quinta-feira, 17 de abril de 2014

GAME OF THRONES

Quem ainda não se rendeu a “Game of Thrones”, a série de HBO, não sabe o que está perdendo. Eu mesmo hesitei, pensando que se tratasse apenas de mais uma história de fantasia na cola de “O Senhor dos Anéis”, mas assim que comecei a acompanhar o jogo de intrigas, repleto de ação, traição, sangue, suor e lágrimas, fui irremediavelmente fisgado. A magia, aqui, é a narrativa. A outra aparece, mas a conta-gotas – uns dragões aqui, um deus pagão ali, uma ou outra raça de gigantes acolá. Nada que possa atrapalhar com intervenções infantis a fantástica trama que se desenvolve em torna da disputa pelo Trono de Ferro.

É impressionante a força da narrativa criada por George R. R. Martin, que costura com precisão as inúmeras tramas paralelas ao mesmo tempo em que desenvolve personagens inesquecíveis – apenas para matá-los em algum ponto do longo caminho. Não de forma gratuita, já que está tudo perfeitamente de acordo com as necessidades do enredo, mas com uma convicção implacável, alheio a qualquer tipo de pressão, seja ela comercial ou sentimental.


Na verdade valeria a pena apenas pelo Rei Joffrey, que certamente será lembrado como um dos mais cruéis e irritantes vilões já concebidos pela mente humana, mas tem mais, muito mais! Temos Cersei, a "rainha má" mãe do "reisinho"; Tyrion Lannister, o anão ardiloso com uma inteligência acima do comum; Daenerys Targaryen, Khaleese, a mãe dos dragões, com sua beleza desconcertante; John Snow, o bravo guerreiro do norte às voltas com as armadilhas que a vida lhe prega; e mais uma infinidade de personagens absolutamente fascinantes, psicologicamente desenvolvidos de forma brilhante. Todos humanos, demasiadamente humanos, com toda a tragédia e complexidade que esta condição traz.

Admirável!

A

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