Este ano (2014), um grupo de 130 pessoas se reuniu em Copenhague,
capital da Dinamarca. Discutiram assuntos como economia global, mudanças
climáticas, guerras. Fizeram previsões, debateram, traçaram estratégias.
Parecia uma assembleia da ONU. Mas era um encontro do Grupo de Bilderberg:
organização criada em 1954 para reunir as pessoas mais poderosas do planeta.
Seu encontro anual, que não é aberto a ninguém da imprensa, reúne
multibilionários e chefes de Estado e de Exércitos (este ano, os destaques
foram o líder supremo da OTAN, aliança militar presente em 28 países, e o
diretor-geral da NSA, a superagência de espionagem americana). "Estamos
falando de uma rede global, mais poderosa do que qualquer país, e determinada a
controlar a humanidade", diz o russo Daniel Estulin, autor de um livro
sobre o grupo. Ele pode estar exagerando um pouco. Mas é fato que os
ultrarricos nunca tiveram tanta força. A economia mundial patina e não consegue
se recuperar da megacrise de 2008, a maior dos últimos 80 anos. Ela começou com
quebras de grandes bancos nos EUA, que deixaram um rombo estimado em US$ 2,7
trilhões, e se espalhou pelo planeta, gerando grandes ondas de desemprego e
recessão - da qual as principais economias do mundo ainda não se recuperaram.
Mas mesmo assim, em plena tempestade, o número de bilionários dobrou. Agora
um
pequeno grupo, com as 67 pessoas mais ricas do mundo, tem tanto dinheiro quanto
os 3,5 bilhões de humanos mais pobres. É como se, financeiramente, metade do
planeta coubesse dentro de um ônibus.
A desigualdade de renda explodiu, e está
se aproximando dos níveis que antecederam a Primeira Guerra Mundial. E isso
tende a ser um problema para quase todo mundo.
Mas antes: como chegamos a esse ponto? Afinal, se o mundo
está em crise, todos perdem, certo? Mais ou menos. Na verdade, as crises têm o
poder de concentrar renda, deixar os ricos mais ricos. E é fácil entender o
porquê. Quando as coisas apertam, pessoas e empresas são obrigadas a se
desfazer do seu patrimônio. Vendem imóveis pela metade do preço, liquidam ações
por menos do que valem e, claro, saem perdendo. Quem ganha são uns poucos - que
têm dinheiro para comprar tudo isso. "Para cada novo milionário, há muito
mais gente que perde dinheiro. Em geral, quem mais sofre são os pobres e a
classe média", diz Rodolfo Olivo, professor de finanças da USP. Os mais
ricos compraram ações e empresas pagando pouco, logo no estouro da crise, e
ganharam com isso. De 2009 para cá o índice Dow Jones, que mede as principais
ações das bolsas americanas, subiu 149%.
Ao mesmo tempo em que aumentava a concentração de renda, a
crise emperrou as economias e instigou movimentos como o Occupy Wall Street -
que começou como um protesto de 100 mil pessoas no centro financeiro de Nova
York e chegou a 1.500 cidades pelo mundo. Tudo isso teve uma consequência inédita: fez um livro de
economia virar best -seller. O Capital no Século XXI, escrito pelo economista
francês Thomas Piketty, é um catatau de quase 700 páginas, que analisa as
economias de 20 países ao longo de mais de um século. É denso, complexo,
difícil de ler. Mas se tornou número 1 na Europa e nos EUA, com centenas de
milhares de cópias vendidas. No Brasil, foi lançado em novembro e imediatamente
alcançou o segundo lugar (só perdendo para a biografia do líder religioso Edir
Macedo). Piketty tem chamado a atenção - e causado furor - porque demonstrou,
com estatísticas, que a desigualdade social está aumentando. E apresentou uma
explicação para esse fenômeno.
O contraste entre ricos e pobres não surge do nada. Ele vem
de uma força elementar: a diferença entre o capital e o trabalho. O capital
(dinheiro, imóveis, fábricas, ações, bens) pode ser investido e gerar mais
capital. Já o trabalho não tem esse poder multiplicador. E aí, diz Piketty, r
> g. Essa fórmula, que foi inventada por ele, é bem simples. O "r"
é o ganho médio que o capital consegue obter em um ano, por meio de
investimentos. Já o "g" representa a taxa de crescimento da economia.
Ou seja: se r é maior que g, quem tem capital para investir sempre ganha mais
do que a economia como um todo. E fica com uma fatia cada vez maior do bolo. Já
quem trabalha e recebe salário, ou seja a maioria das pessoas, fica com menos.
E como dizia o refrão daquela música, "o de cima sobe e o de baixo
desce".
Nem sempre foi assim. Entre as décadas de 1950 e 1970, o
processo foi inverso. O crescimento da economia era maior que o ganho dos
investimentos (ou seja, g > r). O mercado financeiro lucrava menos do que a
`economia real¿, embalada pela reconstrução da Europa e a explosão de
prosperidade nos EUA. A desigualdade diminuiu. Mas a onda virou, e a distância
entre ricos e pobres voltou a crescer.
No final dos anos 70, os presidentes das 350 maiores
companhias do mundo ganhavam, em média, 30 a 40 vezes mais que os funcionários
de base. Hoje, a diferença de salário entre o presidente e o peão passa de 300
vezes. Nos Estados Unidos, o salário médio dos trabalhadores encolheu de US$ 4
mil para US$ 2.750 (em valores reais, descontando a inflação do período) entre
1978 e 2010. Já a remuneração do 1% mais rico disparou: foi de US$ 25 mil para
US$ 83 mil.
No Brasil, a concentração de renda caiu nos últimos 20 anos.
Mas ainda é brutal. Somos o 13º país mais desigual do mundo (veja quadro na
página 40), só perdendo para nações muito pobres, como Botsuana, Namíbia e
Haiti. "Quanto maior é a desigualdade, mais altas são as taxas de homicídio,
de uso de drogas, mortalidade infantil, doenças psiquiátricas e até de
obesidade", diz Richard Wilkinson, diretor da ONG britânica The Equality
Trust. Reduzir a diferença entre ricos e pobres não é apenas uma questão
humanitária ou ideológica. É importante para a saúde da própria economia. E
quem diz isso não são pregadores esquerdistas: é o Fundo Monetário
Internacional, que publicou um estudo mostrando como a desigualdade extrema
tende a gerar crises, e o World Economic Forum - que reúne 700 líderes econômicos
globais e este ano elegeu a desigualdade como o grande problema do mundo atual.
Até o papa Francisco andou palpitando a respeito: para ele, a desigualdade
"provocará uma explosão da violência" no mundo se não for contida.
O DINHEIRO NO PODER - Os donos do mundo aproveitaram a crise
e exploraram a diferença entre capital e trabalho para aumentar suas fortunas.
Mas também podem recorrer a outros meios, como a política. A história está
recheada de casos de multibilionários que usaram suas fortunas para moldar o
destino da humanidade - e ficaram ainda mais ricos fazendo isso. No século 19,
o banqueiro Nathan Rothschild foi o grande instigador da derrota de Napoleão na
batalha de Waterloo. Ele comprou a maior parte dos títulos emitidos pelo
Exército inglês para financiar a guerra. Cheio de dinheiro, e portanto de
armas, o Exército foi ao front e venceu. Rothschild foi a primeira pessoa na
Inglaterra a ficar sabendo. Sem avisar ninguém, saiu vendendo seus títulos. Os
outros investidores acharam que a Inglaterra tinha perdido a guerra, e também
venderam os titulos que possuíam. Isso derrubou os preços deles. Rothschild
aproveitou para recomprar tudo, pagando baratíssimo. No dia seguinte, quando o
resto do país foi informado da vitória, o valor dos papéis disparou. E
Rothschild multiplicou sua fortuna em 20 vezes. Ela chegou a US$ 350 bilhões,
em valores atuais. Dá mais de quatro Bill Gates.
Hoje, a influência dos überricos na política é mais sutil,
mas igualmente forte. Um bom exemplo é o Tea Party, que surgiu nos Estados
Unidos em 2009 - à primeira vista, como movimento popular. De repente, milhares
de americanos estavam nas ruas para protestar contra coisas que os incomodavam.
Só que ninguém estava reclamando da falta de saúde ou educação, ou de 20
centavos a mais na passagem do ônibus. As reivindicações eram mais ao gosto de
empresários e banqueiros: redução de impostos, liberação nas emissões de CO2
(que, segundo o Tea Party, não é o responsável pelo aquecimento global) e fim
do sistema de saúde gratuito que Barack Obama tentava implantar nos EUA.
Com inclinações tão ostensivas, era difícil que a máscara
não caísse. A imprensa americana logo descobriu que, na verdade, o Tea Party
tinha sido criado e era financiado pelos irmãos David e Charles Koch - que
estão entre as dez pessoas mais ricas do mundo. Só neste ano, eles já compraram
43.900 espaços publicitários em TVs e rádios dos Estados Unidos para difundir
mensagens políticas e apoiar determinados candidatos. Quando foram flagrados
como criadores do movimento, os irmãos Koch não se abalaram. Admitiram tudo, e
disseram que seu objetivo é melhorar a "qualidade de vida" da
sociedade.
No Brasil, são notórios os casos de empresas ou de
milionários que dão dinheiro para financiar partidos políticos: são as
controversas doações de campanha. Nas últimas eleições, elas ultrapassaram a
marca de R$ 1 bilhão, segundo o TSE. As dez empresas que mais doaram (JBS,
Bradesco, Itaú, OAS, Andrade Gutierrez, Odebrecht, UTC Engenharia, Queiroz
Galvão, Vale e Ambev) financiaram 70% de todos os deputados federais eleitos -
360 de 513, segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo.
As doações são permitidas por lei. Mas podem causar distorções.
Imagine que você foi eleito deputado. Certo dia, sua secretária avisa que há
duas pessoas esperando você. Uma é um cidadão qualquer. A outra é um empresário
que doou alguns milhões para a sua campanha (e de cuja ajuda você vai precisar
na próxima eleição). "Quem você se sentiria mais pressionado a
receber?", pergunta Claudio Abramo, diretor da ONG Transparência Brasil.
"Os grandes doadores exercem uma pressão muito maior sobre os
políticos." Uma possível saída seria limitar ou proibir as doações privadas
e financiar as campanhas com dinheiro público, como já acontece em países como
Suécia e França. Isso ajudaria a conter a influência dos empresários. Mas a
medida também tem seu lado polêmico, pois consumiria recursos públicos. O valor
do financiamento poderia ser fixado por lei, obrigando as campanhas a gastar
menos do que hoje. Isso enfrentaria grande resistência da classe política, e o
financiamento público não é uma panaceia - pois candidatos mal-intencionados
sempre poderiam receber dinheiro por fora, por meio de caixa 2.
De toda forma, quem tem força econômica nem sempre precisa
manipular os políticos. Às vezes, pode obrigá-los a fazer as coisas. Como o
megainvestidor George Soros, 24º. homem mais rico do mundo. Ele fez fortuna
comprando e vendendo ações e títulos do mercado financeiro - doa a quem doer.
Sua maior demonstração de poder foi a quebra do Banco da Inglaterra. O banco,
que foi fundado no século 17, é o equivalente inglês ao nosso Banco Central.
Controla a economia e a moeda. Em 1992, a Inglaterra tinha feito um pacto com
outros países da Europa. Ela se comprometeu a manter sua moeda, a libra
esterlina, numa cotação igual ou superior a 2,77 marcos alemães (o euro ainda
não existia). Se o valor caísse abaixo disso, o Banco da Inglaterra era obrigado
a intervir. O objetivo era reduzir as oscilações econômicas na Europa. Mas
Soros viu nisso uma grande oportunidade para lucrar.
Sem chamar a atenção, ele foi pegando empréstimos e
comprando libras esterlinas. Acumulou o equivalente a US$ 10 bilhões. Aí, no
dia 16 de setembro de 1992, vendeu todas. Jogou tudo de uma vez no mercado.
Como havia excesso de libras, a cotação delas despencou. Em pânico, o Banco da
Inglaterra tentou aumentar os juros e comprar libras para defender a moeda. Mas
Soros era mais forte. O governo inglês foi obrigado a abaixar a cabeça e
aceitar a desvalorização da libra. No dia seguinte Soros recomprou, pagando
menos, tudo o que tinha vendido - e ganhou US$ 1 bilhão com isso. O episódio
ficou conhecido como "Quarta-feira Negra". "Os grandes acertos
de Soros foram saber quem iria perder", escreve o historiador Niall
Ferguson em A Ascensão do Dinheiro - A História Financeira do Mundo (Editora
Planeta). Naquela ocasião, o perdedor foi a Inglaterra. Mas não foi o único
caso do tipo. Esse jogo, em que grandes investidores forçam os países a
desvalorizar suas moedas, começou na Tailândia, se espalhou por vários países
da Ásia, chegou à Rússia e veio parar no Brasil. Em 1999, depois de sofrer um
ataque similar, o Banco Central foi obrigado a abandonar o sistema de bandas
cambiais, que estipulava uma variação máxima para a cotação do real.
E aí está outro problema da superconcentração de renda: ela
permite que megainvestidores, como Soros, tenham força para mexer com a moeda
de um país inteiro. Hoje, estima-se que haja mais de US$ 600 trilhões aplicados
no mercado financeiro, dez vezes mais do que na chamada "economia
real". O dinheiro que fica dentro do mercado, e não é investido em
empresas e projetos, só serve para fabricar mais dinheiro. Não movimenta a
economia. "Não contribui para a inovação, a capacidade empresarial, a
criação de empregos", diz o economista Evilásio Salvador, professor da
Universidade de Brasília.
A UNIÃO FAZ A FORÇA - Os ultrarricos nem sempre exercem seu
poder na política, ou no mercado financeiro. Eles também influem sobre as
coisas que você compra. Os produtos e serviços são fornecidos por um número
cada vez menor de empresas - porque elas estão se juntando umas às outras.
Entre 2002 e 2005, o Brasil teve uma média de 384 fusões e aquisições por ano,
segundo estudo da consultoria Price Waterhouse Coopers (PwC). De 2006 a 2009,
essa média subiu para 646. De 2010 a 2013, chegou a 783. A concentração
empresarial está acontecendo no mundo inteiro, em todos os setores da economia.
Por exemplo: no final dos anos 50, a França tinha 20 montadoras de automóveis.
Hoje, apenas duas (Renault e Peugeot-Citroën), que foram absorvendo as demais.
Na Itália, eram 19. Hoje, só uma (Fiat). Pesquisadores do Instituto Federal de
Tecnologia da Suíça, em Zurique, estudaram as 43 mil maiores empresas do mundo
- e mapearam todas as relações entre elas. Descobriram que um grupo muito
pequeno manda numa parte enorme da economia global. "1% das empresas
controla 40% de toda a rede", diz James Glattfelder, um dos autores do
estudo.
A concentração empresarial não é necessariamente ruim, mas
pode ser. Imagine se só existisse uma marca de creme dental, por exemplo. Ela
poderia cobrar bem caro e você seria obrigado a pagar, porque precisa escovar
os dentes. Na prática, isso não tem acontecido. O mercado brasileiro de
cerveja, por exemplo, é dominado pela AmBev (que tem 67,5%). Ela surgiu da
fusão entre Brahma e Antarctica, as duas maiores cervejarias do País. Mas desde
que foi criada, em 1999, os reajustes no preço da cerveja estiveram próximos da
inflação, sem aumentos abusivos. "Hoje a concorrência é muito maior do que
no passado", diz o economista Rogério Gollo, especialista em fusões e aquisições
da PwC. Com os carros, aconteceu a mesma coisa. Mesmo havendo menos
fabricantes, os preços não subiram. A concentração empresarial não está doendo
no seu bolso, pelo menos não ainda. Mas uma coisa está.
EFEITO MATEUS - Os impostos. Quando pensamos neles,
costumamos pensar no governo: o dinheiro que ele arrecada e os serviços
públicos, como saúde e educação, que fornece em troca. O que pouca gente sabe é
que, no Brasil, os ricos pagam proporcionalmente menos impostos do que o resto
da sociedade. Soa incrível, mas é verdade. Um estudo do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) mostra o que acontece. Uma pessoa que ganha dois
salários mínimos por mês gasta 53,9% da sua renda com impostos, que estão
embutidos nos produtos que ela compra. Tem de trabalhar 197 dias por ano só
para pagar impostos. Já alguém que recebe 30 salários mínimos paga apenas 29% -
e trabalha 106 dias, quase a metade do tempo, para sustentar o governo (veja
quadro na página ao lado).
Isso acontece porque, ao contrário do que acontece em países
desenvolvidos, os impostos brasileiros estão mais concentrados nos produtos que
as pessoas compram, e não no dinheiro que elas ganham. E essa característica é
uma máquina de produzir desigualdade: porque os impostos tomam mais dinheiro
daqueles que menos têm. "Isso onera os mais pobres, tornando-os mais
pobres ainda", diz Evilásio Salvador, da Universidade de Brasília. É o que
os economistas chamam de Efeito Mateus (uma referência à passagem bíblica Mateus
25, 14-30: "Porque àquele que tem lhe será dado, e terá em abundância; mas
ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado").
Inverter essa lógica é difícil - afinal, os mais ricos têm
poder para pressionar os políticos. Mas até alguns deles se dizem dispostos a
mudar. O megainvestidor Warren Buffet, terceiro homem mais rico do mundo,
sugeriu um plano ao presidente dos EUA. A proposta, que ficou conhecida como
"The Buffett Rule" (Regra Buffett), criava um imposto de renda de
pelo menos 30% sobre quem ganha mais de US$ 1 milhão por ano. Isso só afetaria
0,3% das pessoas. Mas arrecadaria US$ 36 bilhões. É um oceano de dinheiro (mais
que todo o orçamento do Ministério da Educação brasileiro). A proposta foi à
votação no Congresso, e perdeu. Segundo uma pesquisa da CNN, 72% dos americanos
eram a favor dela.
Se nada mudar, a desigualdade no mundo tende a continuar
crescendo (pois r > g, lembra?). É difícil prever as consequências disso.
Mas uma delas pode ser a radicalização política. Um estudo feito por três universidades
americanas (Columbia, Houston e Princeton) constatou que, quanto maior a
desigualdade econômica num país, mais forte tende a ser a divisão entre os seus
grupos de esquerda e de direita. E a história sugere que a superconcentração de
recursos pode acabar em algum tipo de tumulto.
Já aconteceu. Houve um país que passou por um processo muito
forte, e muito acelerado, de concentração de renda. Em apenas cinco anos, a
fatia do bolo pertencente ao 1% mais rico cresceu 50%. A renda das demais
pessoas caiu a ponto de prejudicar sua alimentação - e aumentar a mortalidade
infantil em 16% em determinadas regiões do país. Seu líder fazia discursos cada
vez mais inflamados, nos quais se dizia "inimigo do capitalismo".
Essa nação era a Alemanha. Seu líder, Adolf Hitler. A consequência, a Segunda
Guerra Mundial.
por Ricardo Lacerda
e Robson Pandolfi
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Os 67 ultrarricos:
(1) Bill Gates, US$ 80,9 BI - Microsoft - EUA
(2) Carlos Slim Helu & família, US$ 78,7 BI - América Móvil - México
(3) Warren Buffett, US$ 68,4 BI - Berkshire Hathaway (investimentos) - EUA
(4) Amancio Ortega, US$ 58,1 BI - Zara - Espanha
(5) Larry Ellison, US$ 48,8 BI - Oracle (software) - EUA
(6) Charles Koch, US$ 41,9 BI - Koch Industries (energia) - EUA
(7) David Koch, US$ 41,9 BI - Koch Industries - EUA
(8) Christy Walton & família, US$ 37,9 BI - Walmart - EUA
(9) Jim Walton, US$ 36,6 BI - Walmart - EUA
(10) Mark Zuckerberg, US$ 35,5 BI - Facebook - EUA
(11) Alice Walton, US$ 35,1 BI - Walmart - EUA
(12) S. Robson Walton, US$ 35,1 BI - Walmart - EUA
(13) Michael Bloomberg, US$ 34,5 BI - Bloomberg (mídia) - EUA
(14) Liliane Bettencourt & família, US$ 34.2 BI - L¿Oreal - França
(15) Sheldon Adelson, US$ 32,1 BI - dono de cassinos - EUA
(16) Li Ka-shing, US$ 31,3 BI - portos e empresas de plástico - Hong Kong
(17) Stefan Persson, US$ 30,4 BI - H&M (roupas) - Suécia
(18) Bernard Arnault & família, US$ 30,2 BI - LVMH (Louis Vuitton) - França
(19) Larry Page, US$ 29,9 BI - Google - EUA
(20) Sergey Brin, US$ 29,5 BI - Google - EUA
(21) Jeff Bezos, US$ 26,9 BI - Amazon - EUA
(22) Carl Icahn, US$ 25,5 BI - investidor - EUA
(23) Michele Ferrero & família, US$ 25 BI - Grupo Ferrero (chocolates) - Itália
(24) George Soros, US$ 24 BI - investidor - EUA
(25) David Thomson & família, US$ 24 BI - Thomson Reuters (mídia) - Canadá
(26) Forrest Mars Jr., US$ 23,1 BI - Mars INC. (CHOCOLATES) - EUA
(27) Jacqueline Mars, US$ 23,1 BI - Mars Inc. - EUA
(28) John Mars, US$ 23,1 BI - Mars Inc. - EUA
(29) Aliko Dangote, US$ 23 BI - Dangote Group (açúcar) - Nigéria
(30) Lee Shau Kee, US$ 22,4 BI - dono de hotéis e imóveis - Hong Kong
(31) Steve Ballmer, US$ 22,3 BI - Microsoft - EUA
(32) Mukesh Ambani, US$ 21,8 BI - Reliance Industries (energia e telecom) -
Índia
(33) Al-Waleed Bin Talal Alsaud, US$ 21,5 BI - família real - Arábia Saudita
(34) Jorge Paulo Lemann, US$ 21,5 BI - 3G Capital (controladora da ambev) - Brasil
(35) Phil Knight, US$ 21,4 BI - Nike - EUA
(36) Michael Del, US$ 21,1 BI - Dell - EUA
(37) Jack Ma, US$ 21 BI - Alibaba Group (comércio eletrônico) - China
(38) Len Blavatnik, US$ 19,7 BI - investidor - EUA
(39) Dilip Shanghvi, US$ 17,9 BI - Sun Pharmaceutical Industries - Índia
(40) Leonardo Del Vecchio, US$ 17,8 BI - Luxottica (óculos) - Itália
(41) Alisher Usmanov, US$ 17,5 BI - USM Holdings (mineração) - Rússia
(42) Tadashi Yanai & família, US$ 17,1 BI - Fast Retailing (varejo) - Japão
(43) Paul Allen, US$ 17 BI - Microsoft - EUA
(44) Masayoshi Son, US$ 16,8 BI - Softbank - Japão
(45) Michael Otto & família, US$ 16,6 BI - Otto GmbH & Co (varejo) - Alemanha
(46) Laurene Powell Jobs & família, US$ 16,6 BI - Apple, Disney - EUA
(47) Theo Albrecht Jr & família, US$ 16,5 BI - Trader Joe¿s (varejo) - Alemanha
(48) Charles Ergen, US$ 16,2 BI - Dish Network (TV por assinatura) - EUA
(49) Robin Li, US$ 16,1 BI - Baidu (internet) - China
(50) Gina Rinehart, US$ 15,9 BI - Hancock Prospecting (minérios) - Austrália
(51) Anne Cox Chambers, US$ 15,8 BI - Cox Enterprises (mídia) - EUA
(52) Mikhail Fridman, US$ 15,7 BI - Alfa-Bank - Rússia
(53) Joseph Safra, US$ 15,5 BI - Banco Safra - Brasil
(54) Viktor Vekselberg, US$ 15,4 BI - Renova Group (energia e telecom) - Rússia
(55) Susanne Klatten, US$ 15,3 BI - BMW - Alemanha
(56) Donald Bren, US$ 15,3 BI - Irvine Company (imóveis) - EUA
(57) Ray Dalio, US$ 15,2 BI - Bridgewater Associates (investimentos) - EUA
(58) Luis Carlos Sarmiento, US$ 15,1 BI - Grupo Aval (banco) - Colômbia
(59) Pallonji Mistry, US$ 15,1 BI - Shapoorji Pallonji Group (construção) -
Índia/Irlanda
(60) Azim Premji, US$ 15,1 BI - Wipro (tecnologia) - Índia
(61) German Larrea Mota Velasco & família, US$ 14,8 BI - Grupo Mexico (mineração) - México
(62) Dieter Schwarz, US$ 14,7 BI - Schwarz Group (varejo) - Alemanha
(63) Ma Huateng, US$ 14,7 BI - Tencent (internet) - China
(64) Harold Hamm, US$ 14,6 BI - Continental Resources (energia) - EUA
(65) Lui Che Woo, US$ 14,5 BI - Galaxy Entertainment (hotéis e casinos) - Hong
Kong
(66) Thomas & Raymond Kwok & família, US$ 14,5 BI - Sun Hung Kai (imóveis)Properties - Hong Kong
(67) Lakshmi Mittal, US$ 14,5 BI - ArcelorMittal (mineração e aço) - Índia
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