Christopher Nolan. Em seu
novo filme, “Interestelar”, pega-se um atalho através de um “buraco de minhoca”
em Saturno para uma galáxia distante onde se sai precisamente próximo a três
planetas potencialmente habitáveis pela vida da forma que conhecemos. Planetas
que, diga-se de passagem - ATENÇÃO! SPOILERS - , meio que “orbitam” um buraco
negro através do qual é possível se comunicar entre as dimensões pelo tempo e o
espaço. E de onde se pode também, veja só, sair! E mais: ser resgatado a tempo
de chegar para a despedida de sua filha, a esta altura idosa e moribunda, por
conta da diferença na passagem do tempo!
ops, filme errado ... |
A boa notícia é que Christopher Nolan não é Gloria Perez,
então o filme não é de todo ruim. Há algumas boas idéias, mesmo que recicladas
– seria um pouco demais pedir também originalidade, não é? Gostei do design e
da “atuação” dos robôs inteligentes, por exemplo. E ... só! Ok, não é pra tanto:
todo resto é meio “qualquer nota”, mas nenhuma delas abaixo de cinco, a meu
ver. Passa na média, apertado, mas passa. Nolan também não é, afinal, nenhum
Stanley Kubrick. Não chega nem perto, pra dizer a verdade! Não chega a ser, no
entanto, um fanfarrão do quilate de um Michael Bay ou do Joel Schumacher que
cometeu o pior “blockbuster” de super heróis já feito, “Batman Forever”. Seu
filme é, no mínimo, “assistível” – mesmo que seja como comédia involuntária.
Não foi o meu caso, mas foi o de André Barcinski, como você pode constatar clicando aqui.
“Interestelar” (EUA/Reino Unido , 2014 - 169min) conta a
história de um ex-astronauta que é recrutado pela NASA – operando na
clandestinidade mas com um orçamento gigantesco, apesar do mundo em crise
terminal - em um futuro pós-apocaliptico para pilotar uma nave que partirá em
busca de um novo “habitat” para a raça humana. Está em cartaz nos cinemas de
todo o mundo.
Não sei se recomendo ...
A.
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