sábado, 9 de outubro de 2010

Mais uma na conta do presidente ...


Por "pragmatismo", como sempre, para derrotar uma de suas principais adversárias (no caso, de esquerda), Lula pediu voto em Alagoas para um candidato do PP (o que restou do PDS/Arena) e um notório corrupto, ladrão, salafrário e ex-baba-ovo numero 01 de Fernando Collor, Renan Calheiros. Não sou exatamente fã de Heloisa Helena, não consigo esquecer dela falando num debate aqui em Aracaju que João Fontes era um "petista histórico" (ou a então senadora era muito desinformada ou dissimulada) nem de braços dados com Gilmar Carvalho para receber o título de Cidadã Aracajuana. Acho que, se ala bate tanto em Lula e no PT por conta das "más companhias", pelo menos nestes casos, que eu acompanhei "in loco", com estes olhos que a terra há de comer, foi contraditória. Mas seria boa a presença dela lá no senado, colocando o dedo em algumas feridas que precisam ser sangradas - também não esqueço dela chamando o Todo-Poderoso ACM de "senhor de engenho" ou brandindo um abridor de cartas como se fosse uma faca para "cortar a lingua de fofoqueiros dissimulados", referindo-se a José Serra.

Enfim, já foi. Agora é tapar o nariz e votar em Dilma para evitar um mal ainda maior.

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http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4718473-EI15317,00-Heloisa+Helena+enfrentei+do+presidente+aos+politicos+locais.html

Heloísa Helena: "enfrentei do presidente aos políticos locais"
05 de outubro de 2010 • 12h55 •

por Odilon Rios - de Maceió

Dois dias após as urnas confirmarem sua derrota oficial na disputa ao Senado, a vereadora Heloísa Helena (Psol) apareceu publicamente na primeira sessão da Câmara Municipal em Maceió. Não fez discursos e atendeu muitos telefonemas. "Agradeço aos 417.636 votos. Foi uma eleição difícil".

Há dois meses, Heloísa Helena estava na ponta nas pesquisas ao Senado. A entrada do presidente Lula, pedindo votos ao deputado federal Benedito de Lira (PP) e Renan Calheiros (PMDB), no guia eleitoral, causou um efeito devastador. Ela ficou em terceiro lugar, com 16,6% dos votos.

"Tive de enfrentar a máquina dos governos federal, estadual e municipais. Foi uma máquina de moer gente", disse. "Desde o início, eu sabia que seria difícil. Mas, o que é difícil a gente faz. O impossível a gente tenta".

O candidato ao governo de Alagoas pelo Psol, Mário Agra, ficou com 1,37% dos votos na disputa. Benedito de Lira era apoiado pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB); Renan pelo ex-governador Ronaldo Lessa (PDT). Teotonio e Lessa se enfrentam no segundo turno. Ambos elogiam Lula em seus palanques. Lessa, oficialmente, é o candidato do Palácio do Planalto em Alagoas.

O Psol nacional não pedia votos a Heloísa, que declarou preferência por Marina Silva (PV). O candidato do partido à presidência da República, Plínio de Arruda Sampaio, não pisou em Alagoas. José Serra esteve duas vezes, em encontro com os tucanos; Dilma Rousseff recusou até os convites para receber títulos de cidadã alagoana e maceioense. O senador Fernando Collor (PTB) pedia votos para a petista.

O tostão e o milhão - "Foi uma vitória nossa. Não tínhamos riqueza e havia o poder político e econômico. Enfrentei desde o presidente da República até as instâncias locais", disse a vereadora.

"Eu quero pensar, mas pensar objetivamente e emocionalmente. Eu sei que a política é um bom meio de vida para quem é ladrão e mentiroso. Para quem é do bem e honesto é uma tarefa difícil de sempre nadar contra a corrente todos os dias", disse, negando que vá desistir da política.

"Todas as pessoas dignas que estão na política pensam em deixar. É natural. Mas, não vou dar este gosto aos meus adversários políticos. Não vou dar a eles esta dupla vitória. A gente tem que pensar no papel que a gente cumpre na sociedade".

Em feiras no interior de Alagoas, onde aparecia para distribuir santinhos, era acompanhada por jagunços de prefeitos e vereadores. Na capital, o prestígio de Lula "demonizou" Heloísa. Chegou a ser hostilizada em alguns lugares. Não fala do assunto. Derrotada, fica mais dois anos na Câmara. Ela é oposição ao prefeito Cícero Almeida (PP), apesar de evitar críticas a administração dele.

Em 2003 era senadora pelo PT. Por críticas a Lula e a política econômica, foi expulsa do partido. Com ex-petistas fundou o Psol. Em Alagoas, o partido tem, além de Heloísa, o vereador Ricardo Barbosa, que era candidato a deputado estadual. Ele também perdeu a eleição.

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http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=35&id=352232

A vereadora por Maceió e presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena, disse nesta terça-feira (05) em entrevista ao programa 'Cidadania', da Rádio Jornal, que não vai apoiar ninguém no segundo turno das eleições, nem para o governo do Estado, nem para a Presidência. "Não precisa que eu oriente o povo como deve votar. O PSOL vai se reunir nacionalmente, aqui no Estado também para decidir o que é que vai fazer no segundo turno. Eu teria a obrigação de ficar como bicho do mato, gato no mato, em cima da árvore só vendo os 'cabras' grandes se batendo lá embaixo, né? Mas, o partido irá discutir qual alternativa a fazer", afirmou Heloísa Helena, na primeira entrevista depois da derrota nas urnas no último domingo, quando ficou em terceiro lugar para o Senado.

"Agora que eu vá para qualquer órgão de comunicação para indicar voto, isso eu não vou fazer. Só se eu não tivesse vergonha nenhuma na cara, nenhuma honra de estar no palanque entre aqueles que passaram o primeiro turno todo batendo em mim sem dó, sem compaixão e sem piedade, mentindo, como ladrões que são; cínicos, só se eu não tivesse vergonha como mulher, como mãe de família, passar para o bando de lá do palanque como se não tivesse acontecido nada", afirmou a ex-senadora.

Heloísa disse ainda que não está em Alagoas para participar das gangues e dos bandos de ladrões da política do Estado. "Estou em Alagoas porque eu quero estar. Até por uma questão profissional, como eu sou da Universidade Federal de Alagoas há 26 anos, quando o reitor da Universidade do Rio de Janeiro me convidou para ficar lá como professora visitante, e poderia ser feito normalmente, porque isso pode ser feito entre duas universidades federais ou até entre uma universidade federal e estadual, eu não fui porque eu quero continuar na militância em Alagoas"

A vereadora disse também que sua maior decepção foi com os adversários políticos, que se juntaram todos contra ela nas eleições deste ano em Alagoas. "Isso é realmente uma coisa triste. Eu sei que mentira repetida muitas vezes vira verdade. O então ministro das comunicações do Hitler, Joseph Goebbels, utilizou-se dessa estratégia, repetindo muitas vezes a mentira até virar verdade. Mesmo assim, você ainda tem esperança, ainda espera-se que esse tipo de comportamento nazista e fraudador da verdade não consiga contaminar as pessoas. Mas, quando isso acontece, você objetivamente segue em frente a sua vida".

Para Heloísa, a política em Alagoas ainda está muito associada ao clientelismo. "O que eu faço no processo eleitoral pouquíssimos fazem. Porque é muito fácil para os políticos andar com aquele monte de gente, aquele bando com bandeiras, e sai dando aquele tchauzinho distante e passa, mas ir de banca em banca de feiras conversando com as pessoas, aceitando a crítica fraterna, respondendo as críticas que considera injustas, são pouquíssimos que nadam livres no meio do povo".

Questionada sobre a derrota nas urnas, ela disse que ficou triste, mas já se recuperou do revés. "Foi triste, mas ao mesmo tempo eu prefiro ter vivenciado essa situação extremamente perversa do que ter me vendido, do que ter me rendido diante de tudo que estava acontecendo. Então, agora é seguir em frente. Cuidar um pouco da minha saúde e seguir em frente pra que a gente, continuar meu mandato de vereadora que pra mim foi algo muito gratificante".

A vereadora disse também que vai continuar sua militância política em Alagoas e vivendo modestamente. "Eu sempre tive uma vida simples, independente de ser senadora, ou de professora ou dona de casa. Eu sempre tive uma vida muito simples. Então, na minha vida muda nada praticamente do que eu já vinha vivenciando E agora, é continuar o meu trabalho na Câmara e continuar dando aula e lógico que também discutindo o que é que o meu partido vai fazer, apresentando a minha condição também".

Heloisa disse que conversou hoje de manhã com Mário Agra (candidato ao governo pelo PSOL) e com o padre Eraldo, seu candidato a suplente na chapa para o Senado. "Vão fazer plenária para decidir. Evidente que vai ser feito um debate antes, democrático, consultando a militância e os amigos do partido. Evidente que, no meu caso especifico, eu já disse. Eu não vou orientar os meus eleitores, porque meus eleitores não precisam de orientação. O povo não precisa que fique igual a uma vaqueira conduzindo boi".

Questionada sobre o que deu errado na sua estratégia para tentar o Senado, ela respondeu: "Não teve estratégia, não. Foi uma campanha. Tem gente que diz: e por que a senhora estava falando do Lula? Olha que coisa. Como é a televisão. Eu falei aquilo há seis anos. O povo achava que eu estava falando agora, na campanha. Agora, se alguém achar que eu me arrependi, eu não me arrependi, não. Há seis anos, quando eles estavam no mensalão, na roubalheira, tirando o direito dos trabalhadores na reforma da Previdência, a minha fala tinha repercussão".

Ela também disse que se desgastou muito para explicar durante a campanha que conseguir recursos para Alagoas, quando seus adversários diziam que não fazia nada pelo Estado. "Muitos funcionários da Infraero ficavam dizendo 'Heloísa tire o retrato aqui da placa do aeroporto porque está o seu nome na placa do aeroporto porque foi você quem mandou, por isso tá na placa de inauguração do aeroporto, eu não quis, porque eu não me submeto a esse tipo de comportamento clientelista".

No final da entrevista, Heloisa disse que continuar fazendo política, com coerência. "Vou continuar lutando, de cabeça erguida, coração feliz, consciência tranquila e pronto. Um dia mudará. Mais cedo ou mais tarde, um dia mudará. Então, é em função disso que a gente continua lutando com todas as nossas forças pra que agente possa ajudar a construir novos e melhores caminhos para nossa querida Alagoas e novos e melhores caminhos para o Brasil". (Ricardo Rodrigues - AE)

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http://www.correiodopovo-al.com.br/v3/politica/8500-Presidente-Lula-celebra-derrota-candidatura-Helosa-Helena.html

Nos bastidores se comentava, mas ainda não se tinha a confirmação de que o presidente Lula torcia contra a eleição de Heloísa Helena, sua ex-colega de partido, candidatada ao Senado por Alagoas. Mas, ontem as especulações foram confirmadas em matéria publicada pelo site IG.

De acordo com o texto, o presidente Luis Inácio Lula da Silva tripudiou, durante encontro com o candidato eleito ao Senado, Eunício Oliveira (PMDB), a derrota do senador Tasso Jereissati (PSDB) e da vereadora Heleoísa Helena (PSol). As declarações de Lula repercutiram na imprensa nacional. Segundo informações do portal, ao receber Eunício, Lula foi logo dando as boas vindas, e exclamou: “Está aqui o senador que derrotou o Tasso Jereissati!”

Em outro momento, durante o café da manhã com a base aliada, Lula também festejou a derrota de Heloisa Helena (PSOL): “Quero dizer que estou particularmente satisfeito com a derrota da Heloísa Helena. Alagoas para mim foi uma das eleições mais importantes.”

Tasso Jereissati foi derrotado pelos deputados federais Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT), que conquistaram 2,6 milhões e 2,3 milhões de votos, respectivamente. O tucano, que governou o Ceará por três mandatos, obteve 1,7 milhão de votos.

A ex-senadora Heloísa Helena (PSOL) perdeu a eleição para o Senado em Alagoas, onde enfrentou uma campanha com fortes ataques de seus adversários. Em entrevista à Folha de São Paulo, disse que está lambendo as feridas e que foi feito “um conluio de esquerda e de direita” - na esferas federal e estadual - para derrotá-la politicamente. “O PSDB agiu articulado com o governo Lula para me derrotar”, disse à Folha.

As apostas para quem irá presidir a Câmara dos Deputados e o Senado Federal já estão sendo feitas e conversadas nos bastidores de Brasília. O jornal Correio Braziliense estampou em suas páginas que essa negociação estaria sendo feita inclusive pelo próprio presidente Lula, que tem interesse em manter alguém de sua confiança no cargo. Como o PT deve apresentar um nome para a presidência da Câmara, ficaria com o PMDB a indicação para a presidência do Senado. Após expressiva votação no Ceará, Eunício Oliveira é um dos nomes defendidos pelo próprio presidente Lula a assumir a presidência. Confira a nota:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já trabalha com a possibilidade de o senador José Sarney (PMDB-AP), por motivos de saúde, abrir mão da reeleição à Presidência do Senado. Com 19 senadores, o PMDB continua tendo a maior bancada e deve indicar o presidente da Casa. Dois nomes estão cotados na bancada, o senador maranhense Edison Lobão, que acaba de ser reeleito, e Eunício de Oliveira, que é cristão novo no Senado.

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