terça-feira, 21 de agosto de 2012

Marte atacado – e outras histórias ...


Ray Bradbury morreu e de repente eu me dei conta de que ainda não havia lido sua outra obra-prima, “As Crônicas Marcianas”. Resgatei meu exemplar da “crítica roedora dos ratos” e, assim que pus os olhos sobre as primeiras páginas, senti que estava diante de algo realmente especial. Não conseguia mais parar: poucas vezes uma leitura me foi tão agradável. Seu texto é fluido, poético e extremamente imaginativo – o cara REALMENTE sabe como contar uma história que fisga o leitor e prende sua atenção. Não por acaso foi um dos roteiristas da célebre séria de TV “Além da Imaginação”.

Tratam-se de contos com narrativas independentes que, lidos em conjunto, formam um rico painel que discorre sobre uma fictícia colonização do planeta Marte pelos seres humanos da terra. O texto é pontuado por agudas observações sobre o espírito humano, como a arrogância, o egoísmo e o racismo - que se manifesta em toda a sua plenitude quando os negros do sul norteamericano resolvem partir rumo à nova fronteira; a avareza e o medo do desconhecido, retratada na figura do soldado que resolve montar uma banquinha de cachorro quente para atender às necessidades dos recém chegados e, por pura ignorância, acaba entrando em choque com os nativos;  ou a luxúria, sentimento que impele o último homem de marte ao encontro da última mulher marciana, num dos mais divertidos episódios.

Não é, no entanto, uma obra maniqueísta. Para além dos nossos defeitos, somos também apresentados como criaturas frágeis à procura de um novo lar – alguns dispostos a compartilhá-lo ou, depois da constatação de que isto não seria possível (os habitantes de Marte acabam sucumbindo a contaminações trazidas pelos humanos), impedir que a colonização avance – é o caso do personagem do aqueólogo Spender, que entra em conflito com seus companheiros da Quarta expedição. Ou do perito literário William Stendahl, que, imbuído de um espírito libertário que clama por vingança pela devastação da cultura na terra, prepara uma armadilha para os censores burocratas baseada nos livros de Edgar Allan Poe. Ou ainda do casal que alimenta a esperança do retorno de seu filho falecido na figura de um nativo telepata com os sentidos empáticos ampliados.

A telepatia, por sinal, é a principal característica dos habitantes originais do planeta. Através dela, eles são capazes de manipular a mente humana e confundi-la ao ponto de distorcer sua frágil noção de realidade – sem conseguir, no entanto, impedir seu avanço e resistir ao seus instintos belicistas. Há de se frisar, neste ponto, que o livro foi escrito no auge da guerra fria, quando a completa obliteração da civilização humana era uma ameaça que pairava de forma palpável sobre nossas cabeças.

Um clássico absoluto.

Obra-prima.

“Uma Breve História do mundo”, de H. G. Wells – Comprei e comecei a ler este volume da coleção “pocket” da LP&M de forma despretensiosa, apenas porque iria a um consultório médico e precisava de algo que me distraísse e me livrasse das “Caras” e “Veja”s que invariavelmente estão disponíveis por lá. Não sabia nada a respeito (a não ser o resumo informativo da quarta capa) e, portanto, não nutria maiores expectativas – até porque seria o primeiro livro que eu leria do autor, H. G. Wells, mais conhecido como um pioneiro da ficção científica. Me surpreendi! Trata-se de um excelente panorama da evolução humana em sua passagem pelo terceiro planeta do sistema solar – começando do princípio, da formação da terra, em si, passando pelo nascimento dos primeiros seres vivos, dos dinossauros, dos antepassados do homem e do surgimento da civilização até a data em que o livro foi escrito – 1922. Os últimos tópicos abordados são, portanto, a Revolução russa e a primeira guerra mundial, que no texto é chamada apenas de Grande Guerra, já que o autor não teria como saber que haveria uma segunda – muito embora, surpreendentemente, faça quase que uma previsão do futuro ao analisar os fatos e constatar que os conflitos que deflagraram a luta não haviam sido equacionados, o que provavelmente levaria o mundo a um novo confronto generalizado.

Surpreendentemente lúcidas e atuais, também, são suas análises sobre os motivos por trás de fatos históricos como a Guerra de Secessão americana, a revolução industrial, a revolução Francesa, a independência e a formação dos Estados Unidos da América, dentre outros. Há, inclusive, idéias ousadas, como a de que César, o célebre general romano que, involuntariamente (ou não) transformou a então republica no império que todos conhecemos, não era assim tão genial quanto nos foi levado a acreditar pela propaganda comandada por seu sucessor, Augusto, bem como de que o legado da Civilização romana foi importante no sentido de que organizou melhor o mundo, política e economicamente, mas não se compara com a herança cultural por nós herdada dos gregos - de quem os romanos eram também tributários, neste aspecto.

Igualmente interessante e inédita, pelo menos para mim, o destaque que o autor dá a uma época em especial, o Século VI a.C., no qual, em suas palavras, “a humanidade chegou à adolescência”. Nele viveram personagens como o profeta Isaías, Heráclito de Éfaso, Lao Tsé, Confucio, Gautama Buda e um tal Imperador Asoka, do qual eu confesso que nunca havia ouvido falar, mas que mereceu um capítulo à parte por sua sabedoria e por ter completado a conquista da península indiana. No século VI a.C., segundo Wells, “em todos os cantos da terra os homens estavam se libertando das tradições de realezas e sacerdócios e sacrifícios de sangue e fazendo as mais penetrantes perguntas”.

Há de se destacar, também, a fluência do texto e o tom épico/aventuresco da narrativa, que amarra os fatos de forma objetiva e sem didatismos ou academicismos, conseguindo nos transmitir, por exemplo, a surpresa com a qual os comandantes do mundo foram pegos pela ousadia de um desconhecido líder árabe chamado Maomé, que havia enviado emissários por todo o globo conclamando-os para que se curvassem diante de seu Deus, igualmente desconhecido – mas não por muito tempo, evidentemente. Ou sua observação de como a invenção do motor a vapor transformou o mundo ao encurtar as distancias, o que foi fundamental, por exemplo, para a formação de uma nação como os Estados Unidos da América.

Altamente recomendável para os que ainda não entenderam que a História é, acima de tudo, uma grande aventura – e vivida por todos nós, individual e coletivamente.

Excelente.

“O Homem do Castelo Alto”, de Phillip K. Dick – Um romance novelesco que se passa numa realidade alternativa onde o terceiro reich havia ganhado a segunda grande guerra e, portanto, dominava o mundo, tanto econômica quanto culturalmente, mas que vai aos poucos evoluindo rumo a um delírio que torna impossível ao leitor discernir entre a fantasia e a realidade – mesmo aquela fantasiosa na qual o livro, habilmente, nos faz mergulhar.

Excelente.

“On the Road – Na Estrada”, de Jack Kerouac – Este é um daqueles da séria “para ler antes de morrer”. Numa narrativa frenética impulsionada pelo ritmo alucinado e pela personalidade magnética de Dean Moriarty, o autor nos faz acompanhá-lo num infinito vai-e-vem pelas estradas americanas do final dos anos 40 e início dos cinqüenta em pequenas histórias regadas a sexo, drogas, jazz e Bebop. O comportamento libertário era, realmente, pra lá de ousado para a época e, não por acaso, influenciou boa parte da cultura pop subseqüente. As histórias são divertidas e o texto é bem escrito. Apenas as passagens por Denver são um tanto quanto maçantes.

Ótimo.

“O Apanhador no campo de centeio”, de J. D. Salinger – Talvez eu tenha lido este livro na idade errada, já que não entendi muito bem o que há de tão especial na história sem graça de um garoto resmungão que foge da escola e vaga sem rumo por Nova Iorque odiando a tudo e a todos. Só li até o fim porque é muito bem escrito – e também porque, a exemplo dos garotos de South Park em um de seus melhores episódios, queria ver onde iria dar tudo aquilo. Não deu em nada.

Bom.

“Sandman”, de Neil Gaiman – E eis que, 20 anos depois, eu consegui: li, até o final, a saga de Sandman, obra-prima que Neil Gaiman escreveu entre os anos de 1988 e 1996. 20 anos porque foi aproximadamente este o tempo transcorrido entre o fim da distribuição das revistas em minha cidade, mo início dos anos 90, e a leitura da última página da edição de luxo em capa dura publicada pela Conrad que eu havia adquirido já há alguns anos. No final das contas, descobri que já havia conhecido as melhores histórias, como as dos arcos “A Casa de Bonecas”, “Um jogo de você” e, especialmente,  “Estação das Brumas”, no qual Lúcifer decide abandonar seus domínios, iniciando uma acirrada disputa pelas chaves do inferno, agora de posse do “Lorde Moldador”.

Foi muito bom acompanhar a narrativa até o fim e conhecer melhor personagens fascinantes como Desejo e Delírio, além, claro, da simpatissíssima Morte, pela qual eu já havia me apaixonado desde a primeira vez em que pus os olhos em sua edição de estréia, “O som de suas asas”. A leitura “compacta” nos proporciona, também, uma melhor compreensão da narrativa, amarrada aqui e ali por fatos que se conectam entre os arcos de forma brilhante.

O fim é um tanto quanto anticlimático, mas não chega a ser decepcionante, e acontece na verdade no penúltimo volume – não por acaso o maior de todos. O último é, apenas, um grande epílogo, que serve basicamente para nos deixar com gosto de “quero mais” - necessidade parcialmente suprida ao longo dos anos pela série “Sandman apesenta” e por algumas edições especiais esporádicas.

A lamentar, apenas, a tinta na qual foi impressa a obra, que tem colado as páginas com o passar do tempo, causando um estrago considerável durante o esforço para abri-las ...

Excelente.

“Calafrio, 20 anos depois” – diversos autores. – Esta revista de horror genuinamente brasileira marcou uma parte de minha infância e adolescencia. Foi publicada em 52 edições entre os anos de 1981 e 1992 por Rodolfo Zalla, um mito da HQ nacional.

Surpreendentemente, a revista voltou a circular a partir de agosto de 2011, o que me fez adquirir, finalmente, a edição especial lançada em 2002 pela Opera Graphica. Vale pelo saudosismo, mas a verdade é que a esmagadora maioria dos roteiros é fraquíssima, beirando a infantilidade, e pior: alguns contém gritantes erros de português. Salvam-se apenas as histórias assinadas pelos mestres Mozart Couto e Flavio Colin. Muito bom, também, o extenso texto introdutório assinado por Gonçalo Jr. que conta toda a luta heróica da Editora para se manter viva ao longo de sucessivos e desastrosos planos econômicos fracassados.

Fraca.

“Yeshuah – Assim em cima assim embaixo”, de Laudo Ferreira – Vasculhando as estantes das sessões de quadrinhos das livrarias de São Paulo me deparei com esta pequena obra-prima semi-desconhecida. Trata-se de uma visão bastante particular sobre a vida de Cristo, mesclando realismo histórico com passagens místicas e metafísicas. A idéia não é nova, evidentemente – Scorcese já havia feito o mesmo no cinema e Saramago na literatura – mas isto não diminui o resultado final, que é muito bem escrito, pesquisado e magnificamente ilustrado. Há continuações, preciso lê-las ...

Excelente.

“O paraíso de Zahra”, de Amir e Khalil  – Espécie de continuação informal da já clássica “Persépolis”, esta graphic novel discorre sobre a procura de uma mãe por seu filho, desaparecido nos protestos que se seguiram à reeleição, supostamente fraudulenta, do presidente iraniano Ahmadinejad. É uma via-crucis kafkiana por um pesadelo burocrático que expõe, basicamente, a mesma situação absurda denunciada no livro de Marjane Satrapi. A narrativa flui perfeitamente embalada pelos belíssimos e detalhados desenhos de Khalil (os autores usaram pseudônimos para não serem identificados) neste que tem tudo para ser, também, uma pequena obra-prima, a exemplo de seu par mais famoso – sobre o qual discorreremos a seguir.

O livro é acompanhado ainda de um glossário que explica diversas expressões árabes, apresenta as principais figuras políticas e religiosas do país e alguns textos e discussões sobre o Irã contemporâneo e os fatos retratados na história. Termina com uma chocante lista de 16.901 nomes, o Memorial Omid, de todos aqueles executados durante o período da República Islâmica do Irã.

O paraíso de Zahra é, também, o nome do principal cemitério de Teerã.
 
Ótimo.

“Persépolis”, de Marjani Satrapi – Autobiografia de uma iraniana que nasceu em família liberal e cresceu sob o obscurantismo da revolução fundamentalista islâmica. Simbiose perfeita entre narrativa pessoal e análise política, conquistou o mundo com sua prosa quase sempre bem-humorada, apesar do tema pesado – pois não há como não rir de situações absurdas como a que relata uma orientação dos “guardas da revolução” para que a garota não corra atrás de um ônibus perdido, pois isso a faz movimentar os quadris de forma insinuante, ao que ela responde que bastaria que eles não ficassem olhando tanto para a sua bunda. Ou o comercio clandestino de música pop ocidental através de fitas k7 que faz de Marjani, secretamente, uma punk fã do Iron Maiden. O clima só se torna realmente sorumbático em momentos dos quais não há, absolutamente, do que rir, como a época em que a autora viveu nas ruas depois de uma desilusão amorosa que a jogou numa depressão profunda.

Excelente.

“Daytripper”, de Fábio Moon e Gabriel Bá – Confesso que nunca fui muito fã dos textos das graphic novels produzidas pelos irmãos Moon e Bá. Os desenhos, por outro lado, são excelentes. Minha impressão não foi mudada por esta nova obra, aclamadíssima em todo o mundo e publicada pela Vertigo em edição luxuosa, com direito a capa dura e papel couchê.

São pequenas histórias que se cruzam e levam a diferentes rumos na vida (e na morte) do personagem principal, a partir de decisões que ele pode ou não tomar. O mais interessante é que tudo se passa no Brasil, e é bem raro ver nosso país retratado em quadrinhos numa edição tão bem cuidada.

O prefácio é assinado por Craig Thompson, autor do premiado “Retalhos”.

Bom.

“Local – ponto de partida”, de Brian Wood e Ryan Kelly – A partir de uma decisão difícil tomada pela personagem principal, Megan McKeenan, somos lançados numa jornada dividida em capítulos autocontidos, independentes entre si, que se desenrolam em diferentes cidades dos Estados Unidos e mostram o dia-a-dia de seus moradores em situações ora corriqueiras, ora sui generis, mas sempre interessantes. Belíssimo e pouco conhecido trabalho de Brian Wood, mais conhecido pela séria DMZ/ZDM.

Muito Bom.

“Substitutos”, de Robert Venditti e Brett Weldele – Obra que deu origem a um elogiado filme de ficção científica estrelado por Bruce Willis. A premissa é ótima: a robótica se desenvolveu a tal ponto que as pessoas praticamente não vivem mais suas vidas: se trancam em casa e deixam as tarefas externas a cargo de robôs substitutos, sempre mais bonitos, ágeis e elegantes que seus proprietários. De repente, alguém ou alguma coisa começa a destruir os autômatos, eletrocutando-os, o que dá inicio a uma eletrizante investigação conduzida pelo Detetive Harvey Greer e o Sargento Pete Ford.

Muito bom.

“João das Fábulas”, de Bill Willingham, Matthew Sturges, Tony Akins, Andrew Pepoy, Russ Braun e Andrew Robinson.– Esta sensacional série derivada de “Fábulas” finalmente começa a ser publicada no Brasil – só que, infelizmente, de maneira um tanto quanto confusa. Um primeiro arco foi disponibilizado em forma de minissérie com papel de qualidade inferior. Com o sucesso, surgiu um encadernado em capa de papel cartonado, nos mesmos moldes da publicação principal. Espero que continue assim. São as aventuras de João das Lorotas, um malandro egocêntrico engraçadíssimo e absurdamente auto-confiante em sua luta para escapar da perseguição do “revisor”, cujo objetivo é enclausurar as Fábulas num asilo para que sejam esquecidas pelo mundo.

Ótimo.

“Fábulas”, de Bill Willinghan – Grandes surpresas e eletrizantes aventuras nesta que é, na minha humilde opinião, a terceira melhor série em quadrinhos que eu já li – perde apenas para “Sandman” e “Preacher”, todas do selo Vertigo.

Excelente.

“Os Mortos-vivos”, de Robert Kirkman – A melhor saga envolvendo zumbis de todos os tempos (que me perdoe George Romero) chega ao seu momento mais tenso com o embate entre os grupos liderados pelo “Governador” e por Ricky Grimes. Um clímax absurdamente sangrento e com um desfecho corajoso no oitavo encadernado, “Nascido para sofrer”. Pelo que eu entendi, a história praticamente recomeça a partir daqui. O volume 9 já está disponível, e eu já estou juntando os trocados para adquiri-lo.

Excelente.

“ZDM” # 2 e 3, de Brian Wood e Riccardo Burchielli A panini retomou a publicação desta interessantíssima séria de forma grandiosa, publicando-a em capa dura e papel couchê. Merece. Belíssimos desenhos emolduram a epopéia de um jornalista amador preso na ZDM (Zona Desmilitarizada) da ilha de Manhattan em meio a uma bizarra nova guerra civil que dividiu, mais uma vez, os Estados Unidos da América. Sangue, suor, lágrimas e reflexões políticas e sociais.

Muito boa.

“Ex-Machina” – “Ex-Cátedra” e “Truques sujos”, de Brian K. Vaughan e Tony Harris – a saga do super-herói que virou prefeito de Nova Iorque retoma o fôlego depois de um certo marasmo em dois arcos de histórias sensacionais. No primeiro, ele é convidado ao vaticano apenas para descobrir que o real motivo do encontro com o papa é a desconfiança da igreja católica de que ele talvez seja, na verdade, o anticristo! De quebra, tem que lidar com perigosos mafiosos russos. No outro arco, o perigo vem dos céus através de uma “terrorista” perfomática sadomasoquista que insiste em pichar enormes impropérios contra o presidente George Bush nos céus e nos edifícios da cidade bem na época em que o prefeito Hundred consegue, enfim, convencer os Republicanos de que seria uma boa idéia, tanto para eles quanto para a reconstrução da imagem da “Big Apple”, que a convenção do partido acontecesse lá. Em meio ao caos, o personagem principal vai sucumbindo ao “lado negro da força”, manifestado através de novas e ousadas ambições políticas que o afastam cada vez mais de suas origens – algo que Kremlin, um de seus antigos companheiros, quer a todo custo evitar.

Imperdível.

“Y – O último homem”, de Brian K. Vaughan e Pia Guerra – Segue muito bem, já perto do final, a saga de Yorick, o último homem sobre a terra. Na última edição que li (elas chegam com um atraso considerável às bancas de minha cidade, Aracaju) ele se vê às voltas com uma repórter que descobre seu segredo e teima em torna-lo público através da publicação de um tablóide sensacionalista. Tudo isso em meio à sua viagem em busca de Ampersand, o macaco macho que pode ser a chave para o mistério do apocalipse masculino, e de sua amada noiva, sumida no deserto australiano. Enquanto isso, do outro lado do mundo, a garota que estava grávida de Yorick e sua irmã, Hero, têm que enfrentar freiras fanáticas que esperam que seu filho seja um homem para que ele seja eleito papa, se comunique com Deus e busque junto ao Todo Poderoso a aprovação para que uma mulher possa se tornar “papisa”.

Sensacional.

Adelvan

4 comentários:

MeuSons disse...

Adelvan, ótimo post. Outro clássico de Bradbury são os contos reunidos em The Illustrated Man, aqui intitulado como Uma Sombra Passou Por Aqui.
Saudações!
Jesuino

Loja Virtual Gibizone disse...

Mto bom seu post, Adelvan!!! Só leu filé, hein? Realmente de todas as HQs e livros que vc resenhou, a Calafrio - 20 anos depois, é a mais fraca. Confesso que quando a vi, fiquei mto feliz (já que ela tb fez parte da minha adolescência!). Passou-se vários anos e agora ela está de volta! Mas... não sei, acho que não há mais espaço para ela atualmente. Ao mesmo tempo que matamos a saudade dela, vemos que a mesma não evoluiu em nada! Eu curto mto HQs de terror antigas, mas podem ser melhor trabalhadas, principalmente em roteiros (como vc disse tb!). Só para colecionadores mesmo (pois o preço é inviável!)
Abraço,
Rodrigo Costa - GIBIZONE

Adelvan disse...

Valeu Jesuíno e Rodrigo! Cara, na introdução da revista Calafrio 20 anos depois o autor do texto (que, no geral, é muito bom) trata como uma obra-prima uma HQ lá, a primeira, eu acho, que é MUITO ruim. Um argumento pra lá de batido, roteiro péssimo, diálogos piores ainda. Só se salva os desenhos, que são meio "durões", mas têm estilo. Na época eu me amarrava, mas porra, eu só tinha uns 11, 12 anos. Agora, pra não dizer que não havia gente talentosa na HQ nacional do periodo, me amarrava e ainda gosto muito dos trabalhos de Mozart Couto, Watson Portela e Flavio Colin - este último tinha muito estilo, seu traço é muito original.

Um abraço.

Adelvan disse...

Em tempo: Jesuíno, valeu a dica, vou procurar esse livro. Virei fã incondicional de Ray Bradbury ...